segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Pesquisa inédita revela os hábitos culturais dos paulistas


Compartilhando uma pesquisa online da J.Leiva sobre hábitos, perfis, índices, classes e acessos aos espaços e equipamentos culturais em São Paulo. 

"Uma pesquisa inédita realizada em 21 municípios de São Paulo mapeou os hábitos culturais dos paulistas. Entre outros dados, o estudo revelou que 44% das pessoas de classe C frequentam bibliotecas e que a cidade que mais aprecia concertos clássicos é Tatuí.

Hábitos culturais dos paulistas é um projeto que começou a ser desenvolvido a partir de palestras, debates, análise de outras pesquisas e muitas conversas informais sobre cultura. É quase unânime a percepção de que a área carece de instrumentos e ferramentas que ajudem a entender a dinâmica das práticas culturais, da faísca que gera a criação ao comportamento da população em relação à diversidade da produção cultural brasileira.

Quais os gargalos específicos de cada área? Qual o potencial de crescimento de atividades específicas? Como a população se relaciona com a cultura? Que impacto podemos esperar de eventos ou equipamentos culturais? O que afasta o cidadão de teatros e museus? Existem oportunidades inexploradas? Da arte ao entretenimento, as indagações são inúmeras.

Instigada por esses desafios, a JLeiva Cultura & Esporte estruturou uma pesquisa com o objetivo de gerar informações capazes de alimentar o trabalho de diferentes agentes da sociedade que no dia a dia produzem, estudam ou patrocinam a cultura. O formato escolhido foi o de uma pesquisa quantitativa, focada em São Paulo.


Além de consultar os resultados por cidade nos mais de 1.000 gráficos existentes e na base bruta em excel, os interessados no assunto poderão ter acesso ao livro Cultura em SP, que apresenta um resumo geral da pesquisa e textos de quinze pesquisadores, jornalistas e produtores culturais que fizeram uma primeira análise das informações coletadas." 

Quem puder e se interessar, acesse o site da TV Cultura, Programa Metrópolis, edição de domingo 16/11 e veja a matéria completa. Outro canal é o UOL Mais. Quem não possui banda larga e tiver paciência com acesso tartaruga picotada clique aqui e confira. 

Alguns dados da pesquisa:

CULTURA E TEMPO LIVRE
25% da população do interior disse realizar atividades culturais no seu tempo livre

ATIVIDADES CULTURAIS
Ler livros é a atividade realizada no tempo livre para 11% dos entrevistados do interior

A REGIÃO E O ESTADO
20% dos entrevistados do interior foram ao circo no último ano; totalno estado é 16%

ACESSO E TECNOLOGIA
Metade dos entrevistados do interior acessa a internet diariamente

TEMPO LIVRE
Para tentar compreender a importância da cultura para os moradores de São Paulo, partimos da ideia de que as atividades culturais são realizadas fora do tempo dedicado ao trabalho.

ATIVIDADES PRATICADAS
O gráfico mostra o percentual de pessoas que disse ter praticado essas atividades pelo menos uma vez no último ano.

GRAU DE INTERESSE
Pedimos para os entrevistados darem uma nota de 0 a 10 para cada uma das atividades listadas acima de acordo com o seu grau de interesse.

BARREIRAS DE ACESSO CINEMA
Para as pessoas que declararam não ir ao cinema, perguntamos quais os motivos que as afastavam da atividade.

BARREIRAS DE ACESSO TEATRO
O gráfico mostra os motivos declarados por quem não vai ao teatro para não frequentar os palcos de São Paulo.

BARREIRAS DE ACESSO MUSEU
Os motivos alegados pelos moradores de São Paulo para não ir a museus seguem a dinâmica das barreiras declaradas para o caso do cinema e o teatro.

COMO ESCOLHE A PROGRAMAÇÃO
O gráfico mostra as fontes de informação que as pessoas utilizam para se informar sobre eventos culturais e de lazer na 
GÊNEROS PREFERIDOS MÚSICA
O gráfico mostra os estilos musicais preferidos na cidade. Perguntamos qual o gênero preferido em 1º, 2º e 3º lugar.

GÊNEROS PREFERIDOS CINEMA
O gráfico mostra os gêneros cinematográficos preferidos na cidade. Perguntamos qual o gênero preferido em 1º, 2º e 3º lugar.

GÊNEROS PREFERIDOS TEATRO
O gráfico mostra os gêneros teatrais preferidos na cidade. Perguntamos qual o gênero preferido em 1º, 2º e 3º lugar.

CULTURA E TEMPO LIVRE
21% da população disse realizar atividades culturais no seu tempo livre

ATIVIDADES CULTURAIS
Um em cada quatro entrevistados da região disse ter ido ao teatro no último ano

A REGIÃO E O ESTADO
Índices de frequência a circo, festas populares e sair para dançar superam o total do estado

ACESSO E TECNOLOGIA
Metade dos entrevistados da região metropolitana disse acessar a internet todos os dias

TEMPO LIVRE
Para tentar compreender a importância da cultura para os moradores de São Paulo, partimos da ideia de que as atividades culturais são realizadas fora do tempo dedicado ao trabalho.

ATIVIDADES PRATICADAS
O gráfico mostra o percentual de pessoas que disse ter praticado essas atividades pelo menos uma vez no último ano.

GRAU DE INTERESSE
Pedimos para os entrevistados darem uma nota de 0 a 10 para cada uma das atividades listadas acima de acordo com o seu grau de interesse.

BARREIRAS DE ACESSO CINEMA
Para as pessoas que declararam não ir ao cinema, perguntamos quais os motivos que as afastavam da atividade.

BARREIRAS DE ACESSO TEATRO
O gráfico mostra os motivos declarados por quem não vai ao teatro para não frequentar os palcos de São Paulo.

BARREIRAS DE ACESSO MUSEU
Os motivos alegados pelos moradores de São Paulo para não ir a museus seguem a dinâmica das barreiras declaradas para o caso do cinema e o teatro.

COMO ESCOLHE A PROGRAMAÇÃO

O gráfico mostra as fontes de informação que as pessoas utilizam para se informar sobre eventos culturais e de lazer na cidade.

Os dados e resultado completo da pesquisa estão disponíveis em arquivo pdf neste link Para visualizar é preciso ter instalado Acrobat Reader compatível na sua máquina ou baixar o aplicativo em sites confiáveis, tais como Baixaki e Superdownloads. Cuidado apenas com as sugestões dos instaladores. Vem com um monte de pacotes com produtos agregados e muitas vezes desnecessários para o seu uso. Na dúvida clique em "não" até chegar no programa desejado ou baixe a versão sem instalador.  

Fonte e créditos: J.Leiva - Pesquisa - Index
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Espero estar ajudando a quem possa interessar...

Oubí Inaê Kibuko
Coordenador de Programação do Cineclube Afro Sembene

Semana Negra 2014 no CEU Caminho do Mar



A Semana Negra é um conjunto de eventos que inclui música, oficina de tranças, oficina de maquiagem, shows, afrokids (espaço de entretenimento para crianças afrodescendentes), encontro de samba rock, baile nostalgia, feirinha de produtos variados, e muito, muito mais. No roteiro  shows especiais com o Grupo Samprazer, Ivo Meirelles e Banda, Grupo Samba Sim, Pretologia Rap, dentre outros. Se possível colabore com a doação de um brinquedo para o Natal.  

Acontecerá dia 22/novembro/2014, sábado, das 10 às 19 horas, no CEU Caminho do Mar. Traga seus familiares e amigos e venha se divertir! Entrada franca.

Endereço:
Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5.241, São Paulo/SP. Próximo ao Metrô Jabaquara - 2 km. Ônibus direto na Praça João Mendes, atrás da Catedral Sé.
Fone: (011) 3396-5550


Saiba mais em

Texto e imagem: Mailing CEU Caminho do Mar. Edição e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Pátria - crônica

…da margem do Rio Pitamacanha  
Maputo, 22 de Outubro de 2014

…que os moçambicanos reforcem a sua motivação para continuarem a estudar o seu País  e parabéns ao Povo de Angola pelo 11 de Novembro de 2014.




        Lawene, meu saudoso irmão, cujo nome de registo em seu BI é Júlio Ernesto Matabele, sempre trapalhão no falar, ainda miúdo da escola primária, no lugar de dizer Pátria, pronunciava “pátala” quando quisesse entoar a primeira estrofe daquela canção épica que nos era ensinada no tempo colonial “viva a pátria, viva a pátria, Portugal, Portugal, a linda bandeira sem igual” e ele dizia “viva a pátala, viva a pátala, Putugal, Putugal, a linda bandela shem iguali”! Ele que era de choro fácil e muito sensível à crítica jocosa, ficava lavado em lágrimas quando zombávamos dele pela sua forma exageradamente infantil de pronunciar as palavras.

        Com canções como estas, textos, objectos, medalhinhas, ícones, bonés e bugigangas sem fim era-nos incutido, desde tenra idade, pelo regime colonial e fascista, que éramos, também, portugueses e que a nossa pátria era a lusitana e que Portugal era a nossa metrópole.

        Fazia parte desta doutrinação patriótica ensinarem-nos até cantarolarmos de memória o percurso dos rios Tejo, Douro e do Guadiana e afluentes, da linha férrea do norte até Lisboa sem nada nos ser ensinado acerca do rio Zambeze, Save, Limpopo e dos nossos comboios cuja grande importância para Moçambique e para a região só poderia ser mensurada pela quantidade de pessoas e mercadorias transportadas anualmente nos milhares de quilómetros feitos internamente e pelo interior dos países do chamado “interland” fronteiriços de Moçambique. 

        Era de vital importância para o regime colonial-facista inculcarem em nossas cabeças que éramos, também, portugueses, portanto, abrigados na mesma pátria.

        Mas o que é afinal isso de Pátria?

        O nosso Hino Nacional exalta este conceito supra-nacional cuja abrangência é de uma transversalidade sem paralelo, ao ponto de o mesmo ter sido, oficiosamente, baptizado de “Pátria Amada”.

        Raros são os países em cujos hinos nacionais a pátria não seja carinhosa e epicamente exaltada. Os nossos irmãos de Cabo Verde dizem que ela é “morabeza”, palavra de difícil tradução porquanto a mesma é para ser intensa e intimamente sentida e reflecte o que de mais intrínseco e profundo existe da mais original, indígena, natural, autêntica e “caboverdianissima” maneira de ser estar e sentir o seu País.

        Esta bonita coisa de Pátria se não nos controlarmos poderá levar-nos ao paroxismo (clímax) de, irracional e emocionalmente, cometermos excessos de chauvinismo nacionalista, algumas vezes de resultados práticos perniciosos para o País.       

        Pátria é algo que pertence a todos os cidadãos de um País, não sendo de alguém em particular.

        Pátria não tem um só dono, mas tem um dono colectivo e poderosíssimo, que é o povo.

        Pátria é, portanto, algo transcendente e sublime que se confunde com o território aonde pessoas com as mesmas características somáticas, ou étnicas, ou linguísticas ou de outra natureza ou categoria aglutinadora, nasceram ou decidiram viver confinadas no mesmo espaço territorial geográfico, constituindo-se em forma de País e este, por sua vez, com elevado sentido unificador de Nação.

        A Pátria é o cimento que faz a argamassa aglutinadora de muitas pessoas em forma de Nação e que, subsequentemente, se organizam em forma de País – República ou Monarquia.

        A Pátria não é algo que apenas possuímos, pois ela é muito mais do que isto.

        A Pátria é algo que sentimos, com profunda sinceridade, dentro de cada um de nós. É! A Pátria sente-se no íntimo de cada um de nós!

A Pátria é o espaço onde o Homem organizado em forma de sociedade alcança a plenitude da sua felicidade.

        Por sentirmos a Pátria dentro de nós, temos o dever de, sem nada exigirmos dela à laia de ressarcimento, darmos o melhor de nós mesmos para o seu engrandecimento. Por esta razão, nas mais variadas frentes em que nos encontremos a desenvolver uma actividade teremos que dar o melhor de nós mesmos para o desenvolvimento da nossa Pátria.

        Em nome da Pátria, e para seu bem, os seus cidadãos devem abster-se de consumar actos considerados criminosos, imorais e de conduta pouco recomendável seja qual for o cargo, função ou posição por eles desempenhada na sociedade.

        Actos lesivos ao património pátrio - estou a referir-me ao erário público, atentatórios à dignidade da Pessoa Humana, desabonatórios ao merecido bom nome do País no convívio internacional e mundial - devem ser energicamente combatidos por todos os cidadãos, e os seus protagonistas julgados segundo a Lei.

        Trabalhemos com dignidade e abnegação sem limites no duro combate sem tréguas, rumo ao desenvolvimento da nossa Pátria.

        A nossa Pátria, repito-o, não tem um só dono porque ela pertence, de modo incondicional, a todos os moçambicanos que aqui nasceram ou decidiram adquirir a nossa cidadania. E por esta razão, Moçambique, que já é forte, tem condições potenciais – humanas e naturais - para se tornar uma referência na arena internacional.

        E termino citando “ipsis verbis” ou “ipsis litteris” o meu amigo João de Sousa que lá das terras mwangolês do Presidente António Agostinho Neto me diz que:no momento em que nos preparamos para mais um ciclo governativo, nada melhor do que incutir em todos nós, como a crónica refere, o verdadeiro sentido de Pátria. Belo texto. JS

Texto: António Nametil Mogovolas de Muatua - Moçambique. Pesquisa e montagem de imagens: Oubí Inaê Kibuko - Brasil.




terça-feira, 11 de novembro de 2014

Yaaba e O Dia de Jerusa na sessão especial do Cineclube Afro Sembene ao Dia Nacional da Consciência Negra

 
20 de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A semana ou mês dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana ou Mês da Consciência Negra. A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
Neste contexto, a Associação Fórum África, através do projeto Cineclube Afro Sembene, em parceria com a Cojira e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, convidam o público interessado para a sessão dose dupla, que será realizada no dia 15 de novembro, pontualmente às 18 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, sito a Rua Rego Freitas nº 530, sobreloja, com entrada franca. No programa serão exibidos “Yaaba”, longa-metragem de Idrissa Ouedraogo (Burkina Fasso), e “O Dia de Jerusa”, curta-metragem de Viviane Ferreira (Brasil).
A sessão dose dupla do Cineclube Afro Sembene visa contemplar não somente o cinema, diretor e produtor africano, como também o nacional, a exemplo de shows internacionais que são abertos por bandas ou artistas locais. Nesta sessão especial, a proposta é colocar duas gerações quase distintas para trocar impressões com o público, em forma de roda de conversa, sobre ambos os filmes, cinema, africanidades e movimento negro ou negros em movimento no cinema da África e Diáspora. O Cineclube Afro Sembene é projeto da Associação Fórum África, de caráter social, cultural e pedagógico, sem fins lucrativos.
Yaaba, 1989, 90 minutos, direção Idrissa Ouedraogo. Sinopse: Bila, um menino de dez anos, observa a vida de sua vila More. Ele faz amizade com uma anciã que a comunidade acusa de feitiçaria. Pouco a pouco, nasce uma cumplicidade entre eles. Enquanto isso, uma série de sub-tramas se desenrolam, vista sob o olhar do garoto.
O Dia de Jerusa, 2013, 20 minutos, direção Viviane Ferreira. Sinopse: Estrelado pela experiente atriz Léa Garcia e pela jovem atriz e bailarina Débora Marçal. A história narra o encontro de uma jovem e uma senhora residente do bairro do Bixiga, no centro de São Paulo. Silvia (Débora Marçal) trabalha com pesquisa de público para uma marca de sabão em pó. Ao bater na porta de Jerusa (Léa Garcia), é surpreendida com respostas nada convencionais, e o diálogo a leva a compreender a vida de outra maneira, menos rápida e menos quantitativa. O elenco formado por atores e atrizes negros dá ao filme contornos de simplicidade e poesia, além de revelar a atenção e engajamento político da equipe do curta.
Sobre Idrissa Ouedraogo e sua obra:
Idrissa Ouedraogo. Nasceu em 1954, em Burkina-Faso. Estudou no Instituto Africano de Estudos Cinematográficos de Ouagadougou, seguiu estudando no IDHEC em Paris. Realisou diversos curtas-metragens documentários, antes de passar para longas-metragens. Desde seus primeiros longas, ele obtém reconhecimento internacional. Seus filmes Yaaba, Tilaï e Samba Traore receberam diversos prêmios, incluindo em Cannes e Veneza.
Produção cinematográfica:
Kato Kato (2006)
Anger of the Gods (2003)
11 de Setembro (September 11) (2002)
Le monde à l'endroit (2000)
Kini & Adams (1997)
Lumière e Companhia (Lumière and Company) (1995)
Le cri du coeur (1994)
Samba Traoré (1992)
Karim and Sala (1991)
The Law (1990)
Yaaba (1989)
Yam Daabo (1987)

Sobre Viviane Ferreira e sua obra:

Viviane Ferreira nasceu em Salvador. Graduada em Direito, com foco em direito cultural e direito autoral, é cineasta, produtora, empreendedora social e designer. Atua na V&V Advogadas Associadas (Escritório com foco em Direito do Entretenimento, Direito Administrativo, Direito Público e Direito Eleitoral); Presidente da Associação Mulheres de Odun (Organização feminista que trabalha em prol da democratização dos bens culturais com recorte de gênero e raça) e Produtora na Odun - Formação e Produção, empresa especializada na área de bens culturais.
Produção Cinematográfica:
2013 - Curta-metragem “O dia de Jerusa”, ficção, de 20 min de duração.
Média-metragem “Peregrinação: partindo de nós próprios para chegarmos à nós mesmos”, documentário, 57min de duração
2010 - Curta-metragem “Mumbi 7 Cenas Pós Burkina”, ficção, 7 min de duração.
2009 - Curta-metragem “Marcha Noturna Pela Democracia Racial”, documentário 30min de duração.
Curta-metragem “Festa Mãe Negra”, documentário, 30min de duração
2008 - Curta-metragem “Dê sua idéia, debata”, documentário, 30min de duração
Serviço:
15/novembro/2014 - sábado - 18 horas
Cineclube Afro Sembene e Cojira convidam
Sessão especial ao Dia da Consciência Negra
YAABA - Idrissa Ouedraogo - Burkina Fasso
O DIA DE JERUSA - Viviane Ferreira - Brasil
Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja - Entrada franca
Próximo ao metrô República e Igreja da Consolação
Informações: www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br/
www.cojira.wordpress.com/ www.sjsp.org.br/
Realização: Associação Fórum África
Parceria: Cojira/Sindicato dos Jornalistas
Apoio: Cabeças Falantes
Agende-se - Compartilhe - Compareça

III MOSTRA CINEMA DA QUEBRADA - 17 a 30 de Novembro de 2014


Desde 2012, o CINUSP Paulo Emílio organiza debates e mostras anuais sobre o Cinema da Quebrada na USP. A ideia e motivação dos programas exibidos é criar espaço na universidade, para as produções de coletivos e artistas baseados em bairros periféricos, até então pouco difundidas nos circuitos cinematográficos e que muitas vezes passam ao largo da crítica. Essa produção enriquece o debate acadêmico ao incluir novas vozes e agentes produtores de arte e cultura no âmbito da educação formal.
A discussão do próprio conceito de cinema da quebrada, é assunto privilegiado das mostras, curadas a cada ano por um realizador externo ao CINUSP, um participante daquilo que, somente de maneira bastante fluída, poderia ser caracterizado como um “movimento”, sem centro nem periferia, sem hierarquia ou estrutura institucional, e cuja tendência talvez seja a de ocupar a cena dos festivais, eliminando assim, ou ao menos reduzindo, os próprios contornos que o especificam.
Cada curador externo trabalhou junto à equipe do CINUSP na seleção e organização da grade de programação e debates. A ideia é que a partir mesmo dessa experiência de conceituação e elaboração do material se estabeleçam novas trocas, incluindo aí os inevitáveis atritos que elas geram.
A primeira mostra teve curadoria de Renato Cândido, bacharel e mestre pela ECA, professor e diretor de cinema. Essa primeira edição da mostra do cinema da quebrada, trouxe para a universidade realizadores que a partir de seus núcleos originários extrapolaram os limites de suas comunidades. O debate entre alunos da USP e, realizadores da quebrada paulistana e carioca expressou algumas das muitas diferenças que existem no campo das quebradas.
A segunda mostra contou com o olhar de Thaís Scabio, do Núcleo de Audiovisual do JAMAC no Jardim Miriam, que optou por realizar uma chamada de trabalhos audiovisuais. Recebemos inscrições do Brasil inteiro, que compuseram uma diversidade de temas e abordagens, posicionando lado a lado produções de grandes centros urbanos e aldeias indígenas.
A terceira mostra tem curadoria de Wilq Vicente, aluno de mestrado em Estudo Culturais na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, e que foi membro do Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo. Essa edição faz uma homenagem a Associação Brasileira de Vídeo Popular (ABVP), por seu papel precursor na atenção ao vídeo em conexão com movimentos e ou comunidades populares, além de outros três eixos temáticos.
Para além das nossas salas na Cidade Universitária e no Centro Universitário Maria Antônia, a mostra será estendida a outros espaços, fortalecendo o sentido de extensão e parceria entre universidade e comunidade externa. Diversos espaços receberão debates com realizadores e outros agentes desse meio mantendo a multiplicidade de vozes inerente ao tema.
Acompanhando a mostra, publicaremos novo volume da Coleção CINUSP organizado por Wilq Vicente e pela equipe do CINUSP, que atualiza a discussão sobre a produção contemporânea popular, da quebrada e, ou, da periferia, evidenciando o papel político e estético do audiovisual. O volume, composto por entrevistas e ensaios, levanta as questões: Existiria um cinema da Quebrada? O que vem a ser a quebrada? Relaciona-se a uma topologia, uma estética ou posição social?
Convidamos todos a participarem da reflexão proposta nessa III MOSTRA DE CINEMA DA QUEBRADA DO CINUSP, e apreciarem uma produção heterogênea, crítica e pulsante, que dá novo fôlego à criação audiovisual brasileira.

Locais:
CINUSP Paulo Emílio
CINUSP Maria Antonia
Sala Cine Olido
Centro Cultural da Penha
Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes
Espaço Cultural Latino Americano (ECLA)
Biblioteca Roberto Santos

Fonte e programação completa: CINUSP

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Pumeza canta de Puccini a Miriam Makeba na Cultura FM

Pumeza Matshikiza nasceu em 1978 na Cidade do Cabo em família pobre. Sofreu até os 16 anos a odiosa discriminação do regime sul-africano, até a eleição de Mandela para a presidência em 1994. Ela assinou há pouco um contrato de exclusividade com a Decca e está lançando seu primeiro CD, Voice of hope.

Uma trajetória surpreendente e improvável, já que ela não estudou música formalmente, apesar de pertencer a uma família musical. Sua mãe era cantora amadora e a família inclui o músico de jazz Todd Matshikiza. “Cresci cantando em coral na igreja”, diz. Descobriu a ópera por acaso, escutando transmissões pelo rádio. Hoje apresenta-se regularmente na Staatsoper de Stuttgart.

Voice of hope alterna árias de Mozart e Puccini com orquestrações de canções nos dialetos Xhosa, Swahili e Zulu, com destaque para dois “hits” de Miriam Makeba, incluindo até seu megassucesso dos anos 1960, “Pata Pata”. Os ingleses a descobriram por causa da canção “Freedom come all ye”, de John MacLellan e Hamish Scott Henderson. Pumeza foi convidada para cantá-la na cerimônia de abertura dos Commonwealth Games em Glasgow, na Escócia, em julho passado.

O caminho de Pumeza para a carreira lírica passou por uma bolsa de estudos no Royal College of Music de Londres, porta aberta pelo compositor sul-africano Kevin Volans, que a viu cantar “Frasquita” numa montagem da Carmen de Bizet com um grupo de cantores sul-africanos na universidade local. Em 2010, ganhou o concurso Veronica Dunne em Dublin e em seguida obteve o contrato de três anos na Ópera de Stuttgart.

A gravação de estreia, bastante interessante e eclética, é um retrato completo da arte desta sul-africana de bela voz que pode ir muito longe no universo lírico. Ela diz que Voice of hope é uma viagem, a sua, da África do Sul para a cena lírica, ao incluir árias de ópera, canções africanas tradicionais, composições de Kevin Volans e canções em que é acompanhada por um coro africano: “Quando faço um recital, começo com o repertório clássico e depois canto algumas canções sul-africanas no final. É natural para mim cantar música sul-africana. Ponho outro tipo de sentimento nelas”.

Faixas:

1. O mio babbino caro (de Gianni Schicchi)
2. Signore, ascolta! (de Turandot)
3. Thula Baba (Hush, My Baby)
4. Malaika (My Angel)
5. Pata Pata
6. The Naughty Little Flea
7. Vedrai, carino (de Don Giovanni)
8. Donde lieta uscì (de La Bohème)
9. Umzi Watsha
10. Saduva
11. Holilili
12. The Click Song
13. Iya Gaduza
14. Lakutshon’Ilanga (When The Sun Sets)
15. Freedom Come All Ye

Clique aqui e ouça o cd na integra.

Fonte: Cultura FM - CD da semana

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Dia 18/10 Cineclube Afro Sembene e Cojira convidam: Abouna (Nosso Pai) - Especial ao Dia das Crianças


Sinopse: Dois meninos, Moussa e Aguid, acordam numa manhã e descobrem que seu pai abandonou a família. Chocados, começam a se comportar mal. Enquanto, ilicitamente, assistem a um filme, eles acreditam ver seu pai falando com eles e roubam o filme para examinar o negativo. Sua mãe, Haroun, desespera-se e manda-os para a escola corânica. Infelizes, os dois planejam sua fuga, até que o mais velhos dos dois apaixona-se por uma menina surda, Khalil.

Ficha técnica:
Direção: Mahamat Saleh Haroun
Produção: Guillaume de Seille
Elenco: Ahidjo Mahamet Moussa, Hamza Moctar Aguid, Zara Haroun, Mounira Khalil, Diego Moustapha Ngarade.
Co-produção: França/Chade/Holanda. Gênero: drama. Idioma: árabe, francês. Ano: 2002 – Colorido. Duração: 84 minutos. Legendas: Português.

Elenco e produção
Ahidjo Mahamat Moussa, que fez o papel de Tahir, de quinze anos, pôde escolher, entre um grupo de meninos, quem interpretaria seu irmão mais novo, Amine. Ele escolheu Hamza Moctar Aguid, de oito anos, por pensar que ele poderia ser realmente seu irmão. Após as gravações, o filme foi enviado a Paris para ser processado e editado e, depois de uma longa espera, o filme estava pronto para ser lançado.

Prêmios
- Em 2002 - Hong Kong International Film Festival: Firebird Award - Menção Honrosa.
- Em 2002 - Kerala International Film Festival: Prêmio FIPRESCI e Golden Crow Pheasant
- Em 2003 - Ouagadougou Panafrican Film and Television Festival: Baobab Seed Award, Melhor Cinematografia, INALCO Award e UNICEF Award para a Infância.

Sobre o diretor
Mahamat-Saleh Haroun nasceu no Chade, em Abeche, em 1961. Estudou cinema e jornalismo no Conservatório de cinema francês , e em 1986 começou a trabalhar como jornalista e logo depois para uma estação de rádio local. Em 1994 ele fez sua estréia com o curta-metragem Maral Tanie recompensado em muitas Festival. Cinco anos mais tarde, ele fez o seu primeiro longa-metragem, Bye Bye Africa é premiado o melhor trabalho em Veneza, em 1999 . Uma amostra de Abouna , de 2002 , encontrou um lugar de honra no Museu de Cinema de Turim, a Mole Antonelliana e também foi apresentado no Festival de Cannes 2002 . Após Kalala baleado em 2006 , um documentário sobre um colega de trabalho que morreu de AIDS - "meu melhor amigo" - Estação Seca, que recebeu o Prêmio Especial do Júri no 63 Festival de Veneza em Veneza. A temporada de perdão também encontrou uma distribuição italiano, depois de ter recebido o Prêmio Especial do Júri no Lido de Veneza. Do drama à comédia "televisão" (como no caso de Sexe, quiabo et beurre salé ), o diretor gosta de lidar com diferentes gêneros.
Filmografia
Maral Tanie (1994), Bya Bye Africa (1999), Abouna (2002), Kalala (2006), Daratt - La stagione del perdono (Daratt) (2006), Sexe, gombo et beurre salé (2008) e Un homme qui crie (2010).

Serviço
Dia 18 de outubro de 2014 - sábado - 18:30 horas
CINECLUBE AFRO SEMBENE E COJIRA convidam
Sessão Especial em Comemoração ao Dia da Criança
Abouna (Nosso Pai) - direção de Mahamat Saleh Haroun
Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja - entrada franca
Próximo ao metrô República e Igreja da Consolação
Informações: www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br
www.cojira.wordpress.com - www.sjsp.org.br - e nas Redes Socais

Realização: Associação Fórum África
Parceria: Cojira/Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Apoio: Cabeças Falantes

Agende-se - Compareça - Compartilhe 
Pesquisa, montagem, postagem por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.