sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Consciência Nacional Brasileira - crônica de António Matabele - Mozambique

 
Heresias do Oceano Índico

... que nesse Brasil abençoado por Deus todo o cidadão se sinta apenas brasileiro !!!


      Como não havia Facebook, nem esferográfica BIC, GPS também não, Pedro Álvares Cabral, o encobridor (perdão, queria dizer, o descobridor) do Brasil convencionou dizer aos seus mandantes em Portugal, que havia chegado às terras de Vera Cruz, num dia qualquer de Abril do ano, exactamente, de 1500 depois da era Cristã.

      E já que em História são os factos mais importantes que a precisão das datas, aquela convicção pessoal de Cabral elevou-se à categoria de convenção universal e todo o mundo aceitou que o Brasil dos pacíficos indígenas dizimados aborígenes índios – ainda sem os pretos trazidos à força para aquelas terras por essa terrível vergonha da humanidade, que foi a escravatura – que naquele dia aquele pedaço do planeta terra tinha entrado para a senda da globalização. Atenção: a globalização é tão antiga quanto o Homem ao cimo da terra ou navegando sobre rios, mares e oceanos infindos.

      Mas (esta maldita conjunção adversativa sempre aparecendo estragando o curso belo e normal das coisas em processo) com o evento da escravatura e da ganância de o Homem enriquecer depressa, foi inventado o abominável rentável (?) negócio da desumana traficância da Pessoa despida da sua condição de Homem.

      A escravatura é quase tão antiga como o Homem na Terra. Vejamos que muito antes do Nosso Jesus Cristo, o Salvador, se fazer à Terra para cumprimento do nobre mandato que recebera de seu Pai Celestial, a escravatura já existia, de tal modo que até o Povo Eleito fora levado para o Egipto como escravo.

      Agora aquela escravatura na perspectiva que transformou o ser Humano em mais uma mercadoria altamente lucrativa, que nem os principais modernos “comodities” (barris de petróleo, gás, carvão, algodão, diamantes e quejandas riquezas) é algo que frutificou e se fortificou com o evento dos ditos descobrimentos. Quando as potências europeias navegantes: Holanda, Inglaterra, Espanha, Portugal, França começaram a precisar de colonizar e explorar as inúmeras potencialidades virgens que a mãe natureza prodigalizava aos donos das possessões acabadas de descobrir e que haviam auto-proclamado como suas colónias, eis que surge a necessidade de se possuir uma força de trabalho barata para a exploração rentável daqueles empreendimentos do além-mar (ultramarinos).

      Então o comércio do escravo preto (eu sei que os irmão brasileiros ficam melindrados com o uso desta expressão correcta, preferindo, então, eufemizá-la com o “negro”) aliada à necessidade disponibilidade de mão do obra barata para a rendibilização daquelas riquezas em estado virgem, surgiu como algo duplamente lucrativo. O preto era já em si próprio uma mercadoria que encerrava um valor intrínseco elevado e, ainda por cima, ele mesmo era usado para a exploração eficaz dos recursos potencialmente existentes. Portanto, o preto, reduzido à condição de escravo, valia como mercadoria e como força de trabalho de custo nulo. Preto: importante mercadoria e simultaneamente instrumento de trabalho fundamental.

      Bom negócio: com uma paulada dois ganhos!

      Ao aceitar o convite para me associar a esta efeméride celebrada no Brasil como dia da Consciência Negra, eu me perguntei se haveria idêntico dia para os brancos, índios, árabes, amarelos e etc para os milhões daquele povo naquele Brasil continental de 250 Milhões de Habitantes sem cor unidos sob a mesma bandeira de uma Pátria una, épica e jamais indivisível porque é invencível no seu querer.

      Esta exaltação desta data não será mais uma reminiscência da discriminação da qual o Homem Preto do Brasil ainda é vítima? A República da África do Sul, cujo Povo correctamente conduzido pelo ANC, pelo grande imortal Mandela (já li que o Vaticano pretende canonizá-lo como Santo Ecuménico) e pela comunidade internacional apoiado, libertou-se, em 1994, do apartheid, essa moderna, retrógrada e suja forma de escravatura, mas nem por isso criou um dia para homenagear somente o Preto. Em seu lugar foi criado o “freedom day”, que é festejado no dia 27 de Abril por todos os cidadãos daquele país da cor do arco iris. 

      Mas dado que não há dois países iguais e como em Roma temos que respeitar as leis romanas, quem sou eu, modesto exemplar sobrante dos escravos exportados também para o Brasil para opinar de forma crítica ou apologética quanto à existência do Dia da Consciência Negra no Brasil?

      Mas (de novo esta maldita proposição adversativa) eu gostaria que a pobreza no Brasil deixasse de ter cor negra. Eu explico-me melhor: tendo em atenção que o primado da economia comanda a sociedade, eu gostaria que naquele País apenas superado pelo Paraíso descrito na Bíblia fossem encontrados critérios menos injustos de a riqueza chegar, potencialmente, de forma proporcionalmente igual, a todos os cidadãos, fossem estes de cor azul, vermelha, preta ou amarela (mas, afinal o HOMEM tem cor?!). Se as coisas acontecessem “deste jeito”, todo o mundo viria inspirar-se no modelo brasileiro para que a pobreza com cor fosse erradicada do Planeta Terra.

    Haja saúde e Parabéns a todos os irmãos brasileiros por este seu dia da CONSCIÊNCIA NEGRA e que os frutos desta reflexão colectiva culminem na predisposição de todos apenas sentirem necessidade de celebrar o dia NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NACIONAL BRASILEIRA.

     Mas apesar de tudo isto (ou por causa de tudo isto) eu te amo meu Brasil por teres sido forçado a acolher meus tetra-ancestrais reduzidos a teus escravos bravos, duros e alegres desbravadores construtores desse País detentor de uma das dez maiores economias do mundo (BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China, South Africa)!

António Matabele
Maputo, 20 de Novembro de 2014.

Um comentário:

  1. C A L O T E J U D I C I A L I I
    PROCESSO No. 88026001-2 SEPULTADO VIVO PELO “JUIZO” DA 14ª. VARA DA JUSTIÇA FEDERAL EM SÃO PAULO – SP – BR:

    Conforme comprovam os autos do Processo em apreço, a infeliz da “juíza” que engendrou a injustiça que se consuma contra órfãos e viúva; o fez intencionalmente alegando falta de “IRRESIGNAÇÃO”; com o propósito de justificar a maldade e a covardia do seu vergonhoso ato, por não conhecer a Deus e nem temer o Senhor:
    Se houvesse um só JUSTO entre nós, esta injustiça já teria sido devidamente reparada, a exemplo da profusão de injustiças sociais que tem sido praticadas descarada e impunemente há longo tempo:
    Entretanto, a maioria das autoridades brasileiras estão empenhadas em apurar fraudes, corrupções e desonestidades mutuas, sem capacidade e sem tempo para governar esta nação propensa ao caos.

    (TG.2.8) SE VÓS, CONTUDO, OBSERVAIS A LEI RÉGIA SEGUNDO A ESCRITURA: (JB.19.36) E ISTO ACONTECEU PARA SE CUMPRIR A ESCRITRA, (RM.2.24) POIS COMO ESTÁ ESCRITO: (SL.14.3) TODOS SE EXTRAVIARAM E JUNTAMENTE SE CORROMPERAM, NAO HÁ QUEM FAÇA O BEM, NÃO HÁ NEM UM SEQUER; (OS.4.12) PORQUE UM ESPÍRITO DE PROSTITUIÇÃO OS ENGANOU, E ELES, PROSTITUINDO-SE, ABANDONARAM O SEU DEUS:

    (NE.9.10) COMO HOJE SE VÊ: (JÓ.9.24) A TERRA ESTÁ ENTREGUE NAS MÃOS DOS PERVERSOS, E DEUS AINDA COBRE O ROSTO DOS JUIZES DELA, (IS.5.23) OS QUAIS POR SUBORNO JUSTIFICAM O PERVERSO E AO JUSTO NEGAM JUSTIÇA: Para eles “a justiça era cega” até ao dia de hoje; (RM.10.3) PORQUANTO, DESCONHECENDO A JUSTIÇA DE DEUS E PROCURANDO ESTABELECER A SUA PRÓPRIA, NÃO ALCANÇARAM NEM SE SUJEITARAM A QUE VEM D DEUS:

    (IS.3.12) OS OPRESSORES DO MEU POVO SÃO CRIANÇAS , E MULHERES ESTAO A TESTA DO SEU GOVERNO: OH! POVO MEU, OS QUE TE GUIAM TE ENGANAM E DESTROEM O CAMINHO POR ONDE DEVES ANDAR:
    (MQ.3.11) OS SEUS CABEÇAS DÃO SENTENÇA POR SUBORNO, OS SEUS SACERDOTES ENSINAM POR INTERESSE, E OS SEUS PROFETAS ADVINHAM POR DINHEIRO, E AINDA SE ENCOSTAM NO SENHOR, DIZENDO: NÃO ESTÁ O SENHOR NO MEIO DE NÓS? NENHUM MAL NOS SOBREVIRÁ:
    (2PE.2/3) E MUITOS SEGUIRÃO AS SUAS PRATICAS LIBERTINAS, E, POR CAUSA DELES, SERÁ INFAMADO O CAMINHO DA VERDADE; (1TM.4.2) PELA HIPOCRISIA DOS QUE FALAM MENTIRAS E QUE TEM CAUTERIZADA A PRÓPRIA CONSCIÊNCIA:
    (IS.1.23) NÃO DEFENDEM O DIREITO DO ORFÃO, E NÃO CHEGA PERANTE ELES A CAUSA DAS VIUVAS: (2PE.2.3) TAMBÉM, MOVIDOS POR AVAREZA, FARÃO COMÉRCIO DE VÓS COM PALAVRAS FICTICIAS (COMO IRRESIGNAÇÃO) PARA ELES O JUIZO LAVRADO HÁ LONGO TEMPO NÃO TARDA E A SUA DESTRUIÇÃO NÃO DORME; (1PE.4.5) OS QUAIS HÃO DE PRESTAR CONTAS ÀQUELE QUE É COMPETENTE PARA JULGAR VIVOS E MORTOS; (LS.1.15) PORQUE A JUSTIÇA É PERPETUA E IMORTAL:
    (JB.15.20) LEMBRAI-VOS DA PALAVRA QUE EU VOS DISSE: (EC.34.26) QUEM TIRA A UM HOMEM O PÃO QUE ELE GANHOU COM O SEU AMOR, É COMO O QUE MATA O SEU PRÓXIMO: (IS.30.12) PELO QUE ASSIM DIZ O SANTO DE ISRAEL:
    Felizmente, logo já não terei necessidade de pão, pois em breve voltarei para junto de meu Pai, e então os gentios que roubaram minha aposentadoria da ordem de dois salários mínimos/mês, poderão fazer bom proveito da mesma:
    (LC.6.27) DIGO-VOS, PORÉM, A VÓS OUTROS QUE ME OUVIS: (JB.14.2) NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS, VOU, POIS, VOS PREPARAR LUGAR: (AP.21.8) QUANTO AOS COVARDES, AOS INCREDULOS, AOS ABOMINÁVEIS, AOS ASSASSINOS, AOS IMPUROS, AOS FEITICEIROS, AOS IDOLATRAS, E A TODOS OS MENTIROSOS; A PARTE QUE LHES CABE É NO LAGO QUE ARDE COM FOGO E ENXOFRE, A SABER: A SEGUNDA MORTE:








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