sexta-feira, 22 de novembro de 2013

AfroeducAÇÃO no Cinema: "Tão Longe é Aqui", dia 23/11

Exibição do filme "Tão Longe é Aqui", com participação especial da diretora Eliza Capai.

Lançamento da exposição fotográfica dos alunos do curso "Identidade Negra através das Lentes" mediado por Diego Balbino.

Quando: 23 de novembro, sábado.
Horário: 11 horas

Onde: Espaço Itaú de Cinema (Shopping Frei Caneca), rua Frei Caneca, 569, Consolação.

A entrada é gratuita e prioriza a participação de educadores e estudantes da área de Educação.

Retirada dos ingressos meia hora antes, identificando-se como convidado da Afroeducação.


Postado por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

A África em documentário sobre a cena metal de Botsuana


Intitulado "March Of The Gods - Botswana Metalheads Documentary", o filme é independente e feito com as economias de Raffaele Mosca, Alessio Calabresi e Natalia Kouneli. "Esse projeto é importante, pois acreditamos que poderá ajudar a erradicar alguns equívocos existentes sobre a África moderna", afirma o trio criativo. O filme é centrado na luta da banda WRUST, uma das predominantes da cena, pelo êxito. Durante as filmagens o WRUST (que já tocou com o SEPULTURA e CARCASS na África do Sul) foi convidado para o festival SoloMacello em Milão / Itália, 26 de Junho, sendo a primeira banda do país a se apresentar num festival major na Europa. Poucos meses depois, o SKINFLINT, que fez a trilha sonora do trailer acima, se apresentou no Sweeden Rock Fest.

Além das bandas citadas, SKINFLINT e WRUST, o documentário conta com entrevistas e performances de OVERTHRUST, REMUDA, KAMP13, AMOK (não confundir com a banda escocesa de Thrash Metal), METAL ORIZON e STANE. "O documentário mira trazer à luz uma nascente subcultura musical que combina New Wave Of British Heavy Metal, tradição africana e o visual motociclista e cowboy num inesperado ponto de vista sobre a África", concluem os responsáveis pelo filme.

Mergulhar na irmandade metal de Botsuana foi intenso para os realizadores de "March of the Gods". Durante as entrevistas de fãs, músicos, bandas e demais pessoas relacionadas, surgiram insights antropológicos. "Filmamos e experimentamos a loucura dos shows regionais de metal e passamos tempo suficiente com os locais para entender a especificidade de Botsuana por meio de sua cultura contemporânea, mas também, seus problemas e contradições", revelam os cineastas.

Procuramos abaixo, via youtube, material das bandas que fazem parte de "March Of The Gods - Botswana Metalheads Documentary", privilegiando os vídeos mais recentes, porém não encontramos todos os grupos. Confira abaixo:

De acordo com nota deixada no dia 20 de novembro no perfil do filme no facebook, a edição do documentário está completa, faltando a pós-produção de áudio e correção de cores. "Esperamos ter o filme pronto em fevereiro (2014). Continuem ligados e continuem metal". Agora é esperar por essa viagem aos mais novos domínios do Heavy Metal.

Fonte: Whiplash.Net

Postado por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Um Território Chamado África - Mostra de filmes no Centro Cultural da UFMG

O filme Ajangbila 1, produzido na Nigéria, dá sequência hoje à mostra "Um território chamado África", realizada pelo Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (Insod) no Cinecentro UFMG, instalado no Centro Cultural. A mostra é parte do Festival da Diversidade Cultural (OMI). As exibições acontecem às 19h das terças e quintas-feiras, até o dia 28, com entrada gratuita. O Centro Cultural UFMG, fica na avenida Santos Dumont, 174.

Sob a curadoria de Ayòbámi Akínrúlí e Luana Campos, a mostra de cinema africano traz filmes inéditos no Brasil, traduzidos do inglês e do idioma yorùbá para o português, e que privilegiam a temática da diversidade cultural.

O foco das narrativas cinematográficas são as contradições entre a tradição e a modernidade; o rural e o urbano; o espiritual e o mundano; a periferia e o centro; o local e o nacional. As obras pretendem propiciar ao público experiências de interpretação do vasto território da África e suas heranças para o povo brasileiro.

O cinema da Nigéria tem crescido nos últimos anos e, embora tenha um modelo diferente das estruturas mercadológicas ocidentais, teve grande aceitação mundial por suas características peculiares. Nollywood (Nigéria) é a terceira maior indústria cinematográfica do mundo, ficando atrás apenas de Hollywood (EUA) e Bollywood (Índia).

Veja aqui o livreto digital com a programação
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Fonte: CBNFoz

Postado por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

Os Crespos estreiam “Engravidei, pari cavalos e aprendi a voar sem asas”, na Funarte


Os fundadores da Cia Os Crespos, Lucélia Sergio e Sidney Santiago Kuanza estréiam como diretores. As personagens das atrizes Maria Dirce Couto, Nádia Bittencourt, Dirce Thomaz, Darília Lilbé, Dani Rocha e Dani Nega foram criadas com base em depoimentos de pessoas reais.

Em cena, as vidas de seis mulheres negras são flagradas em seus respectivos cotidianos em um prédio de apartamentos. Elas não dialogam, tampouco se conhecem. Mas as questões que saltam em seus depoimentos são comuns entre si: afetividade, família, casamento, sexo, solidão, beleza e igualdade. Discursos privados levados a público. “ENGRAVIDEI, PARI CAVALOS E APRENDI A VOAR SEM ASAS” é o mais novo espetáculo de Os Crespos, coletivo de teatro de São Paulo. O espetáculo estreia dia 20 de novembro de 2013, dia da Consciência Negra, na Funarte (Alameda Nothman 1058, Campos Elíseos). A obra integra o projeto Dos Desmanches aos sonhos: Poéticas em legítima defesa e tem o apoio do Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.

Considerando questões como relações com o corpo, traumas psicológicos, violência masculina, sexo, sobrevivência e aferição social, o espetáculo é baseado em depoimentos e experiências reais de 55 mulheres negras entrevistadas em 2013 pelo Coletivo. Os depoimentos foram dados por mulheres de diversas camadas sociais e profissões: integrantes do sistema prisional, donas de casa, sambistas, religiosas de matrizes africanas, empresárias, líderes comunitárias, prostitutas, entre outras. “Engravidei, pari cavalos e aprendi a voar sem asas” propõe dar voz e rever os estereótipos sobre a mulher negra, construindo uma nova relação de alteridade e valorização. Cada uma das seis personagens do espetáculo capta pelo menos cinco das histórias contadas pelas entrevistadas; na tentativa de mostrar a multiplicidade que as envolve. “Procuramos expor as personalidades das mulheres nos diversos elementos que envolvem o espetáculo, não só nas próprias personagens, mas na trilha sonora, figurino, cenografia, vídeos e até na vibração das cores”, explica Lucelia Sergio, diretora da peça, que traz Sidney Santiago Kuanza na co-direção e Eneida de Souza na direção de produção.

A cenografia, assinada pela diretora de arte Mayara Mascarenhas, envolve tanto espaços públicos, como um salão de beleza e um bar, quanto ambientes privados: um prédio de apartamentos onde as personagens revelam suas verdades ao público. A intenção é  proporcionar a sensação de entrar na casa delas e partilhar de suas experiências, de suas visões de vida. A trilha sonora criada pela DJ Dani Nega, com composições de Miriam Bezerra, retrata a vida de cada uma das personagens. Uma forma de ressaltar a psique de cada uma. Trata-se de uma forma de Os Crespos valorizar cada linguagem inserida no espetáculo de uma forma única. Dentro deste conceito, a diretora de vídeo Renata Martins pontua trechos das entrevistas concebidas na projeção de imagens. A essência dessas mulheres, portanto, está presente na palavra, na imagem e inclusive nos figurinos.

Guerreiras, cheias de força, porém, solitárias, as personagens trazem questionamentos do porque desta solidão e os estigmas que fazem a maior parte das mulheres negras sofrerem com os estereótipos. Questionam porque o amor, para elas, é algo quase inatingível. “Desde cedo elas precisam crescer, serem fortes e entender coisas que não deveriam se preocupar enquanto crianças”, aponta a diretora Lucélia Sérgio. As personagens abordam também a importância da beleza, da liberdade sexual e o quanto o corpo da mulher negra é controlado por um sistema injusto.

Pesquisa do grupo expõe temas sensíveis
As entrevistas revelaram que a própria afetividade não é importante na vida de muitas dessas mulheres: a prioridade vira a sobrevivência e a felicidade dos filhos, suprimindo sua própria existência. Um outro fato, este alarmante, traz à tona que mais da metade das entrevistadas foram estupradas por um pai, irmão ou tio, na infância e na adolescência, muitas vezes, com o consentimento da mãe, que se absteve. “O espetáculo é sensível às questões femininas negras, discute coisas que não são faladas socialmente, como a saúde da mulher, questões de como elas são tratadas pelo sistema público e a resiliência dessas mulheres. Ela ganha menos, trabalha mais, tem os piores empregos e é responsável pela família e , além de tudo, dificilmente tem um companheiro, fato que impacta e muito sua vida”, explica Lucélia Sergio.

Já o co-diretor Sidney Santiago Kuanza, explica que foi transformador fazer parte do projeto, que está na pauta dos Crespos há dois anos. “Foi uma oportunidade de vivenciar, ouvir e tentar modificar em mim ações machistas intrínsecas em meu corpo. È a história de um corpo feminino que precisa deixar de ser aprisionado, ou  seja é o corpo das nossas mães, das nossas filhas, presos por um sistema punitivo. O espetáculo vem para trazer luz a coisas importantes e não ditas, como um padrão de beleza que não reflete e a  realidade física e biológica da mulher negra”, define Kuanza.

Ficha Técnica
Realização: Os Crespos Elenco: Dani Rocha, Darília Lilbé, Dirce Thomaz, Maria Dirce Couto, Nádia Bittencourt e Dani Nega Direção: Lucelia Sergio Co-direção: Sidney Santiago Kuanza Dramaturgia: Cidinha da Silva Trilha Sonora: DJ Dani Nega Músicas Compostas: Miriam Bezerra Direção de arte, cenários e figurinos: Mayara Mascarenhas Iluminação: Ricardo Silva Orientação teórica: Flavia Rios Preparação vocal  e canto: Silvia Maria Preparação corporal: Luciane Ramos Fotografia: Roniel Felipe e Ana Paula Conceição Designer Gráfico:Rodrigo Kenam Direção de vídeo:  Renata Martins Direção de produção: Eneida de Souza Assistente de produção: Guilherme Funari Assessoria de Imprensa: 7 Fronteiras Comunicação

Serviço
Espetáculo: “Engravidei, pari cavalos e aprendi a voar sem asas”
Local: Funarte - Alameda Nothman 1058,Campos Elíseos  – Sala Arquimedes Ribeiro - 60 lugares
Estreia: 20 de novembro, quarta-feira, às 21h
Temporada: de 20/11 a 19/12
Dias: quartas e quintas às 21h
Apresentações especiais: 21 de dezembro, sábado, às 20h e 22 de dezembro, domingo às 19h
Preço: R$ 15,00 (R$ 7,50 meia)
Recomendação Etária: 14 anos
Duração: 80 minutos

FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES/MinC
Representação Regional São Paulo-SP
Telefone: (11) 2766-4320 / 2766-4322
Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos
CEP 01216-001    São Paulo/SP

Postado por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.