quinta-feira, 19 de abril de 2012

Filhas do Vento no projeto "Brasil – Tela para Todos" do CCBB


Brasil – Tela para Todos

Sobre: Mostra de filmes brasileiros no Centro Cultural Banco do Brasil, sempre de quinta a domingo, às 13 horas.

Este mês: FILHAS DO VENTO (foto), de Joel Zito Araújo.

Sinopse: Cida (Ruth de Souza) e a irmã Jú (Léa Garcia) estão separadas por quase 45 anos. O tempo não conseguiu dissipar o rancor provocado pelo incidente amoroso e familiar que marcou a juventude e a vida das duas. Com a morte do pai, Zé das Bicicletas (Milton Gonçalves), que havia expulsado Cida de casa, as duas voltam a se encontrar. Cida tornou-se uma mulher solitária. Fez carreira de atriz atuando em cinema e em telenovela, mas, apesar do talento, não teve o reconhecimento merecido. Maria D’Ajuda nunca saiu do interior, cuidou do pai até a morte. Parece ter nascido para amar e cuidar dos outros, mas nunca conseguiu desenvolver nenhuma identidade profissional – o inverso da irmã atriz. Casou-se uma vez e depois teve vários filhos de companheiros diferentes. Sua família é uma típica família brasileira do interior, cheia de filhos, sobrinhos, netos e agregados. No entanto, uma de suas filhas, Dorinha (Danielle Ornellas), a que mais admira pela persistência profissional e talento artístico, é a única que despreza o amor da mãe.

O diretor de Filhas do Vento, Joel Zito Araújo foi homenageado pelo CINEPORT 2011. Assista o vídeo. 


Descrição do projeto: Mostra de filmes com títulos brasileiros com curadoria de Maria do Rosário Caetano que pretende dar visibilidade às obras de qualidade que tiveram uma bilheteria abaixo do esperado. O objetivo é criar um espaço durante os 10 meses da mostra para a discussão dos fatores que contribuem para a baixa penetração dos filmes de arte no mercado nacional, bem como despertar a curiosidade do público para estes filmes.

Programação:

01. Dezembro: Antes que o Mundo Acabe, de Ana Luiza Azevedo
02. Janeiro: Feliz Natal, de Selton Mello
03. Fevereiro: Pode Crer!, de Arthur Fontes
04. Março: Canta Maria, de Francisco Ramalho Jr.
05. Abril: Filhas do Vento, de Joel Zito Araújo
06. Maio: O Sol do Meio-Dia, de Eliane Caffé
07. Junho: Deserto Feliz, de Paulo Caldas
08. Julho: Eu me lembro, de Edgard Navarro
09. Agosto: O Homem que Engarrafava Nuvens, de Lírio Ferreira
10. Setembro: No Meu Lugar, de Eduardo Valente

Sempre de Quinta a Domingo, às 13h, no Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Álvares Penteado, 112. Ingressos: R$ 4,00 inteira/R$ 2,00 meia

Gênero: Dramas, comédias, juvenis, "black", "cinema de batom", documentário e ficção, com produções de todo o Brasil.

Resumo da trama: O Brasil produz, hoje, em torno de 80 longas-metragens por ano. Um número significativo, mas que gera preocupações e impasses quando chega o momento do filme encontrar seu público. Em média, apenas três ou quatro títulos conseguem êxito nas bilheterias, ultrapassando um milhão de espectadores. Os dados de bilheteria mostram que o cinema brasileiro tem buscado, com grande dificuldade, a produção de filmes de médio porte. Ou seja, aquele que atinja entre 400 mil e 900 mil espectadores. As tabelas com bilheterias da produção nacional mostram, a cada novo ano, que mais de 80% dos filmes brasileiros situam-se abaixo da faixa dos 50 mil espectadores. Nesta faixa estão, na maioria das vezes, os filmes de maior empenho artístico e ousadia temática.

A proposta da mostra Brasil – Tela para Todos é apresentar ao público do CCBB, de forma orgânica, seleção de títulos que, nos últimos anos, enfrentaram dificuldade em dialogar com seu público potencial. Pelas razões mais diversas: espaço rarefeito em um circuito exibidor formatado para o blockbuster estrangeiro (filmes como Harry Potter chegam a ser lançados com 900 cópias, ocupando quase metade das salas), pouca verba para comercialização e ingresso caro. Outro fator importante: o Brasil, país de dimensões continentais e quase 200 milhões de habitantes, dispõe de apenas 2.238 salas comerciais. A maioria concentrada nas grandes capitais. Apenas 8% dos quase seis mil municípios brasileiros dispõem de cinemas. Se buscarmos modelos comparativos latino-americanos, veremos que o México, com 108 milhões de habitantes, dispõe de mais de 4.900 salas, e a Argentina, com 40 milhões de habitantes, oferece a seus espectadores cerca de 1.000 salas de exibição. Na Europa, a França mostra porque continua sendo o centro mundial da cinefilia: com cerca de 63 milhões de habitantes, dispõe de 5.481 salas.


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