sábado, 5 de abril de 2014

Cineclube Afro Sembene e Cojira convidam: Drum – Gritos de Revolta (África do Sul) e Outros Carnavais (Brasil), dia 19 no Sindicato dos Jornalistas


Cineclube Afro Sembene e Cojira exibem: “Drum – Gritos de Revolta” (África do Sul) e “Outros Carnavais” (Brasil), no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

Tema: Pensar Comunicação - O cinema afro-negro na visão da imprensa.

Pensar comunicação. A sessão dose dupla no dia 19 de abril, do Cineclube Afro Sembene, em parceria com a Cojira, no Sindicato dos Jornalistas, às 19 horas, propõe-se a buscar e estabelecer diálogos críticos entre jornalismo e cinema. Elementos essenciais à construção de argumentações sobre o tema, nestes tempos em que o mundo vive a sociedade da imagem, em múltiplos meios de acesso a informação. Para tanto, serão exibidos os filmes "Drum - Gritos de Revolta", de Zola Maseko, Africa do Sul e "Outros Carnavais", documentário dirigido pelo jornalista Luiz Paulo Lima, Brasil. A proposta visa refletir bases estruturais para o desenvolvimento de discussões em torno deste tema, centrado, sobretudo, na questão sobre a presença e representação do jornalista, seja na África ou Diáspora, nos meios de comunicação.

Segundo o blog "Jornalismo e Cinema: "Os laços que unem o jornalismo ao cinema são extensos, antigos e duradouros. Produções como os cinejornais, documentários e reportagens televisivas atestam – em maior ou menor grau – um hibridismo entre os dois campos. No entanto, como aponta a autora Stella Senra, “coube à ficção, como desdobramento mais popular entre as diferentes formas assumidas pelo filme, o estabelecimento de um padrão de convívio mais íntimo e prolongado entre cinema e jornalismo” Desta forma, surgiram os chamados newspaper movies (ou, no Brasil, os “filmes de jornalista”), um subgênero consagrado especialmente no cinema norte-americano. Trata-se de películas que “desvelam para o público o imbricado universo da notícia e seus agentes, apresentando os conflitos éticos e morais da profissão”. São produções que, mais do que ter jornalistas como protagonistas, colocam a prática jornalística como ponto central de suas tramas e buscam reconstruir a relação do profissional “com a notícia e com a sociedade”.

Observação: Serão emitidos comprovantes de presença ao público estudantil e corpo docente para fins escolares. Informe-se.

DRUM – GRITOS DE REVOLTA



Sinopse

Drum – Gritos de Revolta, é um filme sobre a vida de Henry Nxumalo, jornalista de investigação famoso nos anos 50 em Sophiatown, bairro símbolo da resistência cultural em Joanesburgo. Ele trabalha em uma revista negra da moda, Drum, verdadeira arma de mídia na época. Durante esta época, toda uma geração de autores, críticos, músicos e jornalistas exigentes sul-africanos surgiu e se expressou nessa resistência. Henry Nxumalo arriscou a vida denunciando as condições de tratamento dos negros que viveram e trabalharam durante os anos de segregação, apesar do assédio constante por parte das autoridades.

Ficha Técnica

Diretor: Zola Maseko. Elenco: Taye Diggs, Gabriel Mann, Tumisho Masha, Moshidi Motshegwa, Jason Flemyng, Zola, Fezile Mpela, Greg Melvill-Smith, Lindani Nkosi. Gênero: Suspense/Drama. Duração: 94 minutos. Ano de Lançamento: 2004. País de Origem: África do Sul/Estados Unidos/Alemanha. Idioma do Áudio: Inglês / Africâner. Legendas: Português.

Sobre o diretor Zola Maseko

Zola Maseko nasceu em 1967 no exílio e foi educado na Suazilândia e Tanzânia. No final dos anos 1980 junta-se à facção armada do Congresso Nacional Africano na luta contra o regime sul-africano do apartheid. Depois de estudar cinema e televisão no Reino Unido regressa à África do Sul, onde realiza “The Foreigner” (1994), a sua primeira curta-metragem de ficção que aborda a xenofobia no seu próprio país. Seguem-se dois documentários sobre Sarah Baartman, a mulher que ficou conhecida como a Vénus Hotentote, uma história cruel do século XIX sobre racismo e exploração. “A Drink in the Passage” (2002) assinala a consagração de Maseko no FESPACO, onde recebe o prêmio especial do júri, mas é com “Drum” (2004) que recebe o seu prêmio máximo, o Garanhão de Ouro de Yennenga.



FESPACO/Yennenga

O FESPACO (Festival Pan Africanode Cinema e televisão de Uagadugu) foi criado em 1969 em Uagadugu, por iniciativa de um grupo de cinéfilos. O sucesso e a esperança gerados junto ao público e aos cineastas da África levaram as autoridades burquinenses a institucionalizá-lo em janeiro de 1972. A partir da 6ª edição (1979), passa a ser um evento bienal, começando no último sábado de fevereiro de cada ano ímpar. O troféu do Semental de Yennenga inspira-se no mito fundador do império dos Mossés, etnia majoritária no Burquina Faso.  No mundo da cultura, o maior prêmio no FESPACO é o garanhão Yennenga (ouro, prata e bronze). Yennenga é o nome de uma lendária princesa e também é muito presente nas pinturas batik e bronzes dos artesãos nacionais. Ela é representada montada em seu cavalo empinado, empunhando uma lança em uma das mãos, gritando. Fonte: Wikipedia.



Curiosidades

Drum foi o primeiro longa metragem do diretor. Originalmente, foi concebido para ser uma série de seis episódios chamada Sophiatown Short Stories, mas por falta de orçamento, foi convertido em um filme. Com exceção dos dois protagonistas, interpretados pelos atores norte-americanos Taye Diggs e Gabriel Mann, a maior parte do elenco é formada por atores sul-africanos. O ator Lindane Nkosi faz o papel de Nelson Mandela.

Premiações
Best South African Film - Durban International Film Festival; FIPRESCI Prize - Zanzibar International Film Festival, 2005; Grand Prize: Etalon de Yennega - Panafrican Film and Television Festival of Ouagadougou, 2005.

OUTROS CARNAVAIS

Sinopse: “Não se trata de um filme com o rigor etnográfico, e sim, um conjunto de momentos e relatos onde o lúdico inspira a luta por esta manifestação cultural negra, pela sua permanência nas memórias de quem vive nesta cidade”. Em formato para TV – através de lembranças e vivências de importantes e quase esquecidos batuqueiros – a narrativa se constrói com imagens e sons para contar uma epopéia que começa com a Lavapés e termina como os novos quilombos. O público ainda pode conferir no curta-metragem os depoimentos de dona Filomena e dona Guga; Seu Carlão do Peruche, Seu Toniquinho Batuqueiro, Seu Nenê da Vila e mestre Divino.

Ficha técnica
Direção e argumento: Luiz Paulo Lima. Ass.Direção: Nelma Salomão. Produção Executiva: Shirlene Victor. Direção de Fotografia: Carlos Alberto Xavier. Edição: Marcus Bastos. Acervo fotográfico: Wagner Celestino. Consultores: Kelly Adriano de Oliveira/Osvaldo Faustino. Parceria: IBB – Instituto Bandeira Branca/Uesp – União das Escolas de Samba Paulistanas. Convênio Pós-Produção: Fundação Cultural Palmares. Apoio: Idéia Digital/Icorred.com. Produtora: Devictor filmes. Duração: 30 minutos.

Sobre Luiz Paulo Lima

Luiz Paulo Lima é jornalista, trabalhou como repórter nos principais jornais brasileiros (O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, O Globo, Valor Econômico), na Tv (TV da Gente, TV Record), Radio (Radio Record). Outras atividades: Assessor da primeira Secretaria do Meio Ambiente em São Paulo, Assessor de Relações Institucionais do Museu Afro Brasil. Atividades recentes: Dirigiu o filme "Outros Carnavais" - Entre memórias e batuques paulistas,  que foi lançado no dia 02/12/2009 - Dia Nacional do Samba, e Sócio/diretor de comunicações da Watermelon Entertainment.

Curiosidades

O documentário teve inicio em 2008, mas só foi finalizado em 2009, quando contou com o apoio da Fundação Cultural Palmares para a pós-produção.

Sobre o projeto Cineclube Afro Sembene
O Cineclube Afro Sembene é uma iniciativa do Fórum África, entidade sem fins lucrativos, de caráter social, cultural e recreativo, que reúne africanos, brasileiros e todas as pessoas interessadas em difundir informações que melhorem o conhecimento sobre a África no Brasil, e vice-versa. O nome Sembene é uma homenagem ao escritor, produtor e diretor senegalês Ousmane Sembene (1923 — 2007), freqüentemente chamado de "O Pai do Cinema Africano". Sua jornada teve inicio em 2008, no Centro Cineclubista de São Paulo, do qual é associado. Ciente das barreiras da língua e de seu caráter formativo, a programação do Cineclube Afro Sembene prioriza filmes legendados em português. Coordenação: Vanderli Salatiel, Saddo Ag Almouloud e Oubí Inaê Kibuko.

O Cineclube Afro Sembene 2014
A proposta é fomentar a formação de repertório versátil, com sessões em dose dupla, ou seja: um filme do continente africano e um filme de um(a) diretor(a) afro-brasileiro(s), como acontece em shows e eventos internacionais que são abertos por bandas ou artistas nacionais como forma de intercâmbio e difusão cultural. Tem também um apelo retrô, em referência e homenagem aos cinemas populares, os quais até meados da década de 1990 exibiam dois filmes como meio de atrair, formar, manter seu público. “Como os cinemas estavam perdendo expectadores, logo surgiu a idéia de oferecer aos cinéfilos a sessão dupla, onde poderiam assistir dois filmes pagando por apenas um bilhete. E muito filme considerado B, não só ganhou repercussão como também se tornaram cults”, explica Oubí Inaê Kibuko, um dos coordenadores de programação do Cineclube Afro Sembene.

As sessões acontecem no 3º sábado do mês, pontualmente às 19 horas, sendo a exibição do filme seguida de debate com membros da equipe realizadora ou de um comentarista convidado, e outras práticas da cultura africana e afro-brasileira.

A parceria Cineclube Afro Sembene e Cojira
Em 2012 o Cineclube Afro Sembene firmou parceria com a Cojira-SP (Comissão de Jornalistas Pela Igualdade Racial no Estado de São Paulo), que manifestou disposição solidária com a proposta e se dispôs a contribuir na difusão do cinema africano ao público interessado.  A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira) é um órgão consultivo, com participação aberta. O objetivo é auxiliar o Sindicato dos Jornalistas na atuação mais efetiva com relação à questão racial. Participa de ações tanto no âmbito específico do jornalismo, quanto em questões de caráter mais geral. A oficialização desta parceria se deu em 16/11/2013, com o retorno do Cineclube Afro Sembene, desta feita no Sindicato dos Jornalistas, após um longo e forçado jejum por falta de espaço apropriado.

Serviço

Pensar Comunicação - O cinema afro-negro na visão da imprensa
Cineclube Afro Sembene e Cojira exibem os filmes: “Drum – Gritos de Revolta” (África do Sul) e “Outros Carnavais” (Brasil), no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
Data: 19 de abril de 2014 – sábado;
Horário: pontualmente às 19 horas;
Local: Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo;
Endereço: Rua Rego Freitas nº 530 - Sobreloja, Vila Buarque, São Paulo/SP, próximo a Igreja da Consolação e metrô República - Entrada franca. 

Observação: Serão emitidos comprovantes de presença ao público estudantil e corpo docente para fins escolares. Informe-se.

Informações:
www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br
Email: cineafrosembene@gmail.com
www.cojira.wordpress.com/
www.sjsp.org.br
Contatos: (11)99750-1542 - c/Oubí Inaê Kibuko

Realização: Fórum África
Parceria: Cojira-SP/Sindicato dos Jornalistas de São Paulo


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