domingo, 22 de dezembro de 2013

Problemas técnicos adiam para a janeiro a programação do Cineclube Sembene e Cojira-SP no Sindicato dos Jornalistas deste mês



A coordenação do Cineclube Afro Sembene e Cojira-SP vêm a público no seu blog e por meio deste veículo, pedir desculpas ao seu público, simpatizantes, colaboradores. Devido a problemas técnicos, a sessão que seria realizada no dia 21/12, exibindo os filmes "Em Nome de Cristo" e "Jardim Beleléu" teve que ser adiada. O sr. Dedier Kouakou (foto maior), da Costa do Marfim, convidado para comentar o filme "Em Nome de Cristo", compensou aos que compareceram no auditório do Sindicato dos Jornalistas, com um breve e instigante panorama enciclopédico sobre seu país. Em rápidas pinceladas, ele deu uma aula de história, cultura, política, educação, geografia, cultura, economia, tradição, modernidade, comportamento, dentre outros assuntos relacionados, e nos deixou com gosto de quero mais. Oxalá sua concorrida agenda permita para que possa ele estar conosco para complementar as exposições que fez. Os africanos têm o dom da memória e da palavra. Coisas de griots...

Dia 18 de janeiro de 2014 retornaremos no Sindicato dos Jornalistas, pontualmente às 19 horas, com a mesma programação. 




Contando com a sua compreensão e presença, o Cineclube Afro Sembene e Cojira-SP agradecem a atenção e aproveita a oportunidade para expressar votos de Boas Festas e Feliz Ano Novo!

Serviço 
Cineclube Afro Sembene: Em Nome de Cristo (Au Nom du Christ) de Roger Gnoan M'Bala (Costa do Marfim) e Jardim Beleléu, de Ary Candido Fernandes (Brasil);
Data: 18 de janeiro de 2013 – sábado;
Horário: pontualmente às 19 horas;
Local: Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo;
Endereço: Rua Rego Freitas nº 530 - Sobreloja, Vila Buarque, São Paulo/SP, próximo ao metrô
República - Entrada franca. 

Informações:
Blog: http://cineclubeafrosembene.blogspot.com.br 

Facebook: https://www.facebook.com/cineafrosembene
Blog: http://cojira.wordpress.com/

Facebook: https://www.facebook.com/cojirasp
Sindicato: http://www.sjsp.org.br/

Oubí Inaê Kibuko
Coordenador de Programação, Comunicação e Marketing do Cineclube Afro Sembene para o Fórum África.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Cineclube Afro Sembene e Cojira-SP exibem “Em Nome de Cristo” e “Jardim Beleléu”, dia 21/12 no Sindicato dos Jornalistas

 
Em Nome de Cristo (Au Nom du Christ). Diretor: Roger Gnoan M'Bala. Elenco: Pierre Gondo, Naky Sy Savane, Akissi Delta. Gênero: Drama. Duração: 90 minutos. Ano de Lançamento: 1993. País de Origem: Costa do Marfim. Idioma do Áudio: Francês. Legendas: Português. Acervo pessoal.

Sinopse. Gnamien Ato, um criador de porcos que também trabalha ocasionalmente como soldador, é desprezado por todos na vila de Balo Ahuekro, que tem uma população de três mil. Um dia, sozinho na floresta e após uma bebedeira, experimenta "convulsões hipnóticas" e tem a visão de uma criança que, com uma voz celestial, lhe diz qual é a sua missão na vida. Tomando esse sonho como realidade, vai para a praça da aldeia uma manhã para pregar sua nova fé. Ele realiza vários "milagres", ganhando assim a confiança dos moradores. Convictos da vinda de um "messias", os habitantes de Balo Ahuekro aderem todos à nova fé. Magloire 1, o novo nome do criador de porcos e que também afirma ser filho de Cristo, adquire grande fama. De todo o país vêm pessoas para vê-lo: pretensos políticos, comerciantes que querem ganhar mais dinheiro, mulheres estéreis, paralíticos, cegos e pessoas pobres.

Sobre o diretor Roger Gnoan M'Bala. Nasceu em Grand Bassam (Costa do Marfim), em 1941. Ele estudou na Suécia e no Conservatório Libre du Cinéma, em Paris. Em 1970  dirigiu Koundoum, seu primeiro documentário em preto e branco sobre a dança tradicional, e dois anos depois de seu filme Amanie ganhou vários prêmios, incluindo o FIFEF. Desde então, ele produziu e dirigiu filmes, nomeadamente o premiado Ablakon. De 1968 a 1978, trabalhou como diretor assistente e depois diretor da Rádio Televisão da Costa do Marfim, onde assinou vários espetáculos de variedades e esportes. Em 1972, seu curta-metragem "Amanie" recebeu o Tanit de Prata no Festival de Cinema de Cartago. Em 1984, dirigiu seu primeiro longa-metragem "Ablakon". "Em nome de Cristo", 1993, ganhou o Prêmio Especial da Juventude no Festival de Locarno e do Grande Prêmio no FESPACO; Prêmio especial do Júri, Milão 1994; Prêmio Vues d'afrique, Montréal 1994.

Jardim Beleléu. Diretor: Ari Candido Fernandes. Gênero: Ação. Elenco: José Wilker, Flavio Bauraqui, Thalma de Freitas, Laércio de Freitas, Adyel Silva, Misty, Nábia Vilela. Duração: 15 min. Ano: 2009 - Formato: DVD. País: Brasil. Local de Produção: São Paulo, zona leste, Itaquera e Cidade Tiradentes. Cor: Colorido. Acervo pessoal.

Sinopse. Itamar (Flavio Bauraqui), trabalhador da indústria metalúrgica, dá um duro danado todo dia para sustentar a esposa Roseli (Adyel Silva), e suas duas filhas. Um dia, voltando do trabalho após receber seu salário, é assaltado no ônibus por um casal. No dia seguinte, após ser humilhado pelo sogro por pedir-lhe dinheiro emprestado, resolve vender um revólver que conservava para sua proteção. No trajeto, avista Corisco Sputnik (José Wilker), o assaltante, junto com a comparsa (Thalma de Freitas). Furioso, resolve matar o assaltante, segue-o sem ser percebido até sua casa, quando se depara com uma cena que será sua chance de redenção.

Sobre o diretor Ari Candido Fernandes. Nasceu em Londrina, 1951 e cursou cinema na Universidade de Brasília, tendo como professores Vladimir Carvalho, Geraldo dos Santos e Fernando Duarte. Em 1971, ameaçado pelo artigo 477 da Lei de Segurança Nacional, partiu para a Suécia. De Estocolmo foi para Paris, onde à partir de 1975, continuou sua formação em cinema na Nouvelle Sorbonne. Reconhecido ativista da comunidade negra, Ari Cândido coordenou o Projeto Zumbi junto a Secretaria de Estado da Cultura e foi um dos idealizadores do Dogma Feijoada – movimento cinematográfico disposto a questionar os estereótipos e os modelos de representação do negro no cinema e na TV. Seu primeiro curta, Martinho da Vila (Paris/1977), capta a passagem do sambista carioca em Paris. Em 1978, foi para a África documentar o conflito entre eritreus e etíopes. Realiza Por quê Eritréia?, filmado em plena guerrilha, testemunho da luta pela independência do país. Ari Cândido também atuou como fotógrafo para diversas agências de notícias européias. No Brasil realizou mais três filmes: O Rito de Ismael Ivo (2003), retrato biográfico do bailarino negro; O Moleque (2005), ficção baseada num conto do escritor Lima Barreto; e Pacaembu Terras Alagadas (2006), documentário sobre o bairro paulistano. Jardim Beleléu (Prêmio Estímulo de curta metragem da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo), é uma adaptação livre e autorizada, do conto “Não Era Uma Vez“, do escritor Cuti (Luis Silva) – que nunca teve seus escritos adaptados para o cinema. A escolha do conto entre as obras de Cuti foi pela atualidade de seu enredo. O curta foi filmado na Cidade Tiradentes, zona leste paulista, em 2009, com apoio e participação da comunidade local, especialmente da Escola de Samba Príncipe Negro. Titulo do filme e seu personagem central são em homenagem ao músico e compositor Itamar Assumpção. Jardim Beleléu participou da competição do 14º Los Angeles Latino International Film Festival; no 21º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo - Kinoforum; e marcou presença no 5º CineFantasy - Festival Curta Fantástico, evento internacional especialmente criado para o cinema fantástico e seu universo.

O Cineclube Afro Sembene
A proposta é realizar sessões em dose dupla, ou seja: um filme do continente africano e um filme de um(a) diretor(a) afro-brasileiro(s), como acontece em shows internacionais que são abertos por bandas ou artistas nacionais como forma de intercâmbio e difusão cultural. Tem também um apelo retrô, em referência e homenagem aos cinemas populares, os quais até meados da década de 1990 exibiam dois filmes como meio de atrair, formar e manter seu público. “Como os cinemas estavam perdendo expectadores, logo surgiu a idéia de oferecer aos cinéfilos a sessão dupla, onde poderiam assistir dois filmes pagando por apenas um bilhete. E muito filme considerado B, não só ganhou repercussão como também se tornaram cults”, explica Oubí Inaê Kibuko, um dos coordenadores e curadores do Cineclube Afro Sembene.

As sessões acontecem no 3º sábado do mês, pontualmente às 19 horas, sendo a exibição do filme seguida de debate com membros da equipe realizadora ou com a participação de um comentarista convidado, acompanhado por um chá de confraternização e outras práticas da cultura africana.

Sobre o projeto Cineclube Afro Sembene
O Cineclube Afro Sembene é uma iniciativa do Fórum África, entidade sem fins lucrativos, de caráter social, cultural e recreativo, que reúne africanos, brasileiros e todas as pessoas interessadas em difundir informações que melhorem o conhecimento sobre a África no Brasil. O nome Sembene é uma homenagem ao escritor, produtor e diretor senegalês Ousmane Sembène (1923 — 2007), freqüentemente chamado de "O Pai do Cinema Africano". Sua jornada teve inicio em 2008, no Centro Cineclubista de São Paulo, do qual é associado. Ciente das barreiras da língua e de seu caráter pedagógico, a programação do Cineclube Afro Sembene prioriza filmes legendados em português. Coordenação: Vanderli Salatiel, Saddo Ag Almouloud e Oubí Inaê Kibuko.

Parceria Cineclube Afro Sembene e Cojira
Em 2012 o Cineclube Afro Sembene firmou parceria com a Cojira-SP (Comissão de Jornalistas Pela Igualdade Racial no Estado de São Paulo), que manifestou disposição solidária com esta proposta e se propôs a contribuir na difusão do cinema africano ao público interessado todo terceiro sábado mensal.  “A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira) é um órgão consultivo, com participação aberta a todos os interessados. O objetivo é auxiliar o Sindicato na atuação mais efetiva com relação à questão racial. Participamos ações tanto no âmbito específico do jornalismo, quanto em questões de caráter mais geral.” A oficialização desta parceria se deu em 16/11/2013, com o retorno do Cineclube Afro Sembene, desta feita no Sindicato dos Jornalistas, após um longo e forçado jejum por falta de espaço apropriado.

Serviço
Cineclube Afro Sembene: Em Nome de Cristo (Au Nom du Christ) de Roger Gnoan M'Bala (Costa do Marfim) e Jardim Beleléu, de Ary Candido Fernandes (Brasil);
Data: 21 de dezembro de 2013 – sábado;
Horário: pontualmente às 19 horas - Entrada franca;
Local: Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo;
Endereço: Rua Rego Freitas nº 530 - Sobreloja, Vila Buarque, São Paulo/SP, próximo a Igreja da Consolação e metrô República.

Informações:
Blog: http://cineclubeafrosembene.blogspot.com.br 
Email: cineafrosembene@gmail.com
Blog: http://cojira.wordpress.com/
E-mail: cojirasp@gmail.com   

Realização: Fórum África
Parceria: Cojira-SP e Sindicato dos Jornalistas
Apoio: Casa das Áfricas e Cabeças Falantes

Postado por Oubí Inaê Kibuko para Cineclube Afro Sembene e Fórum África.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Mostra Cinema de Quebrada invade o Cinusp

As salas “Maria Antônia” e “Paulo Emílio” do Cinusp receberão filmes que vieram direto das “quebradas” espalhadas por todo o Brasil. Com o intuito de estimular espaços, intercâmbios e reflexões para a produção cinematográfica oriunda da periferia – ou que tenha tal local como pano de fundo -, serão exibidas sessões de 2 a 15 de dezembro. E o melhor: tá tudo liberado!

 Os filmes exibidos nessa segunda edição da MOSTRA DE CINEMA DA QUEBRADA NO CINUSP são contemporâneos (quase todos foram feitos a partir de 2010) e compartilham a utilização das plataformas digitais para sua realização e difusão. Com a crescente acessibilidade aos meios de produção (câmeras e outros equipamentos de baixo custo), a experiência audiovisual está cada vez menos restrita ao uso profissional. Não só a produção, mas também a distribuição, tem se beneficiado desse fenômeno: a internet é ferramenta fundamental para o compartilhamento dos vídeos e foi responsável pela intensa circulação de alguns deles pelo Brasil, como é o caso do longa-metragem Ai Que Vida, de Cícero Filho.

Para fazer a curadoria desta mostra, o CINUSP convidou Thais Scabio, cineasta, educadora e cineclubista, coordenadora do projeto “Cinema Digital” do JAMAC – Jardim Miriam Arte Clube. O que fica evidente em sua seleção de títulos é a heterogeneidade. Não é nada simples pensar uma curadoria que dê conta do termo “da quebrada”. Alguns dos filmes têm patrocínio, outros são totalmente independentes. A rigor, não se trata de uma seleção de filmes feitos na periferia, pois eles refletem realidades materiais diversas. Mas, em boa parte dos casos, sabe-se que o custeio da produção acaba sendo em grande parte feito pela doação do trabalho dos envolvidos: colaboradores não profissionais, gente que não tira seu sustento do cinema. Alguns dos filmes selecionados receberam prêmios em festivais, mas ainda pertencem a um circuito distinto, preservam uma relação íntima com a sua comunidade de origem. Integram a mostra filmes dos mais variados gêneros. As ficções vão do horror psicológico à comédia de tipos sociais. É notável também a grande ocorrência de documentários, sejam eles longas-metragens, como O Mestre e o Divino, realizado por indígenas do projeto Vídeo nas Aldeias e premiado como melhor filme documentário no 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, sejam pequenos vídeos de registro ou protesto, como 3 Marias, Cordel de Lá pra Cá, Loas aos Reis do Congo, Quilombo de Queimadas. Muitos deles buscam a experimentação das linguagens da música e da poesia, como Quero Ser Beyoncé, Rumpi Mondé, Da Paz e Manual de Literatura(En)Cantada, entre outros.

A II MOSTRA DE CINEMA DA QUEBRADA NO CINUSP convida à reflexão. Qual é a pertinência de se falar em “cinema da quebrada”? Existe uma estética resultante desse conjunto? É possível transportar para a tela do CINUSP um material cuja exibição talvez seja parte intrínseca da vivência comunitária, da relação entre realizadores e o seu meio? É possível até mesmo que essa discussão já esteja um tanto ultrapassada, que as linhas do tempo presente sejam mais difusas e que esta mostra seja um exemplo da intersecção dos dois, ou mais, universos. Seja como for, esta é uma chance de vislumbrar a intimidade de quem faz filmes sem pretensão de se expor ao olhar oficial do “estrangeiro”. Quase como encontrar uma caixa de películas de família, feitas por indivíduos que nutrem laços anteriores aos que surgem no fazer fílmico, e que sujeitam essas relações ao sabor dos efeitos da luz projetada em uma tela. 


Confira no link abaixo a programação completa, os horários e locais de exibição no Cinusp Paulo Emílio e no Cinusp Maria Antonia.

Sobre o CINUSP

O CINUSP Paulo Emílio é uma sala de cinema gratuita e aberta ao público em geral, localizada no campus da capital, na Cidade Universitária. A programação é variada, contando com mostras temáticas produzidas por professores e alunos da universidade, seminários, debates, cursos, pré-estréias e parcerias com festivais de cinema.

Criado em 1993 pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da universidade, a sala leva o nome do professor, critico e escritor Paulo Emílio Salles Gomes que, além de ser um dos maiores pensadores do cinema brasileiro, implantou um dos primeiros cursos de Cinema do Brasil: o da Universidade de Brasília e, após seu fechamento, em 1967, ajudou a implantar o curso na USP.

O CINUSP tem como objetivo principal disseminar a cultura cinematográfica, estimular a pesquisa e o conhecimento, contribuindo assim para o adensamento permanente do ambiente universitário.

As sessões acontecem de segunda a sexta-feira, exceto feriados, sempre às 16h e às 19h, de acordo com a programação, que varia com as temporadas de mostras. Além das sessões, cursos e debates, o CINUSP produz publicações que expressam a pesquisa e a reflexão sobre temas relacionados a suas atividades, com textos inéditos e de referência.

O CINUSP recebe convidados do Brasil e do mundo, entre artistas, especialistas, diretores e acadêmicos, geralmente após as sessões, como mais um diferencial de um cinema universitário.

Cinusp Paulo Emílio
Rua do Anfiteatro 181
Colméia - Favo 04 - Cidade Universitária - São Paulo, SP

Cinusp Maria Antonia 

Rua Maria Antonia 258 e 294 · Vila Buarque
São Paulo · SP · (11) 3123-5200


Postado por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

AfroeducAÇÃO no Cinema: "Tão Longe é Aqui", dia 23/11

Exibição do filme "Tão Longe é Aqui", com participação especial da diretora Eliza Capai.

Lançamento da exposição fotográfica dos alunos do curso "Identidade Negra através das Lentes" mediado por Diego Balbino.

Quando: 23 de novembro, sábado.
Horário: 11 horas

Onde: Espaço Itaú de Cinema (Shopping Frei Caneca), rua Frei Caneca, 569, Consolação.

A entrada é gratuita e prioriza a participação de educadores e estudantes da área de Educação.

Retirada dos ingressos meia hora antes, identificando-se como convidado da Afroeducação.


Postado por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

A África em documentário sobre a cena metal de Botsuana


Intitulado "March Of The Gods - Botswana Metalheads Documentary", o filme é independente e feito com as economias de Raffaele Mosca, Alessio Calabresi e Natalia Kouneli. "Esse projeto é importante, pois acreditamos que poderá ajudar a erradicar alguns equívocos existentes sobre a África moderna", afirma o trio criativo. O filme é centrado na luta da banda WRUST, uma das predominantes da cena, pelo êxito. Durante as filmagens o WRUST (que já tocou com o SEPULTURA e CARCASS na África do Sul) foi convidado para o festival SoloMacello em Milão / Itália, 26 de Junho, sendo a primeira banda do país a se apresentar num festival major na Europa. Poucos meses depois, o SKINFLINT, que fez a trilha sonora do trailer acima, se apresentou no Sweeden Rock Fest.

Além das bandas citadas, SKINFLINT e WRUST, o documentário conta com entrevistas e performances de OVERTHRUST, REMUDA, KAMP13, AMOK (não confundir com a banda escocesa de Thrash Metal), METAL ORIZON e STANE. "O documentário mira trazer à luz uma nascente subcultura musical que combina New Wave Of British Heavy Metal, tradição africana e o visual motociclista e cowboy num inesperado ponto de vista sobre a África", concluem os responsáveis pelo filme.

Mergulhar na irmandade metal de Botsuana foi intenso para os realizadores de "March of the Gods". Durante as entrevistas de fãs, músicos, bandas e demais pessoas relacionadas, surgiram insights antropológicos. "Filmamos e experimentamos a loucura dos shows regionais de metal e passamos tempo suficiente com os locais para entender a especificidade de Botsuana por meio de sua cultura contemporânea, mas também, seus problemas e contradições", revelam os cineastas.

Procuramos abaixo, via youtube, material das bandas que fazem parte de "March Of The Gods - Botswana Metalheads Documentary", privilegiando os vídeos mais recentes, porém não encontramos todos os grupos. Confira abaixo:

De acordo com nota deixada no dia 20 de novembro no perfil do filme no facebook, a edição do documentário está completa, faltando a pós-produção de áudio e correção de cores. "Esperamos ter o filme pronto em fevereiro (2014). Continuem ligados e continuem metal". Agora é esperar por essa viagem aos mais novos domínios do Heavy Metal.

Fonte: Whiplash.Net

Postado por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Um Território Chamado África - Mostra de filmes no Centro Cultural da UFMG

O filme Ajangbila 1, produzido na Nigéria, dá sequência hoje à mostra "Um território chamado África", realizada pelo Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (Insod) no Cinecentro UFMG, instalado no Centro Cultural. A mostra é parte do Festival da Diversidade Cultural (OMI). As exibições acontecem às 19h das terças e quintas-feiras, até o dia 28, com entrada gratuita. O Centro Cultural UFMG, fica na avenida Santos Dumont, 174.

Sob a curadoria de Ayòbámi Akínrúlí e Luana Campos, a mostra de cinema africano traz filmes inéditos no Brasil, traduzidos do inglês e do idioma yorùbá para o português, e que privilegiam a temática da diversidade cultural.

O foco das narrativas cinematográficas são as contradições entre a tradição e a modernidade; o rural e o urbano; o espiritual e o mundano; a periferia e o centro; o local e o nacional. As obras pretendem propiciar ao público experiências de interpretação do vasto território da África e suas heranças para o povo brasileiro.

O cinema da Nigéria tem crescido nos últimos anos e, embora tenha um modelo diferente das estruturas mercadológicas ocidentais, teve grande aceitação mundial por suas características peculiares. Nollywood (Nigéria) é a terceira maior indústria cinematográfica do mundo, ficando atrás apenas de Hollywood (EUA) e Bollywood (Índia).

Veja aqui o livreto digital com a programação
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Fonte: CBNFoz

Postado por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

Os Crespos estreiam “Engravidei, pari cavalos e aprendi a voar sem asas”, na Funarte


Os fundadores da Cia Os Crespos, Lucélia Sergio e Sidney Santiago Kuanza estréiam como diretores. As personagens das atrizes Maria Dirce Couto, Nádia Bittencourt, Dirce Thomaz, Darília Lilbé, Dani Rocha e Dani Nega foram criadas com base em depoimentos de pessoas reais.

Em cena, as vidas de seis mulheres negras são flagradas em seus respectivos cotidianos em um prédio de apartamentos. Elas não dialogam, tampouco se conhecem. Mas as questões que saltam em seus depoimentos são comuns entre si: afetividade, família, casamento, sexo, solidão, beleza e igualdade. Discursos privados levados a público. “ENGRAVIDEI, PARI CAVALOS E APRENDI A VOAR SEM ASAS” é o mais novo espetáculo de Os Crespos, coletivo de teatro de São Paulo. O espetáculo estreia dia 20 de novembro de 2013, dia da Consciência Negra, na Funarte (Alameda Nothman 1058, Campos Elíseos). A obra integra o projeto Dos Desmanches aos sonhos: Poéticas em legítima defesa e tem o apoio do Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.

Considerando questões como relações com o corpo, traumas psicológicos, violência masculina, sexo, sobrevivência e aferição social, o espetáculo é baseado em depoimentos e experiências reais de 55 mulheres negras entrevistadas em 2013 pelo Coletivo. Os depoimentos foram dados por mulheres de diversas camadas sociais e profissões: integrantes do sistema prisional, donas de casa, sambistas, religiosas de matrizes africanas, empresárias, líderes comunitárias, prostitutas, entre outras. “Engravidei, pari cavalos e aprendi a voar sem asas” propõe dar voz e rever os estereótipos sobre a mulher negra, construindo uma nova relação de alteridade e valorização. Cada uma das seis personagens do espetáculo capta pelo menos cinco das histórias contadas pelas entrevistadas; na tentativa de mostrar a multiplicidade que as envolve. “Procuramos expor as personalidades das mulheres nos diversos elementos que envolvem o espetáculo, não só nas próprias personagens, mas na trilha sonora, figurino, cenografia, vídeos e até na vibração das cores”, explica Lucelia Sergio, diretora da peça, que traz Sidney Santiago Kuanza na co-direção e Eneida de Souza na direção de produção.

A cenografia, assinada pela diretora de arte Mayara Mascarenhas, envolve tanto espaços públicos, como um salão de beleza e um bar, quanto ambientes privados: um prédio de apartamentos onde as personagens revelam suas verdades ao público. A intenção é  proporcionar a sensação de entrar na casa delas e partilhar de suas experiências, de suas visões de vida. A trilha sonora criada pela DJ Dani Nega, com composições de Miriam Bezerra, retrata a vida de cada uma das personagens. Uma forma de ressaltar a psique de cada uma. Trata-se de uma forma de Os Crespos valorizar cada linguagem inserida no espetáculo de uma forma única. Dentro deste conceito, a diretora de vídeo Renata Martins pontua trechos das entrevistas concebidas na projeção de imagens. A essência dessas mulheres, portanto, está presente na palavra, na imagem e inclusive nos figurinos.

Guerreiras, cheias de força, porém, solitárias, as personagens trazem questionamentos do porque desta solidão e os estigmas que fazem a maior parte das mulheres negras sofrerem com os estereótipos. Questionam porque o amor, para elas, é algo quase inatingível. “Desde cedo elas precisam crescer, serem fortes e entender coisas que não deveriam se preocupar enquanto crianças”, aponta a diretora Lucélia Sérgio. As personagens abordam também a importância da beleza, da liberdade sexual e o quanto o corpo da mulher negra é controlado por um sistema injusto.

Pesquisa do grupo expõe temas sensíveis
As entrevistas revelaram que a própria afetividade não é importante na vida de muitas dessas mulheres: a prioridade vira a sobrevivência e a felicidade dos filhos, suprimindo sua própria existência. Um outro fato, este alarmante, traz à tona que mais da metade das entrevistadas foram estupradas por um pai, irmão ou tio, na infância e na adolescência, muitas vezes, com o consentimento da mãe, que se absteve. “O espetáculo é sensível às questões femininas negras, discute coisas que não são faladas socialmente, como a saúde da mulher, questões de como elas são tratadas pelo sistema público e a resiliência dessas mulheres. Ela ganha menos, trabalha mais, tem os piores empregos e é responsável pela família e , além de tudo, dificilmente tem um companheiro, fato que impacta e muito sua vida”, explica Lucélia Sergio.

Já o co-diretor Sidney Santiago Kuanza, explica que foi transformador fazer parte do projeto, que está na pauta dos Crespos há dois anos. “Foi uma oportunidade de vivenciar, ouvir e tentar modificar em mim ações machistas intrínsecas em meu corpo. È a história de um corpo feminino que precisa deixar de ser aprisionado, ou  seja é o corpo das nossas mães, das nossas filhas, presos por um sistema punitivo. O espetáculo vem para trazer luz a coisas importantes e não ditas, como um padrão de beleza que não reflete e a  realidade física e biológica da mulher negra”, define Kuanza.

Ficha Técnica
Realização: Os Crespos Elenco: Dani Rocha, Darília Lilbé, Dirce Thomaz, Maria Dirce Couto, Nádia Bittencourt e Dani Nega Direção: Lucelia Sergio Co-direção: Sidney Santiago Kuanza Dramaturgia: Cidinha da Silva Trilha Sonora: DJ Dani Nega Músicas Compostas: Miriam Bezerra Direção de arte, cenários e figurinos: Mayara Mascarenhas Iluminação: Ricardo Silva Orientação teórica: Flavia Rios Preparação vocal  e canto: Silvia Maria Preparação corporal: Luciane Ramos Fotografia: Roniel Felipe e Ana Paula Conceição Designer Gráfico:Rodrigo Kenam Direção de vídeo:  Renata Martins Direção de produção: Eneida de Souza Assistente de produção: Guilherme Funari Assessoria de Imprensa: 7 Fronteiras Comunicação

Serviço
Espetáculo: “Engravidei, pari cavalos e aprendi a voar sem asas”
Local: Funarte - Alameda Nothman 1058,Campos Elíseos  – Sala Arquimedes Ribeiro - 60 lugares
Estreia: 20 de novembro, quarta-feira, às 21h
Temporada: de 20/11 a 19/12
Dias: quartas e quintas às 21h
Apresentações especiais: 21 de dezembro, sábado, às 20h e 22 de dezembro, domingo às 19h
Preço: R$ 15,00 (R$ 7,50 meia)
Recomendação Etária: 14 anos
Duração: 80 minutos

FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES/MinC
Representação Regional São Paulo-SP
Telefone: (11) 2766-4320 / 2766-4322
Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos
CEP 01216-001    São Paulo/SP

Postado por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

domingo, 27 de outubro de 2013

Cineclube Afro Sembene faz sessões no Sindicato dos Jornalistas dia 16 de novembro


A exibição do longa O Último Voo do Flamingo, de João Ribeiro (Moçambique), marca a volta à atividade do Cineclube Afro Sembene, em sessão que incluirá também o curta-metragem brasileiro  Aquém das Nuvens, de Renata Martins. O retorno será dia 16/11/2013, a partir de 19h, no Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, Rua Rêgo Freitas, 530 - Sobreloja, Vila Buarque, Metrô República. A entrada é franca. 

Após uma pausa forçada por falta de espaço apropriado, o projeto Cineclube Afro Sembene retorna à atividade, como resultado de uma parceria com a Cojira (Comissão de Jornalistas Pela Igualdade Racial de São Paulo).“A proposta agora é realizar sessões em dose dupla, ou seja: um filme do continente africano e um filme de um(a) diretor(a) afro-brasileiro(s), como acontece em shows internacionais que são abertos por bandas ou artistas nacionais. Tem também um apelo retrô, em referência e homenagem aos cinemas populares, os quais até a década de 1990 exibiam dois filmes como forma de atrair, formar e fidelizar o público”, explica Oubí Inaê Kibuko, um dos coordenadores e curadores do Cineclube Afro Sembene. 

As sessões acontecem no 3º sábado do mês, sendo a exibição do filme seguida de debate com membros da equipe realizadora ou com a participação de um comentarista convidado, acompanhado por um chá de confraternização e outras práticas da cultura africana.

Sobre o projeto
O Cineclube Afro Sembene é uma iniciativa do  Fórum África,  entidade sem fins lucrativos, de caráter social, cultural e recreativo, que reúne africanos, brasileiros e todas as pessoas interessadas em difundir informações que  melhorem o  conhecimento sobre a África no Brasil. O nome Sembene é uma homenagem ao escritor, produtor e diretor senegalês Ousmane Sembène (1923 — 2007), frequentemente chamado de "O Pai do Cinema Africano". A programação prioriza filmes legendados em português ou originários de países africanos onde o português é a língua oficial. Coordenação: Vanderli Salatiel, Saddo Ag Almouloud e Oubí Inaê Kibuko.

Sinopses dos filmes:
 

O Último Voo do Flamingo. Logo após o fim da guerra civil em Moçambique, estranhas explosões fazem desaparecer cinco soldados das forças de paz das Nações Unidas. Deles sobraram apenas os capacetes e os pênis. Estes estranhos acontecimentos provocam uma série de fantásticas explicações, que originam uma investigação a ser conduzida pelo major Massimo Risi (Carlo D'Ursi). Ele precisa da ajuda  do tradutor Joaquim (Eliote Alex), que rapidamente lhe ensina que na vida não se pode compreender tudo. Filme baseado na obra homônima de Mia Couto.
Direção: João Ribeiro.
Elenco: Carlo D'Ursi, Eliote Alex, Alberto Magassela e Adriana Alves. 
Gênero: Suspense.
Nacionalidade França , Brasil , Moçambique , Portugal - 2011, 90 minutos, DVD, acervo particular.

Aquém das nuvens. Nenê é casado com Geralda há 30 anos. Em uma tarde de domingo, como de costume, ele vai à roda de samba encontrar os amigos, mas sente que alguma coisa não está bem e volta pra casa. Quando chega, se surpreende com uma notícia trazida pelos vizinhos. Sem deixar que o ritmo do samba caia, Nenê encontra uma solução para ficar ao lado de sua eterna namorada.
Direção e Roteiro: Renata Martins.
Elenco: Mestre André e Cleide Queiroz
Gênero: Romance/Musical
Nacionalidade: Brasil, 2012, 17 min., HD/DVD, acervo particular.

Realização: Fórum África
Parceria COJIRA-SP e SJSP
Apoio: PUC-Consolação, Casa das Áfricas, Cabeças Falantes
 

Informações:  
Cineclube Afro Sembene
Fórum África-Brasil

Serviço:
Cineclube Afro Sembene
O Último Voo do Flamingo, de João Ribeiro (Moçambique)
Aquém das Nuvens), curta-metragem de Renata Martins (Brasil
Data: 16/11/2013 - sábado
Horário: 19h
Local: Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo.
Endereço: Rua Rego Freitas, 530 - Sobreloja, Vila Buarque, São Paulo/SP
Entrada franca.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Fórum África promove Semana da África 2013

Em comemoração a data, o Fórum África, associação sem fins lucrativos, em parceria com a Casa das Áfricas, realizará uma sessão solene no dia 24/5/2013 na Câmara Municipal de São Paulo, seguida de exibições de filmes africanos, em dias posteriores. Confira a programação no flyer. Compareça e compartilhe.
 
Histórico
 
Em 25 de Maio de 1963, 32 chefes de estados africanos reuniram-se em Adis Abeba, Etiópia, contra a subordinação que o continente africano sofria há séculos. Nessa reunião os líderes criaram a Organização da Unidade Africana (OUA) que hoje é conhecida como União Africana.
A ONU – Organização das Nações Unidas, vendo a importância desse encontro, instituiu em 1972 o dia 25 de Maio como Dia da Libertação de África. A data agora comemorada como o Dia de África, serve para manter vivos os ideais que levaram à criação da OUA e simboliza a luta e combate dos povos do continente africano pela sua independência e emancipação. Fonte: Cultura Viva