sábado, 22 de março de 2014

Cinema Africano é tema de mostra na Biblioteca Viriato Corrêa

Por Natália Tayota

Considerado a maior mostra audiovisual da África, o Festival Pan Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou (Fespaco) chega à Biblioteca Pública Viriato Corrêa com a mostra “Os Sementais de Yennenga - Panorama do Fespaco”, que será exibida entre os dias 21 e 30. A seleção conta com dez títulos exibidos em edições passadas do festival.

Criado em 1969 a partir da iniciativa de um grupo de cinéfilos em Burkina Faso, país localizado na África Ocidental, o Fespaco tem como objetivo fomentar o cinema africano. Depois do sucesso das primeiras edições, em 1972 o governo local institucionalizou o evento e, desde 1979, o festival é realizado de dois em dois anos, a cada ano ímpar. A cerimônia de premiação acontece na capital Ouagadougou e o troféu Semental de Yennenga se inspira no mito fundador do império dos Mossés, etnia majoritária em Burkina Faso.

Abre a mostra “Heremakono - Esperando a felicidade” (2002 - foto), de Abderrahmane Sissako, filme que ganhou o prêmio da crítica internacional no Festival de Cannes, em 2002, e também venceu na categoria Melhor Direção de Arte no Fespaco, em 2003.

Serviço: 
Biblioteca Pública Viriato Corrêa – Sala Luiz Sergio Person. 
R. Sena Madureira, 298, Vila Mariana. Zona Sul. 
Tel. 5573-4017 e 5574-0389. De 21 a 30/3. 12 anos. Grátis.

Confira a programação completa:

Todas as projeções têm suporte em DVD.

HEREMAKONO - ESPERANDO A FELICIDADE
(Heremakono - en attendant le bonheur, França/Mauritânia, 2002, 95 min). Dir.: Abderrahmane Sissako. Com Fatimatou Mint Ahmedou, Khatra Ould Abdel Kader, Makanfing Dabo e outros.
Menino encontra a mãe em Nouadhibou, cidadezinha da costa da Mauritânia, enquanto esperam para viajar para a Europa. Sem entender o dialeto, ele se envolve em várias aventuras.
| Dia 21, 15h

GUIMBA
(França, 1995, 93 min). Dir.: Cheick Oumar Sissoko. Com Balla Moussa Keita, Falaba Issa Traoré e outros.
Para satisfazer o desejo do filho que decide desposar uma mulher casada, ditador expulsa o marido dela da aldeia na qual vivem. Com medo, este refugia-se em uma aldeia de caçadores e organiza a revolta contra o tirano.
| Dia 21, 17h

FINYÉ
(França/Mali, 1982, 105 min). Dir.: Souleymane Cissé. Com Balla Moussa Keita, Ismaïla Sar, Oumou Diarra e outros.
Dois adolescentes malinenses se unem para questionar a sociedade. Um é descendente de um grande chefe tradicional e outro é filho do governador militar que representa o novo poder.
| Dia 22, 15h

EM NOME DE CRISTO
(Au nom du Christ, França, 1993, 82 min). Dir.: Roger Gnoan M’Bala. Com Naky Sy Savané, Pierre Gondo e outros.
Homem desprezado por toda a aldeia tem uma visão em que uma “criança deus” o escolhe para salvar seu povo e passa a usar sua eloquência para impressionar a imaginação das pessoas e fundar uma seita.
| Dia 22, 17h

DRUM
(África do Sul/França, 2004, 104 min). Dir.: Zola Maseko. Com Gabriel Mann, Jason Fleming, Taye Diggs e outros.
Biografia de Henry Nxumalo, jornalista investigativo que ficou famoso nos anos 50 por denunciar as condições de tratamento dos negros que viveram e trabalharam durante os anos de segregação.
| Dia 23, 17h

AS RUAS DE CASABLANCA
(Ali Zaoua, Prince de la Rue, França/Bélgica/Marrocos, 2000, 90 min). Dir.: Nabil Ayouch. Com Hichan Moussoune, Mnounïm Kbab, Mustapha Hansali e outros.
Apesar das dificuldades do cotidiano, três meninos de rua são muito amigos. Quando um deles é morto durante uma briga com bandidos, os outros querem lhe dar um enterro digno.
| Dia 28, 15h

BUUD YAM
(França, 1997, 99 min). Dir.: Gaston J-M Kabore. Com Amssatou Maiga, Serge Yanogo, Sévérine Ouddouda e outros.
Ao saber que sua irmã sofre de doença incurável, rapaz, adotado por uma família africana ainda criança, sai da aldeia na qual vive em busca de um curandeiro e acaba se deparando com suas raízes.
| Dia 28, 17h

BAARA
(França, 1978, 93 min). Dir.: Souleymane Cissé. Com Baba Niaré, Balla Moussa Keita, Boubacar Keïta e outros.
Jovem camponês de Mali deixa o campo para trabalhar como “baara” (carregador de bagagens). Lá, inicia uma grande amizade com um engenheiro de uma fábrica que vive em conflito com seus chefes e com o sindicato por conta de suas ideias liberais.
| Dia 29, 15h

DJELI
(Costa do Marfim/França, 1981, 92 min). Dir.: Fadika Kramo-Lanchiné. Com El Hadj Syndou Dembélé, Fatou Quatara, Joachin Quatara Yao e outros.
Apaixonado, filho de um griô sonha casar-se com a filha de um descendente de uma família ilustre do Mandigue, mas ambas as famílias se opõem ao casamento para preservar a tradição.
| Dia 29, 17h

AS MIL E UMA MÃOS
(Les mille et une mains, França, 1971, 75 min). Dir.: Souhel Benbarka. Com Abdou Chaibane, Elgazi Aissa, Mimsy Farmer e outros.
A partir de um velho tintureiro e seu filho, o filme acompanha a tecelagem artesanal de tapetes confeccionados no Marrocos.
| Dia 30, 17h

“Prazer em (re)conhecer, sou Carolina!”, dia 22 na Biblioteca Alceu Amoroso Lima



A Ciclo Contínuo Editorial/Ano Centenário Carolina Maria de Jesus e o Sistema Municipal de Bibliotecas tem a honra de convidá-los para o evento “Prazer em (re)conhecer, sou Carolina!”, à realizar-se no dia 22 de Março, às 19 horas na Biblioteca Alceu Amoroso Lima (Rua Henrique Schaumann, 777 – Pinheiros/São Paulo).

Nesta oportunidade será prestada uma homenagem ao “Ano Centenário Carolina Maria de Jesus”, em nome de Vera Eunice de Jesus Lima – filha da escritora –, além de um bate-papo sobre a autora, usando da palavra o escritor Oswaldo de Camargo, Miriam Alves, Flávia Mateus Rios e Marciano Ventura. 

Como parte da celebração, haverá um “pocket show” da peça “Ensaio sobre Carolina” com a atriz Lucélia Sérgio e Sidney Santiago, ambos integrantes da Cia de Teatro Os Crespos.

Para fechar a noite, cantaremos parabéns e assopraremos as velinhas de aniversário de 100 anos de Carolina ao som de MC Soffia acompanhada do Dj Guilherme.

Antecipadamente, agradecemos a todos e esperamos vê-los neste dia!

Serviço - Ciclo Contínuo Editorial 
Parceiros: AEUSP, Bloco do Beco, Axé Produções e Coletivo Akina.

Informações:
Tel: 999762693
ciclocontinuo.literatura@gmail.com

sexta-feira, 21 de março de 2014

Lançamento do filme A CAÇA no Acervo da Memória e do Viver Afro-brasileiro, dia 22 de março


Sinopse: Jim é um caçador que está tendo problemas para alimentar sua família e decide fazer um acordo com um demônio sem imaginar as terríveis conseqüências desse ato. No Brasil, um avô conta essa história vinda da África para seus netos.

Ficha Técnica

Elenco:
Avô - Armindo Pinto
Marcos - Leonardo Bozola
Daniel - Haony Batista
Julia - Flavia Moreira
Jim - Tresor Muteba
Melissa - Clarisse Mujinga
Demônio - Tresor Mpudi
Caçador 1 - Papy Lorero Ngoloba
Caçador 2 - Ghislain M. Tshibangu
Amiga - Nana Binda
Mulher do vilarejo - Vanessa Ntika

Equipe Técnica
Roteiro - Refslin Mimpiya e Debora Taño
Direção - Refslin Mimpiya
Assistência de Direção - Ingrid Rossi, Loiane Vilefort
Preparação de Atores - Marina Azzi, Clau Fragelli
Produção - Giulia Milori
Produção Executiva - Pedro Paulo Maia Frizzo
Assistência de Produção - Victor Casé ,Murilo Goulart, Marina Azzi Nogueira
Fotografia - Caio Bruno Sandoval
2a câmera - Martin Namikawa
Assistência de Fotografia - Martin Namikawa, Murilo Jards, Vitoria Parente, Iasha Salerno, João Pedro Bamonte, Yurian Carneiro
Som - Debora Taño
Assistência de Som - Mateus Serrer
Montagem - Martin Namikawa
Assistência de Montagem - Vitoria Parente, Daniele Alves de Arruda
Continuidade - Fernanda Costa
Arte -Virgínia Jangrossi, Luiza Stalder e Lucas Scalon
Concepção de arte - Lucas Scalon e Virgínia Jangrossi
Pré-produção de arte - Lucas Scalon
Produção de arte - Virgínia Jangrossi
Direção de arte no set - Luiza Stalder
Assistência de arte - Beatriz Buck
Maquiagem - Virginia Jangrossi, Luiza Stalder, Beatriz Buck
Protéticos - Leonardo Andrade e Rose Buonarotti
Identidade Visual - Martin Namikawa, Caio Bruno Sandoval, Mariana Merlim, Fernanda Costa
Fotografia Still - Mariana Merlim, Fernanda Costa
Making of - Fernanda Costa e Bárbara Zaghi

Trilha Sonora
Composição Tema Jim e Tema Final : Tresor Mpudi
Tema Demônio : Papy Lukangu
Violão: Erick Kalonji e Serge Nsonde
Conga: Papy Lukangu
Voz: Dizolele Pedro, Leonardo Matumona, Bento Musiku e Tresor Mpudi
Gravação: Pedro Luce
Mixagem: Pedro Luce e Serge Nsonde
Orientação de Projeto - Alessandro Gamo

Sobre o diretor Refslin Mimpiya

Refslin Mimpiya (foto), nasceu na República Democrática do Congo, é filho do Sr. Ruffin Mimpiya Ngambunda e Sra. Augustine Lauriane Bukulu.

Realizou seus estudos primários e secundários no Congo, onde ele obteve um diploma estatal em pedagogia no Liceu Banzaki. Graduou-se em Imagem e Som na Universidade Federal de São Carlos (Brasil).

Durante 10 anos foi operador de câmera, sob orientação do Sr. J. P. Itunda e pelo diretor de produção da RTNC, Sr. Massamba Mankwa. Foi diretor de fotografia de curta metragem “Chão”, do documentário “A Dança do bate pau do Povo Terena” e primeiro assistente de fotografia do media-metragem “A voz do medo”.  É autor de um artigo sobre o cinema congolês intitulado “Sistema de produção cinematográfica e  audiovisual no Congo (RDC)”. Realizou o curta-metragem “Meu bem” e dirigiu o curta metragem “A caça”.

Obras:
- Diretor de fotografia do documentário “A Dança do bate pau do Povo Terena” (Mato Grosso, Brasil)
- 1o Assistente de Fotografia de media-metragem de 29 min. “A voz do medo”
- Diretor de fotografia de curta metragem “Chão” de 5 min.
- Um dos realizadores do curta-metragem “Meu bem” de 15 min.
- Autor de um artigo sobre o cinema congolês intitulado “Sistema de produção cinematográfica e  audiovisual no Congo (RDC)”
- Operador de câmera durante 10 anos, sob orientação do Sr. J. P. Itunda e pelo diretor de produção da RTNC, Sr. Massamba Mankwa.
- Diretor do curta-metragem “A caça”.


Clique aqui e saiba mais sobre o filme A Caça. 




terça-feira, 18 de março de 2014

AfroeducAÇÃO exibe "Zeca da Casa Verde", documentário de Akins Kintê, dia 29/3

Sobre o documentário
O documentário “Zeca, o poeta da Casa Verde” é um sonho que já vem há um tempo tamborilando em nosso peito. Sempre foi encantador escutar em baterias improvisadas ou em simples rodas de samba, o enredo: “Ao Poeta de Miraí”, de Zeca da Casa Verde.
O projeto idealizado por membros do coletivo Borá Produções pretende registrar e divulgar a trajetória de um dos mais talentosos compositores e intérpretes da musica negra (o samba) da cidade de bairros periféricos de São Paulo - Zeca da Casa Verde, bem como sua influência nos bairros de Brasilândia, Casa Verde Alta, Barra Funda e a Freguesia do Ó.
Em 2011, fomos contemplados pelo edital do VAI - Valorização de Iniciativas Culturais, da Prefeitura de São Paulo, em junho começamos garimpar a história do poeta procurando registros, letras musicais, e em julho, demos início às gravações. O documentário está em fase de edição e será lançado em março de 2012.

Zeca, o poeta da Casa Verde será exibido nas comunidades periféricas, terreiros e escolas de samba da cidade, promovendo eventos com exibição do filme, debates e palestras sobre o processo de execução e a temática. A circulação será feita através de um DVD.

Sinopse                                                       
O documentário “Zeca, o Poeta da Casa Verde” conta a história do artista, sambista e compositor Zeca da Casa Verde, autor de vários sambas das escolas Morro da Casa Verde e Rosas de Ouro. A história do sambista se confunde com a história do próprio samba de São Paulo: nascido no interior, Zeca participou das congadas assim como seu pai, Zé da Maniquinha. A congada é uma manifestação brasileira que reúne elementos trazidos por africanos da Angola e do Congo, que teve grande influência no samba paulista. Os depoimentos dos entrevistados trazem à tona o movimento de migração do interior para a periferia da capital, realizado, no começo do século XX, por muitos negros em busca de melhores condições de vida, tal fato foi fundamental para o nascimento do samba em seu formato atual. Zeca se reunia com outros que viriam a ser grandes compositores paulistas: Geraldo Filme, Tonikinho Batuqueiro, Talismã, na região central paulista, hoje, empobrecida e abandonada pelas autoridades. Além disso, através dos depoimentos como o do próprio Tonikinho Batuqueiro, Integrantes da Bateria do Rosas de Ouro, Thiago da Barroca Zona Sul, Gente Rosas de Ouro, T-Kaçula  Dicá e Maria Helena, da velha-guarda do Rosas de Ouro, da ativista social, Deise Benedito, do Prof. Amailton e do cantor Jair Rodrigues, o documentário apresenta outras temas relacionados ao samba, como a associação feita entre sambistas e a marginalidade e as infrações cometidas por policiais, a origem das escolas de samba de São Paulo, a atual comercialização das escolas de samba e dos carnavais e a representação da cultura negra através de suas manifestações culturais.  
Fonte: Borá Filmes

O AfroeducAÇÃO
A consultoria AfroeducAÇÃO desenvolve projetos culturais com enfoque educacional, tendo a negritude como tema-chave. Entre as ações da equipe estão a realização de oficinas, cursos de capacitação, eventos e manutenção do site www.afroeducacao.com.br, sobre as diversas manifestações (música, teatro, literatura, dança, cinema, etc.) da cultura negra. O trabalho desenvolvido é embasado na Lei Federal nº 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afrobrasileira na educação básica e utiliza conceitos e práticas educomunicativas.

Além de conter detalhes sobre as oficinas já realizadas, o site conta com um acervo de reportagens redigidas pela equipe do AfroeducAÇÃO, que podem ser utilizadas como ferramentas de apoio pedagógico, a partir dos pressupostos educomunicativos. Por esse motivo, todas as matérias são publicadas com uma sugestão de atividade que pode ser aplicada, além das respectivas bibliografia, filmografia e discografia, municiando o/a interessado/a para o cumprimento da Lei.