terça-feira, 31 de maio de 2011

18/6 Cine Clube Afro Sembene apresenta: Memória Entre Duas Margens

Dia 18 junho 2011 - sábado - 19 horas

Cine Clube Afro Sembene apresenta
Memória Entre Duas Margens

Direção de Frédéric Savoye e Wolimité Sié Palenfo - França/Burkina Faso, 2002. Documentário em Cores. Duração 90 minutos.

Sinopse: Fréderic Savoye e Wolimité Sié Palenfo revisitam a história da colonização francesa na região Lobi, a sudoeste de Burkina Faso. Nessa região, aldeias e famílias ainda estão marcadas pela lembrança desse período doloroso. Comparada aos arquivos dos administradores coloniais, a tradição oral permite restaurar cerca de um século de história, desde a chegada dos primeiros brancos até os dias de hoje. Através de depoimentos transmitidos de geração em geração, o filme desenvolve uma reflexão crítica a respeito da colonização e suas conseqüências individuais, sociais e religiosas.

Local: Centro Cineclubista de São Paulo (CECISP)
Rua Augusta, 1239 - salas 13 e 14 - metrô Consolação
Entrada franca - Informações: (11) 3214-3906


Apoio e Parceria:  

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dia 21/5 – Cine Afro Sembene Apresenta: Heremakono (Esperando a Felicidade)


Dia 21/5 – Cine Afro Sembene Apresenta: Heremakono  (Esperando a Felicidade)

Sinopse: Em Nouadhibou, aldeia de pescadores no litoral mauritano, Abdallah, um jovem malinês de 17 anos, visita a mãe antes de partir para a Europa. Neste lugar de exílios e de falsas esperanças, o jovem, que não entende a língua, tenta decodificar o universo à sua volta. Nana, uma jovem sensual, Makan, que sonha com a Europa, Maata, um antigo pescador e agora eletricista, e seu discípulo Khatra, que vai ajudá-lo a sair de seu isolamento ensinando-lhe o dialeto local. Os destinos se encontram e se desencontram ao longo dos dias, os olhares fixos no horizonte aguardam uma incerta felicidade. O filme ganhou o Prêmio da Crítica Internacional na seção Un Certain Regard do festival de Cannes de 2002, além do prêmio de melhor direção de arte na Fespaco 2003.

Local: Centro Cineclubista de São Paulo (CECISP) – 19 horas
Rua Augusta, 1239 – salas 13 e 14 – entrada franca
Próximo ao metrô Consolação e Cine Unibanco – Augusta
Informações: Telefone: (55+11) 3214-3906

Realização: FÓRUM ÁFRICA

Visite-nos:
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Apoio:
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Clique na seta para assistir um trailer de Heremakono

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Exposicao Hereros Angola de Sergio Guerra no Museu Afro Brasil

Pouquíssimas pessoas conhecem tão bem Angola quanto o fotógrafo pernambucano Sérgio Guerra. Responsável pela comunicação do governo angolano, há quase 15 anos ele vive na ponte-aérea Salvador-Luanda. Daí nasceu uma relação de amor profundo com o país africano, dando origem a um dos mais completos registros fotográficos das 18 províncias angolanas e de suas populações, o que resultou em cinco livros. O mais recente, Hereros, é aquele no qual Guerra aprofunda seu olhar sobre a cultura daquele país e a matéria prima para a grande e inédita exposição ‘Hereros Angola’, com cerca de 100 fotos selecionadas pelo artista plástico e curador Emanoel Araujo.

Após ter sido realizada em Luanda e Lisboa, em 2009, com ampla repercussão, a mostra Hereros Angola ganha novos contornos e dimensão maior para exibição em São Paulo. Sérgio Guerra realizou mais viagens ao deserto do Namibe, produziu novas fotos, fruto do estreitamento das relações com os Hereros.  Além das fotografias, em diversos formatos, algumas plotadas em grandes formatos, a mostra inclui uma cenografia que reúne vestimentas, adereços e objetos de uso tradicional e ritualístico da etnia. Hereros – Angola traz ainda vídeos de depoimentos colhidos entre os sobas (líderes), mulheres e jovens sobre a sua cultura e a forma como encaram a vida. Parte integrante da mostra são cantos ritualísticos captados entre estes povos. O repertório de imagens, depoimentos e sons reunidos levarão o expectador ao universo  destes pastores de hábitos seminômades, que são exemplo da perpetuidade e resistência de uma economia e cultura ancestrais ameaçadas pelo acelerado processo de modernização e ocidentalização dos países africanos.   

A realização da mostra em São Paulo, no Museu Afro Brasil, ao tempo em que homenageia Angola de forma peculiar, fecha a triangulação entre África, Portugal e Brasil, bases da formação cultural do povo brasileiro.
 
O autor -  Fotógrafo, publicitário e produtor cultural, Sérgio Guerra nasceu em Recife, morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, até se fixar na Bahia nos anos 80. A partir de 1998, passou a viver entre Salvador, Rio de Janeiro e Luanda, onde desenvolve um programa de comunicação para o Governo de Angola. Em suas constantes viagens pelo país, testemunha momentos decisivos da luta pela paz e reconstrução, constituindo um dos mais completos registros fotográficos das 18 províncias angolanas.






Fontes: Museu Afro Brasil - Central RockNet - Portal I-Bahia
Pesquisa e montagem: Oubí Inaê Kibuko

sexta-feira, 29 de abril de 2011

29/04/2011 - Palestra com Samba Gadjigo sobre Ousmane Sembene na PUC-SP

CONVITE

O Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora-CECAFRO/PUC-SP, dando continuidade às suas atividades neste semestre, tem o prazer de convidar para a palestra  “África na perspectiva do cineasta Ousmane Sembène”, com o escritor, crítico,documentarista e professor SAMBA GADJIGO (Senegal).

Nesta sexta-feira, 29/04, na PUC-SP
Sala 500, Prédio Novo.
Das 19:00 às 21:30

Conheça um pouco mais o Prof. Dr. SAMBA GADJIGO
Crítico, escritor, documentarista e professor de Francês e Literatura Africana na Universidade Mount Holyoke, em Massachusetts/EUA, o senegalês Samba Gadjigo é titular em Letras Modernas pela Universidade de Dakar (Senegal) e Ph.D pela Universidade de Illinois (EUA).

 Ao longo dos últimos anos tem se dedicado à pesquisa e divulgação da biografia e obra do cineasta senegalês Sembene Ousmane, considerado o pai do Cinema Africano. Gadjigo é autor de obras referenciais para a compreensão da estética de Sembene, a exemplo dos livros Ousmane Sembene, une conscience africaine (autor, 2007); Ousmane Sembene: Dialogues with critics and writers (co-editor, 1993), além de documentários sobre a filmografia do cineasta como The Making of Moolaade (2005).

Na útil expressão de Gadjigo, Sembene Ousmane é um “notável desconhecido”, pois apesar da sua importância e pioneirismo para o Cinema Africano muitos aspectos de sua vida e obra ainda são desconhecidos, sobretudo no Brasil e na América Latina. É lícito dizer que reside aí o interesse do estudioso em divulgar as obras de Sembene pelo mundo afora, uma vez que isso possibilita um diálogo mais estreito entre a África e as demais nações.

Nesse sentido, a ideia de promover tal atividade na PUC/SP é uma forma de ampliar estes debates que, até então, têm se restringido a algumas poucas instituições e espaços acadêmicos ou universitários.

Clique na imagem abaixo e veja um video de Samba Gadjigo sobre Ousmane Sembene:

Se não conseguir visualizar clique aqui: Samba Gadjigo Honours Ousmane Sembene

quarta-feira, 27 de abril de 2011

CUT realiza 1º de Maio Brasil-África

A CUT-SP vai comemorar o 1º de Maio – Dia do Trabalho – deste ano com um tema inédito: as relações Brasil e África. A data será comemorada pela CUT/SP com várias atividades que serão realizadas a partir da última semana de abril e incluem um seminário internacional, oficinas culturais, exposição de livros, obras de arte, exibição de filmes, apresentação de manifestações culturais afro-brasileiras, gastronomia e ato inter-religioso privilegiando as religiões de matriz africana.

Esses eventos culminarão com uma grande manifestação na data de 1º de Maio, que será realizada no Parque da Independência, no Ipiranga, em São Paulo.

“A proposta é ir além da tradicional confraternização entre os trabalhadores que, evidentemente, é importante. Mas dar um primeiro passo para a reflexão sobre nossa condição de país afro-descendente. Somamos, hoje, mais de 90 milhões de afrodescendentes, segundo dados do IBGE, e essa consciência ainda não está presente na totalidade de nossa população. Além disso, os países africanos, que estão na raiz de nossa origem, são pouco conhecidos em sua dimensão histórica, institucional, econômica, social e cultural”, afirma  Adi dos Santos Lima, presidente da CUT/SP.

Neste 1º de Maio de 2011, a CUT quer chamar a atenção e mostrar um pouco da riqueza que constitui a matriz africana no Brasil e a importância das relações com os trabalhadores e a população dos países desse continente.

Os países que participarão das comemorações do 1º de Maio são: Togo, Zimbábue, Nigéria, Senegal, Cabo Verde, África do Sul, Gana, Benin, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, e Brasil. As nações africanas foram convidadas obedecendo ao critério de relacionamento entre as centrais sindicais e a CUT e também ao fato de algumas integrarem a comunidade de língua portuguesa.

É importante lembrar, ainda, que 2011 foi estabelecido pela Assembleia das Nações Unidas como o “Ano Internacional do Afrodescendente”, com o objetivo de “homenagear os povos de origem africana em reconhecimento à necessidade de se combater o racismo e as desigualdades econômicas e sociais. É também um reconhecimento pela enorme contribuição cultural e econômica dos descendentes de africanos em todo mundo”, diz o documento da ONU que oficializou  o tema.

O Brasil vem registrando muitos avanços na superação das desigualdades étnico-raciais, em especial em relação à população afrodescendente. Um passo importante foi a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial no ano passado. Mas, ainda há um caminho longo a percorrer. Um exemplo são as estatísticas que colocam o jovem negro entre as principais vítimas da violência no país. De cada três pessoas assassinadas no Brasil, duas são negras, revela o Mapa da Violência 2011, elaborado pelo Instituto Sangari, com base nos dados do Ministério da Saúde.

A Lei 10.639/2003, que obriga o ensino da história geral da África e sua contribuição para a cultura brasileira nas escolas públicas e particulares do ensino médio e fundamental, ainda  falta ser implementada, seja por falta de informação, interesse ou preconceito.

“Ao mesmo tempo, os países africanos tem sede de conhecimento sobre o Brasil e vêem com muito interesse o estreitamento de relações em vários campos de atividade. O Brasil tem hoje mais de 30 embaixadas e representações nos países africanos. Muitos desses países que enfrentaram situações de conflitos em passado recente as superaram, a exemplo do apartheid na África do Sul e guerras coloniais e  hoje aspiram ao desenvolvimento e a uma política voltada para o bem-estar das populações, passando pela organização dos trabalhadores e trabalhadoras”, observa Artur Henrique, presidente nacional da CUT.

“Os caminhos para a África são amplos e esses povos aspiram a uma cooperação solidária com nosso país e nossos trabalhadores. E é importante lembrar que a história das relações entre o Brasil e a África, embora tenha sido marcada em seu início pela diáspora e o tráfico de escravos, tem uma ancestralidade que ainda pouco conhecemos e é referenciada hoje por relações dinâmicas, principalmente econômicas e culturais que queremos estreitar, em especial com os trabalhadores desses países”, completa Adi.

Fonte e programação completa: Hotsite 1º de Maio CUT Brasil-África 2011