sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Mano Brown e convidados peso-pesados em novo festival de hip-hop


A primeira edição do festival SP RAP realizado pela Praça das Artes e produzido pela Boia Fria Produções promete marcar a história do RAP num local bem próximo ao ponto de encontro de b-boys e MCs, onde o movimento hip hop se consolidou em São Paulo. No Mês da Consciência Negra, ritmo, poesia e atitude estarão em peso na celebração da cultura de rua que invade o centro da capital paulista. No dia 30/11, mais de 20 atrações se apresentam ao longo das onze horas do evento: shows solo de Mano Brown (Racionais MC’s), Flora Matos e Rincon Sapiência, além do Projetonave com diversos convidados de peso, como BNegão, Karol Conka e Rashid.

Ciceroneadas pelo mestre de cerimônia Max B.O., as atrações levam ao espaço os quatro elementos do hip hop (grafite, break dance, mestre de cerimônia e DJ), unindo crianças, adultos, homens e mulheres que tem em comum a entrega e dedicação ao movimento cultural que surgiu com força em São Paulo nos anos 80. Na estreia do festival, o público terá oportunidade de conferir nomes consagrados, integrantes da novíssima geração que já fazem do rap seu caminho, e rappers que estão obtendo cada vez mais destaque no cenário.

O SP RAP traz diferentes artistas expoentes e estilos do movimento. O dia começa com a grafitagem do Grupo OPNI e a apresentação do grupo Projeto Hip Hop Kidz Br, os mais novos representantes do gênero, com MCs e b-boys, seguido de batalha de rimas. O palco será então invadido pela forte cena feminina, representada na seleção As Minas do Rap, que conta com Sharylaine, a primeira mulher a gravar Rap no Brasil, entre outras. O consagrado DJ CIA (do grupo RZO) comandará a festa até que Os Manos do Rap, com expoentes do gênero, entre eles o pioneiro Thaíde, assumam as pick ups. O DJ sobe ao palco novamente, preparando o público para Rincon Sapiência, que levará a apresentação do seu aclamado EP “SP Gueto BR”. O lendário DJ KL Jay (Racionais MC’s) dispara toda sua genialidade até a apresentação de Flora Matos. Após a apresentação de Flora, principal nome feminino no Rap atualmente, KL Jay retorna ao palco até a chegada do ícone Mano Brown. Brown fará seu show solo, que conta com sucessos do Racionais MCs e músicas mais suingadas, com raízes na soul e disco music. Na sequência, a DJ Pathy De Jesus esquenta a pista com hits dançantes da black music. Para encerrar a noite, o palco será tomado pelo Projetonave, banda que recebe diversos convidados especiais: BNegão, Kamau, Rashid, Xis, Lurdez da Luz, Karol Conka e Flávio Renegado.
Datas e Horários
30/11/2014 - domingo das 11h00 as 22h00
Local: Praça das Artes - entrada franca
Entre metrô São Bento e Anhangabaú

Fonte: Theatro Municipal Programação SP Rap



Pesquisa e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

Mostra de Cinema Oriente Médio



Passados quase dois anos da série de revoltas populares conhecidas como Primavera Árabe, selecionamos filmes que procuram mostrar como estes povos estão lidando com a construção de uma nova ordem social e política em uma região ainda tensionada por diversos conflitos. 

Realizada pelo Sesc São Paulo e pela Secretaria Municipal de Cultura, a presente Mostra conta com a colaboração de produtores independentes, além do apoio do Centro de Estudos Árabes da USP, do Consulado Geral da República Federal da Alemanha em São Paulo e do DEFC – Documentary and Experimental Film Center (Irã). A curadoria cabe a Arlene Clemesha e Marcia Camargos.

No CineSesc, de 03 a 06 de dezembro.
No Cine Olido, de 04 a 09 de dezembro.

Presença de Johannes Roskamm, de "Tracks of Cairo", na apresentação das sessões de seu filme no CineSesc, e no "Cinema da Vela", bate-papo no hall do CineSesc dia 04/12, às 19h30.

Para mais informações:

CineSesc: Rua Augusta, 2075, Cerqueira César. 
Próximo à estação de metrô Consolação. 
Telefone (11) 30870500
Preços: 
R$ 4,00 (inteira) 
R$ 2,00 (usuário matriculado no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 1,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes)
Clique aqui e confira programação e horários.

Cine Olido: Avenida São João, 473, Centro.
Próximo à estação de metrô República. 
Telefone (11) 33970171 e 33318399
Preços:
R$ 1,00 (inteira)
R$ 0,50 (meia)
Clique aqui e confira programação e horários.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Curitiba lança edital em parceria com o Programa Brasil de Todas as Telas




Concurso oferece R$ 2,5 milhões em apoio a até 20 projetos de telefilmes e pilotos de obras seriadas. Inscrições até 30 de dezembro.
 
A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) lançou na sexta-feira, 21 de novembro, em parceria com o Programa Brasil de Todas as Telas, gerenciado pela ANCINE, o Edital nº 094/14 - Produção Audiovisual FCC/FSA 2014/2015. O concurso disponibiliza um total de R$ 2,5 milhões para o apoio a até 20 projetos de telefilmes e pilotos de obras seriadas.
 
Do valor total disponibilizado, R$ 1,5 milhão será aportado pelo Programa Brasil de Todas as Telas, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), e R$ 1 milhão virá do orçamento do Fundo Municipal da Cultura de Curitiba. A ação faz parte do eixo de Suplementação Regional do Programa Brasil de Todas as Telas, que busca estimular o desenvolvimento regional da produção audiovisual brasileira por meio de parcerias com governos municipais e estaduais.
 
As oportunidades são para projetos de telefilmes de animação ou ficção com 52 minutos (4 projetos serão contemplados com até R$ 305 mil, cada); pilotos de obras seriadas de ficção (8 projetos receberão até R$ 90 mil, cada); pilotos de obras seriadas de animação (4 projetos com apoios de até R$ 90 mil, cada); e pilotos de obras seriadas documentais (4 projetos serão selecionados e farão jus a até R$ 50 mil, cada).
 
Como se inscrever
 
Podem apresentar projetos as empresas produtoras com registro regular e classificadas na ANCINE como agentes econômicos brasileiros independentes, e com residência no município de Curitiba há pelo menos um ano. As inscrições devem ser feitas por via postal por meio do sistema Sedex, até o prazo limite de 30 de dezembro. Leia atentamente o edital e seus anexos para informações sobre os requisitos, endereço para envio e formato de inscrição dos projetos.
 
Suplementação de recursos do Brasil de Todas as Telas
 
O Programa Brasil de Todas as Telas é a maior e mais importante iniciativa de fomento ao setor audiovisual já desenvolvida no país, com recursos da ordem de R$ 1,2 bilhão, oriundos do Fundo Setorial do Audiovisual. Uma das ações, no eixo que visa fomentar a produção e difusão de conteúdos, busca estimular o desenvolvimento regional da produção brasileira por meio de parcerias com governos municipais e estaduais. Este ano, até R$ 95 milhões serão investidos na produção de obras selecionadas por editais de entidades e órgãos públicos de governos estaduais e prefeituras de capitais.
 
Para mais informações, acesse a página do Programa Brasil de Todas as Telas.


Pesquisa e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Associação Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ministério da Cultura lança edital de apoio à produção audiovisual afro-brasileira

João Batista Silva, da SAV, Ana Cristina Wanzeler, ministra interina da Cultura, e Hilton Cobra, da Fundação Palmares, durante lançamento do edital na Funarte em São Paulo. (Foto de Gustavo Serrate)
A ministra da Cultura interina, Ana Cristina Wanzeler, lançou, nesta quinta-feira (13/11), na Fundação Nacional das Artes (Funarte) em São Paulo (SP), o edital "Curta afirmativo 2014: protagonismo de cineastas afro-brasileiros na produção audiovisual". As inscrições estão abertas até 30 de janeiro de 2015.

A ministra Ana Wanzeler ressaltou a importância do edital que abre espaço para a cultura negra e reafirma a força do audiovisual no país. Ela destacou, também, o fato de o edital se preocupar com o equilíbrio na distribuição dos recursos com o objetivo de estimular a produção cultural em todas as regiões do país. "Buscamos dar voz e protagonismo a produtores negros e à cultura negra, tão essenciais à nossa raiz brasileira, tão fundamentais na formação de nossa identidade como país, mas que historicamente ficaram excluídos das políticas públicas", disse a ministra.

Com investimento de R$ 3 milhões, a proposta é apoiar a produção de obras nacionais inéditas dirigidas ou produzidas por negros. A iniciativa premiará 34 obras, 21 curtas-metragens com temática livre e 13 média-metragens que abordem a cultura de matriz africana. O apoio financeiro varia de R$ 100 mil a R$ 125 mil respectivamente.

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, destacou as iniciativas do Ministério da Cultura (MinC) voltadas à comunidade negra: "Nunca antes neste país tivemos tantos projetos contemplados, em dois anos tivemos 542 projetos beneficiados pelos editais", destacou. Também participaram do evento o diretor de Gestões de Políticas Audiovisuais da Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MiNC), João Batista Silva, o secretário da Promoção e Igualdade Racial da cidade de São Paulo, Antônio Pinto, além de representantes de associações de comunidades negras, produtores e agitadores culturais.

Inscrições - Os interessados podem se candidatar pela internet, ao acessar o sistema SALICWEB. As obras audiovisuais deverão ser inscritas por pessoas físicas autodeclaradas negras (pretos e pardos, de acordo com as categorias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), brasileiros natos ou naturalizados, que se apresentem obrigatoriamente como diretores ou produtores.

Para serem selecionadas, as obras passam por várias etapas de avaliação. Na habilitação, serão checados documentos, itens e informações solicitados em conformidade com exigências do edital. A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC) constituirá comissão técnica para realizar todos os procedimentos necessários à habilitação. Após essa etapa, as obras habilitadas serão avaliadas pela Comissão de Seleção composta por, no mínimo, 3 integrantes, designados pela secretaria.

O lançamento desse edital faz parte de ações afirmativas do MinC voltadas para a população afrodescendente, como feiras, intercâmbios, prêmios e outros editais. A edição do Curta Afirmativo de 2012 teve investimento de mais de R$ 2 milhões e beneficiou 30 projetos de jovens realizadores e produtores negros.

Clique aqui e assista os vídeos de chamada e aqui para baixar o edital disponível em pdf.

Fonte: Assessoria de Comunicação - Ministério da Cultura 

Pesquisa e Postagem por Oubí Inaê Kibuko para Associação Fórum África e Cineclube Afro Sembene.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Inscrições abertas para 5º Festival Internacional Urânio em Moviemento, no Rio de Janeiro

Mostra dedicada a filmes sobre energia atômica e nuclear recebe gratuitamente inscrições para edição 2015 até o dia 1º de dezembro.

A 5ª edição do International Uranium Film Festival – Urânio em Moviemento recebe inscrições de filmes sobre energia nuclear e atômica até o dia 1º de dezembro. O festival, inaugurado em 2011, será realizado em maio de 2015 no Museu de Arte Moderna - MAM, no Rio de Janeiro, e ao longo do ano em diversas cidades ao redor do mundo.
Inscrições e premiação
As inscrições são gratuitas e as produções poderão participar da mostra competitiva, onde curtas, longas e animações concorrerão ao Oscar Amarelo, prêmio oficial do festival. O evento também realiza uma mostra não competitiva, com filmes de qualquer duração produzidos por empresas ou instituições, além de mostras retrospectivas e informativas.
Não há restrições à data de produção ou gênero. Novas edições de obras inscritas em edições anteriores também são aceitas. A única exigência para participação é que os filmes tenham em sua temática aspectos nucleares ou atômicos: energia nuclear; bombas atômicas; armas de urânio; mineração e prospecção de urânio e outros minerais radioativos; acidentes nucleares e radioativos; ciência e medicina nuclear; irradiação de alimentos; ou lixo radioativo.
As inscrições devem ser feitas por via postal ou com o envio do filme em formato digital por e-mail. Também é necessário o preenchimento da ficha de inscrição, o envio de ao menos três fotos da obra, e duas fotos do diretor com alta qualidade para impressão. O festival pede também material promocional, trailer e lista de diálogos do filme com timecode. Clique aqui para consultar o regulamento do festival.
Para mais informações, acesse o site oficial do International Uranium Film Festival – Urânio em Moviemento.

Fonte: ANCINE

Consciência Nacional Brasileira - crônica de António Matabele - Mozambique

 
Heresias do Oceano Índico

... que nesse Brasil abençoado por Deus todo o cidadão se sinta apenas brasileiro !!!


      Como não havia Facebook, nem esferográfica BIC, GPS também não, Pedro Álvares Cabral, o encobridor (perdão, queria dizer, o descobridor) do Brasil convencionou dizer aos seus mandantes em Portugal, que havia chegado às terras de Vera Cruz, num dia qualquer de Abril do ano, exactamente, de 1500 depois da era Cristã.

      E já que em História são os factos mais importantes que a precisão das datas, aquela convicção pessoal de Cabral elevou-se à categoria de convenção universal e todo o mundo aceitou que o Brasil dos pacíficos indígenas dizimados aborígenes índios – ainda sem os pretos trazidos à força para aquelas terras por essa terrível vergonha da humanidade, que foi a escravatura – que naquele dia aquele pedaço do planeta terra tinha entrado para a senda da globalização. Atenção: a globalização é tão antiga quanto o Homem ao cimo da terra ou navegando sobre rios, mares e oceanos infindos.

      Mas (esta maldita conjunção adversativa sempre aparecendo estragando o curso belo e normal das coisas em processo) com o evento da escravatura e da ganância de o Homem enriquecer depressa, foi inventado o abominável rentável (?) negócio da desumana traficância da Pessoa despida da sua condição de Homem.

      A escravatura é quase tão antiga como o Homem na Terra. Vejamos que muito antes do Nosso Jesus Cristo, o Salvador, se fazer à Terra para cumprimento do nobre mandato que recebera de seu Pai Celestial, a escravatura já existia, de tal modo que até o Povo Eleito fora levado para o Egipto como escravo.

      Agora aquela escravatura na perspectiva que transformou o ser Humano em mais uma mercadoria altamente lucrativa, que nem os principais modernos “comodities” (barris de petróleo, gás, carvão, algodão, diamantes e quejandas riquezas) é algo que frutificou e se fortificou com o evento dos ditos descobrimentos. Quando as potências europeias navegantes: Holanda, Inglaterra, Espanha, Portugal, França começaram a precisar de colonizar e explorar as inúmeras potencialidades virgens que a mãe natureza prodigalizava aos donos das possessões acabadas de descobrir e que haviam auto-proclamado como suas colónias, eis que surge a necessidade de se possuir uma força de trabalho barata para a exploração rentável daqueles empreendimentos do além-mar (ultramarinos).

      Então o comércio do escravo preto (eu sei que os irmão brasileiros ficam melindrados com o uso desta expressão correcta, preferindo, então, eufemizá-la com o “negro”) aliada à necessidade disponibilidade de mão do obra barata para a rendibilização daquelas riquezas em estado virgem, surgiu como algo duplamente lucrativo. O preto era já em si próprio uma mercadoria que encerrava um valor intrínseco elevado e, ainda por cima, ele mesmo era usado para a exploração eficaz dos recursos potencialmente existentes. Portanto, o preto, reduzido à condição de escravo, valia como mercadoria e como força de trabalho de custo nulo. Preto: importante mercadoria e simultaneamente instrumento de trabalho fundamental.

      Bom negócio: com uma paulada dois ganhos!

      Ao aceitar o convite para me associar a esta efeméride celebrada no Brasil como dia da Consciência Negra, eu me perguntei se haveria idêntico dia para os brancos, índios, árabes, amarelos e etc para os milhões daquele povo naquele Brasil continental de 250 Milhões de Habitantes sem cor unidos sob a mesma bandeira de uma Pátria una, épica e jamais indivisível porque é invencível no seu querer.

      Esta exaltação desta data não será mais uma reminiscência da discriminação da qual o Homem Preto do Brasil ainda é vítima? A República da África do Sul, cujo Povo correctamente conduzido pelo ANC, pelo grande imortal Mandela (já li que o Vaticano pretende canonizá-lo como Santo Ecuménico) e pela comunidade internacional apoiado, libertou-se, em 1994, do apartheid, essa moderna, retrógrada e suja forma de escravatura, mas nem por isso criou um dia para homenagear somente o Preto. Em seu lugar foi criado o “freedom day”, que é festejado no dia 27 de Abril por todos os cidadãos daquele país da cor do arco iris. 

      Mas dado que não há dois países iguais e como em Roma temos que respeitar as leis romanas, quem sou eu, modesto exemplar sobrante dos escravos exportados também para o Brasil para opinar de forma crítica ou apologética quanto à existência do Dia da Consciência Negra no Brasil?

      Mas (de novo esta maldita proposição adversativa) eu gostaria que a pobreza no Brasil deixasse de ter cor negra. Eu explico-me melhor: tendo em atenção que o primado da economia comanda a sociedade, eu gostaria que naquele País apenas superado pelo Paraíso descrito na Bíblia fossem encontrados critérios menos injustos de a riqueza chegar, potencialmente, de forma proporcionalmente igual, a todos os cidadãos, fossem estes de cor azul, vermelha, preta ou amarela (mas, afinal o HOMEM tem cor?!). Se as coisas acontecessem “deste jeito”, todo o mundo viria inspirar-se no modelo brasileiro para que a pobreza com cor fosse erradicada do Planeta Terra.

    Haja saúde e Parabéns a todos os irmãos brasileiros por este seu dia da CONSCIÊNCIA NEGRA e que os frutos desta reflexão colectiva culminem na predisposição de todos apenas sentirem necessidade de celebrar o dia NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NACIONAL BRASILEIRA.

     Mas apesar de tudo isto (ou por causa de tudo isto) eu te amo meu Brasil por teres sido forçado a acolher meus tetra-ancestrais reduzidos a teus escravos bravos, duros e alegres desbravadores construtores desse País detentor de uma das dez maiores economias do mundo (BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China, South Africa)!

António Matabele
Maputo, 20 de Novembro de 2014.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Pesquisa inédita revela os hábitos culturais dos paulistas


Compartilhando uma pesquisa online da J.Leiva sobre hábitos, perfis, índices, classes e acessos aos espaços e equipamentos culturais em São Paulo. 

"Uma pesquisa inédita realizada em 21 municípios de São Paulo mapeou os hábitos culturais dos paulistas. Entre outros dados, o estudo revelou que 44% das pessoas de classe C frequentam bibliotecas e que a cidade que mais aprecia concertos clássicos é Tatuí.

Hábitos culturais dos paulistas é um projeto que começou a ser desenvolvido a partir de palestras, debates, análise de outras pesquisas e muitas conversas informais sobre cultura. É quase unânime a percepção de que a área carece de instrumentos e ferramentas que ajudem a entender a dinâmica das práticas culturais, da faísca que gera a criação ao comportamento da população em relação à diversidade da produção cultural brasileira.

Quais os gargalos específicos de cada área? Qual o potencial de crescimento de atividades específicas? Como a população se relaciona com a cultura? Que impacto podemos esperar de eventos ou equipamentos culturais? O que afasta o cidadão de teatros e museus? Existem oportunidades inexploradas? Da arte ao entretenimento, as indagações são inúmeras.

Instigada por esses desafios, a JLeiva Cultura & Esporte estruturou uma pesquisa com o objetivo de gerar informações capazes de alimentar o trabalho de diferentes agentes da sociedade que no dia a dia produzem, estudam ou patrocinam a cultura. O formato escolhido foi o de uma pesquisa quantitativa, focada em São Paulo.


Além de consultar os resultados por cidade nos mais de 1.000 gráficos existentes e na base bruta em excel, os interessados no assunto poderão ter acesso ao livro Cultura em SP, que apresenta um resumo geral da pesquisa e textos de quinze pesquisadores, jornalistas e produtores culturais que fizeram uma primeira análise das informações coletadas." 

Quem puder e se interessar, acesse o site da TV Cultura, Programa Metrópolis, edição de domingo 16/11 e veja a matéria completa. Outro canal é o UOL Mais. Quem não possui banda larga e tiver paciência com acesso tartaruga picotada clique aqui e confira. 

Alguns dados da pesquisa:

CULTURA E TEMPO LIVRE
25% da população do interior disse realizar atividades culturais no seu tempo livre

ATIVIDADES CULTURAIS
Ler livros é a atividade realizada no tempo livre para 11% dos entrevistados do interior

A REGIÃO E O ESTADO
20% dos entrevistados do interior foram ao circo no último ano; totalno estado é 16%

ACESSO E TECNOLOGIA
Metade dos entrevistados do interior acessa a internet diariamente

TEMPO LIVRE
Para tentar compreender a importância da cultura para os moradores de São Paulo, partimos da ideia de que as atividades culturais são realizadas fora do tempo dedicado ao trabalho.

ATIVIDADES PRATICADAS
O gráfico mostra o percentual de pessoas que disse ter praticado essas atividades pelo menos uma vez no último ano.

GRAU DE INTERESSE
Pedimos para os entrevistados darem uma nota de 0 a 10 para cada uma das atividades listadas acima de acordo com o seu grau de interesse.

BARREIRAS DE ACESSO CINEMA
Para as pessoas que declararam não ir ao cinema, perguntamos quais os motivos que as afastavam da atividade.

BARREIRAS DE ACESSO TEATRO
O gráfico mostra os motivos declarados por quem não vai ao teatro para não frequentar os palcos de São Paulo.

BARREIRAS DE ACESSO MUSEU
Os motivos alegados pelos moradores de São Paulo para não ir a museus seguem a dinâmica das barreiras declaradas para o caso do cinema e o teatro.

COMO ESCOLHE A PROGRAMAÇÃO
O gráfico mostra as fontes de informação que as pessoas utilizam para se informar sobre eventos culturais e de lazer na 
GÊNEROS PREFERIDOS MÚSICA
O gráfico mostra os estilos musicais preferidos na cidade. Perguntamos qual o gênero preferido em 1º, 2º e 3º lugar.

GÊNEROS PREFERIDOS CINEMA
O gráfico mostra os gêneros cinematográficos preferidos na cidade. Perguntamos qual o gênero preferido em 1º, 2º e 3º lugar.

GÊNEROS PREFERIDOS TEATRO
O gráfico mostra os gêneros teatrais preferidos na cidade. Perguntamos qual o gênero preferido em 1º, 2º e 3º lugar.

CULTURA E TEMPO LIVRE
21% da população disse realizar atividades culturais no seu tempo livre

ATIVIDADES CULTURAIS
Um em cada quatro entrevistados da região disse ter ido ao teatro no último ano

A REGIÃO E O ESTADO
Índices de frequência a circo, festas populares e sair para dançar superam o total do estado

ACESSO E TECNOLOGIA
Metade dos entrevistados da região metropolitana disse acessar a internet todos os dias

TEMPO LIVRE
Para tentar compreender a importância da cultura para os moradores de São Paulo, partimos da ideia de que as atividades culturais são realizadas fora do tempo dedicado ao trabalho.

ATIVIDADES PRATICADAS
O gráfico mostra o percentual de pessoas que disse ter praticado essas atividades pelo menos uma vez no último ano.

GRAU DE INTERESSE
Pedimos para os entrevistados darem uma nota de 0 a 10 para cada uma das atividades listadas acima de acordo com o seu grau de interesse.

BARREIRAS DE ACESSO CINEMA
Para as pessoas que declararam não ir ao cinema, perguntamos quais os motivos que as afastavam da atividade.

BARREIRAS DE ACESSO TEATRO
O gráfico mostra os motivos declarados por quem não vai ao teatro para não frequentar os palcos de São Paulo.

BARREIRAS DE ACESSO MUSEU
Os motivos alegados pelos moradores de São Paulo para não ir a museus seguem a dinâmica das barreiras declaradas para o caso do cinema e o teatro.

COMO ESCOLHE A PROGRAMAÇÃO

O gráfico mostra as fontes de informação que as pessoas utilizam para se informar sobre eventos culturais e de lazer na cidade.

Os dados e resultado completo da pesquisa estão disponíveis em arquivo pdf neste link Para visualizar é preciso ter instalado Acrobat Reader compatível na sua máquina ou baixar o aplicativo em sites confiáveis, tais como Baixaki e Superdownloads. Cuidado apenas com as sugestões dos instaladores. Vem com um monte de pacotes com produtos agregados e muitas vezes desnecessários para o seu uso. Na dúvida clique em "não" até chegar no programa desejado ou baixe a versão sem instalador.  

Fonte e créditos: J.Leiva - Pesquisa - Index
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Espero estar ajudando a quem possa interessar...

Oubí Inaê Kibuko
Coordenador de Programação do Cineclube Afro Sembene

Semana Negra 2014 no CEU Caminho do Mar



A Semana Negra é um conjunto de eventos que inclui música, oficina de tranças, oficina de maquiagem, shows, afrokids (espaço de entretenimento para crianças afrodescendentes), encontro de samba rock, baile nostalgia, feirinha de produtos variados, e muito, muito mais. No roteiro  shows especiais com o Grupo Samprazer, Ivo Meirelles e Banda, Grupo Samba Sim, Pretologia Rap, dentre outros. Se possível colabore com a doação de um brinquedo para o Natal.  

Acontecerá dia 22/novembro/2014, sábado, das 10 às 19 horas, no CEU Caminho do Mar. Traga seus familiares e amigos e venha se divertir! Entrada franca.

Endereço:
Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5.241, São Paulo/SP. Próximo ao Metrô Jabaquara - 2 km. Ônibus direto na Praça João Mendes, atrás da Catedral Sé.
Fone: (011) 3396-5550


Saiba mais em

Texto e imagem: Mailing CEU Caminho do Mar. Edição e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Pátria - crônica

…da margem do Rio Pitamacanha  
Maputo, 22 de Outubro de 2014

…que os moçambicanos reforcem a sua motivação para continuarem a estudar o seu País  e parabéns ao Povo de Angola pelo 11 de Novembro de 2014.




        Lawene, meu saudoso irmão, cujo nome de registo em seu BI é Júlio Ernesto Matabele, sempre trapalhão no falar, ainda miúdo da escola primária, no lugar de dizer Pátria, pronunciava “pátala” quando quisesse entoar a primeira estrofe daquela canção épica que nos era ensinada no tempo colonial “viva a pátria, viva a pátria, Portugal, Portugal, a linda bandeira sem igual” e ele dizia “viva a pátala, viva a pátala, Putugal, Putugal, a linda bandela shem iguali”! Ele que era de choro fácil e muito sensível à crítica jocosa, ficava lavado em lágrimas quando zombávamos dele pela sua forma exageradamente infantil de pronunciar as palavras.

        Com canções como estas, textos, objectos, medalhinhas, ícones, bonés e bugigangas sem fim era-nos incutido, desde tenra idade, pelo regime colonial e fascista, que éramos, também, portugueses e que a nossa pátria era a lusitana e que Portugal era a nossa metrópole.

        Fazia parte desta doutrinação patriótica ensinarem-nos até cantarolarmos de memória o percurso dos rios Tejo, Douro e do Guadiana e afluentes, da linha férrea do norte até Lisboa sem nada nos ser ensinado acerca do rio Zambeze, Save, Limpopo e dos nossos comboios cuja grande importância para Moçambique e para a região só poderia ser mensurada pela quantidade de pessoas e mercadorias transportadas anualmente nos milhares de quilómetros feitos internamente e pelo interior dos países do chamado “interland” fronteiriços de Moçambique. 

        Era de vital importância para o regime colonial-facista inculcarem em nossas cabeças que éramos, também, portugueses, portanto, abrigados na mesma pátria.

        Mas o que é afinal isso de Pátria?

        O nosso Hino Nacional exalta este conceito supra-nacional cuja abrangência é de uma transversalidade sem paralelo, ao ponto de o mesmo ter sido, oficiosamente, baptizado de “Pátria Amada”.

        Raros são os países em cujos hinos nacionais a pátria não seja carinhosa e epicamente exaltada. Os nossos irmãos de Cabo Verde dizem que ela é “morabeza”, palavra de difícil tradução porquanto a mesma é para ser intensa e intimamente sentida e reflecte o que de mais intrínseco e profundo existe da mais original, indígena, natural, autêntica e “caboverdianissima” maneira de ser estar e sentir o seu País.

        Esta bonita coisa de Pátria se não nos controlarmos poderá levar-nos ao paroxismo (clímax) de, irracional e emocionalmente, cometermos excessos de chauvinismo nacionalista, algumas vezes de resultados práticos perniciosos para o País.       

        Pátria é algo que pertence a todos os cidadãos de um País, não sendo de alguém em particular.

        Pátria não tem um só dono, mas tem um dono colectivo e poderosíssimo, que é o povo.

        Pátria é, portanto, algo transcendente e sublime que se confunde com o território aonde pessoas com as mesmas características somáticas, ou étnicas, ou linguísticas ou de outra natureza ou categoria aglutinadora, nasceram ou decidiram viver confinadas no mesmo espaço territorial geográfico, constituindo-se em forma de País e este, por sua vez, com elevado sentido unificador de Nação.

        A Pátria é o cimento que faz a argamassa aglutinadora de muitas pessoas em forma de Nação e que, subsequentemente, se organizam em forma de País – República ou Monarquia.

        A Pátria não é algo que apenas possuímos, pois ela é muito mais do que isto.

        A Pátria é algo que sentimos, com profunda sinceridade, dentro de cada um de nós. É! A Pátria sente-se no íntimo de cada um de nós!

A Pátria é o espaço onde o Homem organizado em forma de sociedade alcança a plenitude da sua felicidade.

        Por sentirmos a Pátria dentro de nós, temos o dever de, sem nada exigirmos dela à laia de ressarcimento, darmos o melhor de nós mesmos para o seu engrandecimento. Por esta razão, nas mais variadas frentes em que nos encontremos a desenvolver uma actividade teremos que dar o melhor de nós mesmos para o desenvolvimento da nossa Pátria.

        Em nome da Pátria, e para seu bem, os seus cidadãos devem abster-se de consumar actos considerados criminosos, imorais e de conduta pouco recomendável seja qual for o cargo, função ou posição por eles desempenhada na sociedade.

        Actos lesivos ao património pátrio - estou a referir-me ao erário público, atentatórios à dignidade da Pessoa Humana, desabonatórios ao merecido bom nome do País no convívio internacional e mundial - devem ser energicamente combatidos por todos os cidadãos, e os seus protagonistas julgados segundo a Lei.

        Trabalhemos com dignidade e abnegação sem limites no duro combate sem tréguas, rumo ao desenvolvimento da nossa Pátria.

        A nossa Pátria, repito-o, não tem um só dono porque ela pertence, de modo incondicional, a todos os moçambicanos que aqui nasceram ou decidiram adquirir a nossa cidadania. E por esta razão, Moçambique, que já é forte, tem condições potenciais – humanas e naturais - para se tornar uma referência na arena internacional.

        E termino citando “ipsis verbis” ou “ipsis litteris” o meu amigo João de Sousa que lá das terras mwangolês do Presidente António Agostinho Neto me diz que:no momento em que nos preparamos para mais um ciclo governativo, nada melhor do que incutir em todos nós, como a crónica refere, o verdadeiro sentido de Pátria. Belo texto. JS

Texto: António Nametil Mogovolas de Muatua - Moçambique. Pesquisa e montagem de imagens: Oubí Inaê Kibuko - Brasil.




terça-feira, 11 de novembro de 2014

Yaaba e O Dia de Jerusa na sessão especial do Cineclube Afro Sembene ao Dia Nacional da Consciência Negra

 
20 de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A semana ou mês dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana ou Mês da Consciência Negra. A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
Neste contexto, a Associação Fórum África, através do projeto Cineclube Afro Sembene, em parceria com a Cojira e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, convidam o público interessado para a sessão dose dupla, que será realizada no dia 15 de novembro, pontualmente às 18 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, sito a Rua Rego Freitas nº 530, sobreloja, com entrada franca. No programa serão exibidos “Yaaba”, longa-metragem de Idrissa Ouedraogo (Burkina Fasso), e “O Dia de Jerusa”, curta-metragem de Viviane Ferreira (Brasil).
A sessão dose dupla do Cineclube Afro Sembene visa contemplar não somente o cinema, diretor e produtor africano, como também o nacional, a exemplo de shows internacionais que são abertos por bandas ou artistas locais. Nesta sessão especial, a proposta é colocar duas gerações quase distintas para trocar impressões com o público, em forma de roda de conversa, sobre ambos os filmes, cinema, africanidades e movimento negro ou negros em movimento no cinema da África e Diáspora. O Cineclube Afro Sembene é projeto da Associação Fórum África, de caráter social, cultural e pedagógico, sem fins lucrativos.
Yaaba, 1989, 90 minutos, direção Idrissa Ouedraogo. Sinopse: Bila, um menino de dez anos, observa a vida de sua vila More. Ele faz amizade com uma anciã que a comunidade acusa de feitiçaria. Pouco a pouco, nasce uma cumplicidade entre eles. Enquanto isso, uma série de sub-tramas se desenrolam, vista sob o olhar do garoto.
O Dia de Jerusa, 2013, 20 minutos, direção Viviane Ferreira. Sinopse: Estrelado pela experiente atriz Léa Garcia e pela jovem atriz e bailarina Débora Marçal. A história narra o encontro de uma jovem e uma senhora residente do bairro do Bixiga, no centro de São Paulo. Silvia (Débora Marçal) trabalha com pesquisa de público para uma marca de sabão em pó. Ao bater na porta de Jerusa (Léa Garcia), é surpreendida com respostas nada convencionais, e o diálogo a leva a compreender a vida de outra maneira, menos rápida e menos quantitativa. O elenco formado por atores e atrizes negros dá ao filme contornos de simplicidade e poesia, além de revelar a atenção e engajamento político da equipe do curta.
Sobre Idrissa Ouedraogo e sua obra:
Idrissa Ouedraogo. Nasceu em 1954, em Burkina-Faso. Estudou no Instituto Africano de Estudos Cinematográficos de Ouagadougou, seguiu estudando no IDHEC em Paris. Realisou diversos curtas-metragens documentários, antes de passar para longas-metragens. Desde seus primeiros longas, ele obtém reconhecimento internacional. Seus filmes Yaaba, Tilaï e Samba Traore receberam diversos prêmios, incluindo em Cannes e Veneza.
Produção cinematográfica:
Kato Kato (2006)
Anger of the Gods (2003)
11 de Setembro (September 11) (2002)
Le monde à l'endroit (2000)
Kini & Adams (1997)
Lumière e Companhia (Lumière and Company) (1995)
Le cri du coeur (1994)
Samba Traoré (1992)
Karim and Sala (1991)
The Law (1990)
Yaaba (1989)
Yam Daabo (1987)

Sobre Viviane Ferreira e sua obra:

Viviane Ferreira nasceu em Salvador. Graduada em Direito, com foco em direito cultural e direito autoral, é cineasta, produtora, empreendedora social e designer. Atua na V&V Advogadas Associadas (Escritório com foco em Direito do Entretenimento, Direito Administrativo, Direito Público e Direito Eleitoral); Presidente da Associação Mulheres de Odun (Organização feminista que trabalha em prol da democratização dos bens culturais com recorte de gênero e raça) e Produtora na Odun - Formação e Produção, empresa especializada na área de bens culturais.
Produção Cinematográfica:
2013 - Curta-metragem “O dia de Jerusa”, ficção, de 20 min de duração.
Média-metragem “Peregrinação: partindo de nós próprios para chegarmos à nós mesmos”, documentário, 57min de duração
2010 - Curta-metragem “Mumbi 7 Cenas Pós Burkina”, ficção, 7 min de duração.
2009 - Curta-metragem “Marcha Noturna Pela Democracia Racial”, documentário 30min de duração.
Curta-metragem “Festa Mãe Negra”, documentário, 30min de duração
2008 - Curta-metragem “Dê sua idéia, debata”, documentário, 30min de duração
Serviço:
15/novembro/2014 - sábado - 18 horas
Cineclube Afro Sembene e Cojira convidam
Sessão especial ao Dia da Consciência Negra
YAABA - Idrissa Ouedraogo - Burkina Fasso
O DIA DE JERUSA - Viviane Ferreira - Brasil
Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja - Entrada franca
Próximo ao metrô República e Igreja da Consolação
Informações: www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br/
www.cojira.wordpress.com/ www.sjsp.org.br/
Realização: Associação Fórum África
Parceria: Cojira/Sindicato dos Jornalistas
Apoio: Cabeças Falantes
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III MOSTRA CINEMA DA QUEBRADA - 17 a 30 de Novembro de 2014


Desde 2012, o CINUSP Paulo Emílio organiza debates e mostras anuais sobre o Cinema da Quebrada na USP. A ideia e motivação dos programas exibidos é criar espaço na universidade, para as produções de coletivos e artistas baseados em bairros periféricos, até então pouco difundidas nos circuitos cinematográficos e que muitas vezes passam ao largo da crítica. Essa produção enriquece o debate acadêmico ao incluir novas vozes e agentes produtores de arte e cultura no âmbito da educação formal.
A discussão do próprio conceito de cinema da quebrada, é assunto privilegiado das mostras, curadas a cada ano por um realizador externo ao CINUSP, um participante daquilo que, somente de maneira bastante fluída, poderia ser caracterizado como um “movimento”, sem centro nem periferia, sem hierarquia ou estrutura institucional, e cuja tendência talvez seja a de ocupar a cena dos festivais, eliminando assim, ou ao menos reduzindo, os próprios contornos que o especificam.
Cada curador externo trabalhou junto à equipe do CINUSP na seleção e organização da grade de programação e debates. A ideia é que a partir mesmo dessa experiência de conceituação e elaboração do material se estabeleçam novas trocas, incluindo aí os inevitáveis atritos que elas geram.
A primeira mostra teve curadoria de Renato Cândido, bacharel e mestre pela ECA, professor e diretor de cinema. Essa primeira edição da mostra do cinema da quebrada, trouxe para a universidade realizadores que a partir de seus núcleos originários extrapolaram os limites de suas comunidades. O debate entre alunos da USP e, realizadores da quebrada paulistana e carioca expressou algumas das muitas diferenças que existem no campo das quebradas.
A segunda mostra contou com o olhar de Thaís Scabio, do Núcleo de Audiovisual do JAMAC no Jardim Miriam, que optou por realizar uma chamada de trabalhos audiovisuais. Recebemos inscrições do Brasil inteiro, que compuseram uma diversidade de temas e abordagens, posicionando lado a lado produções de grandes centros urbanos e aldeias indígenas.
A terceira mostra tem curadoria de Wilq Vicente, aluno de mestrado em Estudo Culturais na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, e que foi membro do Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo. Essa edição faz uma homenagem a Associação Brasileira de Vídeo Popular (ABVP), por seu papel precursor na atenção ao vídeo em conexão com movimentos e ou comunidades populares, além de outros três eixos temáticos.
Para além das nossas salas na Cidade Universitária e no Centro Universitário Maria Antônia, a mostra será estendida a outros espaços, fortalecendo o sentido de extensão e parceria entre universidade e comunidade externa. Diversos espaços receberão debates com realizadores e outros agentes desse meio mantendo a multiplicidade de vozes inerente ao tema.
Acompanhando a mostra, publicaremos novo volume da Coleção CINUSP organizado por Wilq Vicente e pela equipe do CINUSP, que atualiza a discussão sobre a produção contemporânea popular, da quebrada e, ou, da periferia, evidenciando o papel político e estético do audiovisual. O volume, composto por entrevistas e ensaios, levanta as questões: Existiria um cinema da Quebrada? O que vem a ser a quebrada? Relaciona-se a uma topologia, uma estética ou posição social?
Convidamos todos a participarem da reflexão proposta nessa III MOSTRA DE CINEMA DA QUEBRADA DO CINUSP, e apreciarem uma produção heterogênea, crítica e pulsante, que dá novo fôlego à criação audiovisual brasileira.

Locais:
CINUSP Paulo Emílio
CINUSP Maria Antonia
Sala Cine Olido
Centro Cultural da Penha
Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes
Espaço Cultural Latino Americano (ECLA)
Biblioteca Roberto Santos

Fonte e programação completa: CINUSP