segunda-feira, 9 de junho de 2014

Dia 21 de junho Cineclube Afro Sembene e Cojira convidam para sessão Especial ao Dia dos Enamorados



O vento (Finyé) - 1982

Direção: Souleymane Cissé (República do Mali)


Sinopse: Dois adolescentes malineses, Bâ e Batrou, oriundos de classes sociais diferentes, encontram-se no liceu e tornam-se namorados. Bâ é o descendente de um grande chefe tradicional. O pai de Batrou, governador militar, representa o novo poder. Os jovens pertencem a uma geração que recusa a ordem estabelecida e põe em xeque a sociedade. "Na vida de cada ser humano, há sempre momentos em que você precisa fazer uma pausa, a fim de descobrir o que tem sido feito e o que ainda precisa ser feito. Finyé coloca esta pergunta dupla"

Elenco: Balla Moussa Keïta, Ismaïla Sar, Oumou Diarra, Ismaïla Cissé, Fousseyni Sissoko, Goundo Guissé, Jonkunda Koné, Pierre Gorse, Folclore do Mali.

Ficha técnica: Gênero: Drama. Duração: 105 minutos. País de Origem: Mali. Idioma do Áudio: Bambara. Legendas: Português. Produtora: Souleymane Cissé, Les Films Cissé. Música: Rádio Mogadíscio

Sobre o diretor

Souleymane Cissé, nascido em 1940, é um cineasta de Mali e foi, ao lado de Ousmane Sembene, um dos mais reconhecidos cineastas africanos do século XX. Durante sua adolescência viveu em Dakar, Senegal. Após o seu regresso a Mali, em 1960, sua paixão por filmes se desenvolveu em sua vocação de vida. Obteve uma bolsa de estudos e foi para o VGIK em Moscou (Instituto de Cinema do Estado), onde foi projecionista antes de se tornardiretor. Em 1970, tornou-se um operador de câmara para o Ministério Maliano da Informação. Dois anos mais tarde, ele dirigiu "Cinco dias em uma vida", que recebeu um prêmio no Festival de Cinema de Cartago. Dois de seus filmes, Baara (Trabalho) e Finyé (O Vento), receberam o prêmio Etalon de Yenenga no FESPACO. Yeelen (Light) e seu Prêmio do Júri de Cannes de 1987 revelou Souleymane Cissé para um público maior. Um cineasta dedicado, Souleymane Cissé é desde 1997 o presidente da Union des créateurs et entrepreneurs du cinéma et de l'audiovisuel de l'Afrique de l'Ouest (UCECAO). Em reconhecimento ao seu trabalho, foi nomeado Commandeur de l'Ordre National de Mali em 2006 e Commandeur des Arts et des Lettres da França. Seu último filme, Min Ye, estreou no Festival de Cannes de 2009.

Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo

Rua Rego Freitas nº 530, sobre-loja 
Próximo a Igreja da Consolação/metrô República;
Entrada franca.

Informações:
www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br
Email: cineafrosembene@gmail.com
www.cojira.wordpress.com - www.sjsp.org.br - e nas Redes Sociais

Realização: Fórum África
Parceria: Cojira-SP/Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Apoio: Cabeças Falantes

Material de apoio:



Cultura do Mali

As tradições musicais malienses derivam de griots (ou Djeli), conhecidas como "Guardiões da Memória", que exercem a função de transmitir a história de seu país. A música do Mali é diversificada e possui diferentes gêneros. Alguns músicos são influentes são Toumani Diabaté e Mamadou Diabaté, intérpretes de um instrumento musical chamado kora; o guitarrista Ali Farka Toure, que combinava a música tradicional do Mali com um gênero vocal denominado blues; o grupo de musical tuaregue chamado Tinariwen e artistas como Salif Keita, Amadou & Mariam, Oumou Sangaré, Habib Koité, entre outros.

Embora a literatura deste país seja menos conhecida do que sua música, Mali tem sido um dos centros intelectuais mais ativo da África. A tradição literária maliense é divulgada principalmente de maneira oral, com jalis recitando ou cantando histórias de memória. Amadou Hampâté Bâ, seu historiador mais conhecido, passou grande parte de sua vida a escrever estas histórias para o mundo as conservasse. A novela mais conhecida de um autor maliense é Le Devoir de violence, escrito por Yambo Ouologuem, que, em 1968, ganhou o Prêmio Renaudot, mas seu legado foi danificado por acusações de plágio. Outros escritores conhecidos são Baba Traoré, Modibo Sounkalo Keita, Massa Makan Diabaté, Moussa Konaté e Fily Dabo Sissoko.

A variada cultura diária dos malienses reflete a diversidade étnica e geográfica do país. A maioria de seus habitantes usa trajes coloridos e fluídos chamados de boubou, típico da África Ocidental. Os malienses participam frequentemente de festas, bailes e celebrações tradicionais.16 O arroz e milho são importantes na cozinha do pais, que se baseia principalmente em grãos de cereais. Os grãos são geralmente preparados com salsas feitas de folhas, como o espinafre ou o baobab, com tomate ou com salsa de mani, podendo estar acompanhados de carne assada (tipicamente frango, cordeiro, vaca e cabra). A cozinha do Mali varia regionalmente.

Instituições culturais

Um dos pilares culturais é a Biblioteca Nacional do Mali, que tem um centro de documentação e arquivos históricos da época colonial e pré-colonial do Mali.

Letras

Mali pertence ao campo da literatura francófona como Senegal e outros países africanos francófonos sensíveis às letras. Um de seus maiores expoentes é Amadou Hampaté Bâ, que se preocupou por retratar as fontes históricas tradicionais, fincando pé na figura dos griots que representam a persistência da mitologia e a simbologia local, como em L'Éclat/ da grande étoile (1974). Outros nomes importantes em literatura são Massa Makan Diabaté, poeta que também ressaltou os cantos populares antigos pré-coloniais em Se lhe feu s'éteignait (1969), além de escrever uma trilogia de novelas sobre um só personagem feminino: Lhe cycle de Kouta, 1979-1982, e Saïdou Bokoum, com seus trabalhos vinculados ao impacto colonial.Também existe os Griots que são pessoas que transmitem oralmente histórias de seu povo para que o passado não seja esquecido.

Música

A música também tem expoentes reconhecidos em nível mundial, como Salif Keita, músico guitarrista que combina sons tradicionais com ritmos pop e rock, ressaltando sempre as identidades *malienses. Outro representante ainda mais famoso é o guitarrista Alí Farka Touré, que conseguiu integrar não só a música e os instrumentos tradicionais malienses como o balafón (instrumento de percussão feito de cascas de abóboras) se não também os ritmos locais com a música de jazz. Dois de seus trabalhos mais reconhecidos são The Source (1992) e *Talking Timbuktu (1994), ambos em conjunto com o músico norte-americano Ry Cooder. Há quem diga que o Mali é o berço do Blues. È impossível também deixar de falar em Mamadou Diabate e sua música mágica.

Cinema

Uma das expressões mais destacadas depois da literatura é o cinema. Apesar da precariedade de produção, Mali conta com dois realizadores reconhecidos internacionalmente: Cheik Oumar Sissoko e Soulemayne Cissé.

Fontes:  República do Mali e Cultura do Mali

Pesquisa visual e de conteúdo Oubí Inaê Kibuko para Cineclube Afro Sembene, Fórum África e Cabeças Falantes.

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