domingo, 6 de setembro de 2015

Cineclube exibe A Vida Sobre a Terra em homenagem a independência do Mali


Breve histórico e contexto do Mali
Formada por 8 regiões, o Mali tem fronteiras ao norte, no meio ao Deserto do Saara, enquanto a região sul, onde vive a maioria de seus habitantes, está próximo aos rios Níger e Senegal. Alguns dos recursos naturais em Mali são o ouro, o urânio e o sal.

O atual território do Mali foi sede de três impérios da África Ocidental que controlava o comércio transaariano: o Império do Gana, o Império do Mali (que deu o nome de Mali ao país), e o Império Songhai. No final do século XIX, Mali ficou sob o controle da França, tornando-se parte do Sudão francês. Em 1960, Mali conquistou a independência, juntamente com o Senegal, tornando-se a Federação do Mali. Um ano mais tarde, a Federação do Mali se dividiu em dois países: Mali e Senegal. Depois de um tempo em que havia apenas um partido político, um golpe em 1991 levou à escritura de uma nova Constituição e à criação do Mali como uma nação democrática, com um sistema pluripartidário. Quase a metade de sua população vive abaixo da linha de pobreza, com menos de 1 dólar por dia.

A cultura do Mali
As tradições musicais malienses derivam de griots (ou Djeli), conhecidas como "Guardiões da Memória", que exercem a função de transmitir a história de seu país. A música do Mali é diversificada e possui diferentes gêneros. Alguns músicos são influentes são Toumani Diabaté e Mamadou Diabaté, intérpretes de um instrumento musical chamado kora; o guitarrista Ali Farka Touré, que combinava a música tradicional do Mali com um gênero vocal denominado blues; grupos musicais tuaregue como Tinariwen e Tamikrest e artistas como Salif Keita, Amadou & Mariam, Oumou Sangaré, Habib Koité, entre outros.

Embora a literatura deste país seja menos conhecida do que sua música, Mali tem sido um dos centros intelectuais mais ativo da África. A tradição literária maliense é divulgada principalmente de maneira oral, com jalis recitando ou cantando histórias de memória. Amadou Hampâté Bâ, seu historiador mais conhecido, passou grande parte de sua vida a escrever estas histórias para o mundo as conservasse. A novela mais conhecida de um autor maliense é Le Devoir de violence, escrito por Yambo Ouologuem, que, em 1968, ganhou o Prêmio Renaudot, mas seu legado foi danificado por acusações de plágio. Outros escritores conhecidos são Baba Traoré, Modibo Sounkalo Keita, Massa Makan Diabaté, Moussa Konaté e Fily Dabo Sissoko.

A variada cultura diária dos malienses reflete a diversidade étnica e geográfica do país. A maioria de seus habitantes usa trajes coloridos e fluídos chamados de boubou, típico da África Ocidental. Os malienses participam frequentemente de festas, bailes e celebrações tradicionais. O arroz e milho são importantes na cozinha do pais, que se baseia principalmente em grãos de cereais. Os grãos são geralmente preparados com salsas feitas de folhas, como o espinafre ou o baobab, com tomate ou com salsa de mani, podendo estar acompanhados de carne assada (tipicamente frango, cordeiro, vaca e cabra). A cozinha do Mali varia regionalmente. Clique aqui e saiba mais sobre o Mali.

Neste quadro, a associação Fórum África e o Cineclube Afro Sembene prestam homenagem à independência da República do Mali, com o filme A Vida Sobre A Terra (La Vie Sur Terre), de Abderrahmane Sissako, 1998, no campus da PUC CONSOLAÇÃO, Rua Marquês de Parananguá, 111 - sala 20, seguido de roda de conversa e um chá de confraternização após a exibição. Coordenação: Saddo Ag Almoloud, Vanderli Salatiel e Oubí Inaê Kibuko.

Entrada franca. Pede-se a colaboração voluntária de 1 quilo de alimento não perecível. Ou roupas, calçados, cadernos, livros, jornais, revistas, material de higiene e limpeza. Serão doados ao Arsenal Esperança/Missão Paz, que atende diariamente centenas de estrangeiros, inclusive africanos.

Sinopse 
Nos últimos dias de 1999, após alguns tiros terem sido disparados em um supermercado francês, Dramane (Abderrahmane Sissako) escreve uma carta para seu pai, que mora em Mali, sua terra natal. Quando viaja de volta para casa ele conhece uma bela jovem, que o faz considerar outros caminhos a seguir. Mas após a passagem de ano nada parece ter mudado na vila, contrastando as dificuldades do local com a modernidade européia.

Ficha técnica do filme
A vida sobre a terra (La vie sur terre)
Gênero: Drama
Diretor: Abderrahmane Sissako
Duração: 61 minutos
Ano de Lançamento: 1998
País de Origem: Mali/Mauritânia/França
Idioma do Áudio: Francês e Bambara
Legenda: Português
Suporte: DVD
Dados completos clique aqui.


Sobre o diretor
Abderrahmane Shami Sissako também conhecido como Dramane Sissako (Kiffa, 13 de outubro de 1961) é um diretor de cinema, cineasta, escritor e produtor mauritano, sendo o cineasta mais ativo da África. 

Nascido em 1961 em Kiffa, logo após seu nascimento a família Sissako emigrou para o Mali, país de seu pai, onde completou parte de sua educação primária e secundária. Em 1983 vai a Moscovo onde estuda cinema no VGIK, instituto federal de estado de cinema. Em 1989 tira o diploma e roda seu primeiro filme Le Jeu, selecionado para a quinzena de diretores do festival de Cannes. Reside e trabalha na França, onde se dedica à carreira de cineasta. Seus principais trabalhos: Le Jeu, 1991, curta-metragem, ficção. O diretor sempre teve a África no coração de seus filmes, o exílio marcou seu cinema como demonstra o brilhante Octobre, média-metragem filmada em Moscovo (1993) ganhador de diversos prêmios, dentre os quais Un certain Regard no Festival de Cannes em 1993. Dirigiu também o curta-metragem Le Chameau et les bâtons flottants (1995). Posteriormente dirigiu o curta-metragem Sabriya (1996), dentro da coleção intitulada pela produtora ARTE de African Dreaming e Rostov-Luanda (1997), (dentro do evento Dokumenta Kassel 97). Possui olhar crítico tanto para a ficção e documentário, como para a política e para a poética, sendo um dos diretores que trata com mais precisão a cerca do continente africano nos últimos anos. Em 1998 ele termina seu longa-metragem de ficção La vie sur terre (A vida sobre a terra). En attendant le bonheur" foi selecionado no Festival de Cannes de 2000 para concorrer na categoria Un Certain Regard. O seu filme chamado Bamako (2006) foi apresentado no Festival de Cannes, fora da competição e conheceu um grande sucesso mediático.

Sissako retornou brevemente para a Mauritânia, a terra de sua mãe, em 1980. Em seguida, partiu para Moscovo, onde estudou cinema na VGIK entre 1983 a 1989. Sissako se estabeleceu na França no início da década de 1990. Além de longas-metragens e curtas-metragens, Sissako atuou no júri do Festival de Angers, em janeiro de 2007, e no júri do Festival de Cannes no final do mesmo ano.

Atualmente trabalha também como ator. Ele atualmente reside em Mali, e faz filmes de cinema verdade, sendo influenciado por Dziga Vertov. Clique aqui para saber mais sobre Sissako.

Serviço:
19/setembro/2015 - 17 horas
A Vida Sobre a Terra (La Vie Sur Terre)
Direção: Abderrahmane Sissako - 1998, drama, 61 minutos.
Local: PUC CONSOLAÇÃO
Rua Marquês de Paranaguá, 111 - sala 20. Travessa Rua da Consolação, próximo ao Mackenzie. Entre metrô República e Paulista.
Entrada franca. Pede-se a colaboração voluntária de 1 quilo de alimento não perecível. Ou roupas, calçados, cadernos, livros, jornais, revistas, material de higiene e limpeza. Serão doados ao Arsenal Esperança/Missão Paz, que atende diariamente centenas de estrangeiros, inclusive africanos.
Coordenação: Saddo Ag Almoloud, Vanderli Salatiel e Oubí Inaê Kibuko.

Informações
www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br 
www.forumafricabrasil.ning.com 

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Pesquisa e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Cineclube Afro Sembene, Fórum África e Cabeças Falantes.




Thando Hopa decidiu ser linda


“Decidi ser linda”. É assim que a modelo sul-africana Thando Hopa, que é albina, define sua vida atualmente. Depois de sofrer muito preconceito por conta de sua condição, “decidiu” se livrar das amarras e viver a vida que sempre sonhou.
“Desde muito pequena, meus pais se esforçaram para que eu não me sentisse diferente. Mas, infelizmente, quando fui à escola e fui apresentada à sociedade, crianças, em particular, agiam diferente em relação a mim. Me xingavam, não queriam tocar em mim”, explica ela à BBC.
Ainda criança, Thando ouviu diversas barbaridades — entre elas, que era “filha do Diabo” — e passou a se isolar cada vez mais de outras pessoas. Tentou parar de frequentar a escola, mas foi impedida por seus pais. Os dois, então, passaram a ter papeis fundamentais para que ela se aceitasse e conseguisse driblar o preconceito alheio.
Foi na época de universidade que Thando resolveu deixar de lado qualquer julgamento alheio e passou a viver sua vida. Cresceu profissionalmente e conseguiu explorar sua beleza a ponto de se tornar modelo. Hoje, com carreira consolidada, virou referência contra o preconceito. 

Pesquisa e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Cineclube Afro Sembene, Fórum África e Cabeças Falantes.



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Três Crônicas de Antonio Matabele diretas de Mozambique

Mens sana in corpore sano
António Matabele - Maputo, 19 de Agosto de 2015

Kwame e Kauã, seus netos ainda unigénitos e por isso predilectos, orgulharam-se de mais esta proeza do avô. Ele, no dia 08 de Agosto de 2015, Sábado, correu numa competição de dez quilómetros de distância.

Então os 45 anos de presença física do avô nesta cidade foram celebrados correndo, competindo primeiro consigo próprio e só depois com os restantes 499 atletas inscritos no certame pedestre com o qual as CDM – Cervejas de Moçambique – quiseram celebrar os 20 anos da sua existência.

Por timidez de feitio, o seu avô, às suas raras e pequenas grandes proezas, não costuma dar-lhes publicidade, por isso eles, os netos, prometeram sempre referir-se a esta última em todos os elogios que lhe fizerem, incluído, também, o fúnebre.

O livro é excelente para exercitar o nosso intelecto! Os alimentos fazem muito bem ao corpo! O exercício físico é o cimento que faz a junção de ambos os benefícios, dando origem à máxima da “mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são).

A competição começou, pontualmente, na hora prevista, às 07,30 horas, no Parque dos Continuadores, na Avenida Mao-Tsé-Tung. O trajecto progrediu pela Avenida Julius Nyerere até à Embaixada da China. Virou à esquerda e percorreu parte da Avenida do Zimbábwé. Na Avenida Kim Il Sung, alcançou a Kenneth Kaunda e desta foi só descer a Avenida Joaquim Chissano até à meta final, na fábrica das Cervejas de Moçambique (CDM), no Bairro do Jardim.

Duas imperdoáveis asneiras foram cometidas pelo avô. A primeira, quis competir com os jovens. Estes, de imediato, cansaram-no precocemente. A segunda, esqueceu-se do seu rival permanente interno, a auto-comiseração.

Se não tivesse feito aquelas duas asneiras teria feito todo o percurso a correr, pois tem feito distâncias bem maiores correndo, quando o seu adversário é o próprio.

Mas mesmo assim não ficou de todo mal classificado. Fez a prova, 10 quilómetros, em 65 minutos (6,5 minutos por cada quilómetro). Não fez vergonha. Na lista dos veteranos ficou em 29º lugar. Depois dele, cortaram a meta cerca de 30 atletas de todos os escalões. Havia no global 500 atletas, divididos em Federados, Populares, Veteranos e Trabalhadores das CDM. Dos atletas 55% eram Homens e 45% mulheres. Fez uma corridinha mista. Caminhou 30% e correu 70% do percurso. A organização da prova felicitou-o pelo facto de ter sido o atleta mais velho da prova, 63 anos. O vencedor fez o percurso em 29 minutos (2,9 minutos por cada quilómetro). Foi um “puto” de 18 anos que correu “à pata desarmada de sapato”, completamente descalço e o último fez em 97 minutos (9,7 minutos por cada quilómetro). Uns desistiram pelo caminho e outros apanharam boleia de carro e desceram perto da meta. Foi uma manhã muito divertida.

“A prova foi motivo para competição, porque ganhar é importante, mas constituiu pretexto para um são convívio entre pessoas” (João de Sousa, in “Banha de Cobra”, 12/08/15). Exorta-se a todos que lerem esta prosa para se preparem para outras provas similares que acontecerão brevemente na nossa cidade e País.

Exercitar o corpo é muito bom! Os músculos agradecem! Os pulmões pulam de alegria! O coração, esse, fica forte que nem o da tartaruga, cuja longevidade ultrapassa os 200 anos.
Afinal correr é saúde!

45 anos
António Matabele - Maputo, 12 de Agosto de 2015

De mala às costas, contendo apenas 3 mudas de cada peça da minha modesta indumentária de estudante, a esta capital cheguei, num Sábado às 16,04 horas, do dia 08 de Agosto de 1970.

Viajei num dos Boeing da DETA (Direcção de Exploração dos Transportes Aéreos) dos Caminhos de Ferro de Moçambique. DETA génese da LAM, nossa actual companhia aérea de bandeira.

Passam-se 45 anos, feitos no dia 08/08/2015 que cheguei a Lourenço Marques, cidade fervilhante, mas não híper-povoada nem com tanto dinamismo como a nossa actual Maputo.
À casa de amigos no então Bairro das Lagoas fui morar, ao lado da 4ª. Esquadra da PSP (Polícia de Segurança Pública), actualmente Sexta Esquadra da PRM (Polícia da República de Moçambique), localizada na Avenida Acordos de Lusaka, bem defronte da histórica e lendária Mafalala, multicultural, multiétnica, multitribal, enfim, multitudo até de coisas inconfessáveis.

Uma vez acomodado três coisas procurei: uma Igreja, para a Deus agradecer por aquela graça que me estava concedendo; o Instituto Comercial de Lourenço Marques, para me inscrever aos exames de admissão naquele estabelecimento de ensino; um recinto desportivo, aonde pudesse praticar ginástica e outras actividades desportivas.  
Eu tinha os meus imberbes, acanhados, virginais e imaculados 18 anos de idade. Se a mala vinha semi-vazia de roupas, ela trazia o essencial dos livros das disciplinas nucleares que eu precisava para os exames de acesso ao ex-Instituto Comercial de Lourenço Marques.
Sem ser crendice infundada, corria a fama de os exames em Lourenço Marques serem mais rigorosos que os da sua congénere na Beira. Por isso, naquele ano eu tenha sido quase o único de Nampula a vir enfrentá-los em Lourenço Marques. A hipótese de ir fazer o meu exame à Beira fora descartada porque não tinha aonde me hospedar de graça ou a preço módico. Com efeito, para além de mim para esta cidade vieram apenas o Fernando Souto, o Augusto Vilela e a sua namorada, hoje ainda sua esposa, a Augusta. Este casal tinha dispensado às provas de admissão porque tinha tido boas notas na Escola Secundária em Nampula.

Mas eu vinha pesado de uma intangível carga que era a fé, a esperança, a vontade de vencer misturada com o medo de falhar logo no começo da corrida, ou a meio dela.

Tudo corre bem até hoje, graças a Deus, aos sempre oportunos conselhos dos meus pais e à mulher que Ele me escolheu, que me retrouxe para a verdade, livrando-me do abismo da quase perdição certa que estava em vias de nela resvalar.

Ingressei para o Instituto Comercial por dispensa, às provas orais, com boas notas.

Durante os dois anos de Instituto, que me davam acesso ao Curso de Economia na Universidade, também, graças ao esforço titânico que eu fizera, tive tão boas notas que dispensei ao assim chamado exame de aptidão à Universidade com 18 valores, quando a nota exigida para o efeito era somente de 14 valores. Durante o dia tinha as minhas aulas normais no meu estabelecimento de ensino e à noite ia assistir às aulas das duas disciplinas nucleares de acesso à Universidade, como aluno externo, no ex-Liceu Salazar, cujas instalações faziam meias paredes com as do Instituto Comercial.

Eu estudava com muita garra, quase a raiar à “raiva”, porque tinha medo de não beneficiar de adiamento ao alistamento à tropa, facto que aconteceria se até aos 21 anos de idade eu não fosse já estudante universitário. E ingressei para o ensino superior aos vinte anos de idade, já atrasado porque para além de ter seguido a via do ensino técnico profissional, que tinha mais um ano que o liceal, somava no meu palmarés o atraso de dois anos de reprovação no ensino secundário. Averbei, aos 10 anos de idade, um “chumbo” no primeiro ano do Ciclo Preparatório. Perdi o ano por faltas porque no lugar de assistir às aulas ficava no átrio da escola a jogar a bola. E o outro foi no segundo ano do Curso Geral do Comércio, quando vivi a crise da entrada para a idade dos “teenager”, ou seja, da puberdade aos 13 anos.

Escuso-me a detalhar a tamanha sova que levei da minha mãe em ambas as vezes, dada a sua dupla função de progenitora e de encarregada de educação.

Em Lourenço Marques – no Instituto Comercial e na Faculdade de Economia – fui aluno acima da média. Com o advento da Independência Nacional larguei, temporariamente, os estudos. Nesta etapa da minha vida foram-me extremamente úteis os conselhos da minha mulher e da sua sogra.

Nos primeiros anos em Lourenço Marques vivi a expensas dos meus pais, quando ingressei para a Universidade, em 1972, beneficiei de uma gorda bolsa de estudos e em 1973, ainda estudante, comecei a trabalhar como bancário no ex-Instituto de Crédito de Moçambique, que, após várias metamorfoses, deu origem ao Banco Popular de Desenvolvimento, hoje Barclays Bank de Moçambique.

Perdoem-me por falar de mim mesmo. Mas este passeio nostálgico de revisitação ao meu passado tem um óptimo efeito terapêutico.  

Praia da Costa do Sol
António Matabele - Maputo, 14 de Agosto de 2015

Esta reflexão é dedicada à minha companheira de luta pela vida. Avó dos meus netos. Mãe dos meus filhos. Minha mulher de tantas boas cumplicidades vividas juntos durante estes 41 anos de vida conjugal participativamente intensa. Pelo seu notável desempenho como nora, foi pelos meus tios eleita “Rainha dos Matabele” e que hoje tem a graça de somar pouquinhos 63 anos de idade. Parabéns! Longa Vida com Saúde, Paz e Dinheiro, minha querida amiga Gila, minha família, de facto. Ela já é tão minha família que, por vezes, temo estar a viver com ela em permanente pecado e crime de incesto. 

Quando eu for mais crescido e dotado de sabedoria quase bastante que, algumas vezes, só a idade muito adulta nos confere, gostaria de me dedicar à discussão da educação com os meus netos, filhos e pessoas da minha faixa etária também.

Discussão de aspectos práticos inerentes à educação como conjunto de códigos que permitem a pessoa a melhor coabitar neste vale de prazeres convencionado chamar-se-lhe planeta terra.

Uns, normalmente, pessimistas dizem que a terra é o espaço onde a pessoa sofre e por isso a apelidam de “vale de lágrimas”. Não concordo com esta acepção, porque de alegria o Homem também costuma verter lágrimas. E a nossa passagem por esta terra é tão boa que Deus e a mãe natureza não a eternizaram. Afinal o que é bom acaba depressa.  

Fascinam-me sobremaneira a História, o Meio Ambiente e a Economia. Esta última como machamba na qual encontro parte dos rendimentos para garantir a minha sobrevivência. Por isso, seria sobre estas áreas que gostaria de discutir quando estivesse a experimentar o gozo da terceira idade.
Sem querer, falei de sobrevivência. Esta está cada vez mais difícil à medida que o tempo da pessoa idosa corre para o ocaso. Difícil, por exemplo, porque a dieta da pessoa da terceira idade começa a exigir frugalidade quantitativa e qualitativa e é cara. O assim dito velhote, já não pode comer tudo. E mesmo apesar de muitos cuidados também na esfera alimentar começa a constatar que as doenças iniciam o seu irreversível assédio à sua saúde. A pessoa idosa começa a virar pastagem aonde as doenças vêm, gulosamente, saciar-se!
  Mas voltando ao propósito desta reflexão, que é falar da nossa, novamente, embelezada porque reabilitada, Praia da Costa do Sol, eu gostaria de dizer que as minhas discussões em capítulo de Meio Ambiente teriam como pano de fundo aquele espaço de veraneio da nossa cidade.

Para concretizar este objectivo, desenvolveria, com a ajuda dos “mídia”, uma série de textos e ideias visando a conservação daquela nossa praia em estado de permanente beleza e asseio.

Exortaria, por exemplo, a, uma vez por semana, irmos caminhar na sua areia para enrijecimento muscular, pulmonar e cardiovascular e nas suas águas, agora límpidas, mandar um mergulho.

Lembraria, à laia de propaganda, que a septuagenária Tina Turner, cançonetista afro-norte-americana, por alguns de nós, muito admirada, vivendo na Suíça por se ter casado com um nativo daquele País helvético, mantém aquela esplêndida forma física porque faz caminhadas diárias de duas horas nas areias, imaculadamente límpidas, do Lago Léman. Se mantivermos a nossa Praia limpa e atractiva poderemos tentar idêntica proeza. 
Insistiria que, sem asseio, aquela praia virará a local de contracção de feias e perigosas doenças físicas e até psicológicas e morais.

Pediria que, a todo o custo, fossem travadas as incursões e investidas dos frequentadores do popularmente chamado “calçadão”, que para ali convergem, à alta velocidade, para exibir os seus carros topo de gama, as mega aparelhagens instaladas nas suas viaturas e outras coisas afins e que por ali deambulam mostrando ostentação, a nova namorada, a marca da cerveja ou do “whisky” que sorvem, em espectáculo repugnante que constitui um atentado à moral e aos bons costumes.

Pediria às autoridades municipais para – nem que fosse em regime de PPP (Parceria Pública Privada) – criar condições de nesta nossa praia termos um sistema de segurança eficiente contra os desastres humanos no mar; os amigos do alheio; os que atentassem contra o pudor público. Tivéssemos balneários e casas de banho sempre limpos; quiosques e barracas com limpeza, ordem e higiene; equipamentos para ginástica localizada (barra fixa); mini-campos para a prática de desportos; recipientes profusamente distribuídos para recolha de lixos biodegradáveis e sólidos como garrafas, caixas e plásticos. Enfim, tudo para fazer da nossa Praia uma réplica das melhores praias do mundo e um lugar que levará as pessoas a procurarem-no como sendo de visita obrigatória para entretenimento e cura preventiva ao “stress” e outras doenças de índole psicossomática.

Lembraria que outro aspecto que as autoridades não poderiam nem deveriam deixar progredir é a tendência, crescente, de algumas confissões religiosas transformarem a nossa praia num imenso local de culto: cânticos, danças, gritarias, rituais esquisitos e orações religiosos. Algumas vezes é incluída a prática do sacrifício de aves (galinhas brancas e patos) e animais quadrúpedes de pequeno porte: cabritos, coelhos, porcos e até cães.

Se esta situação continuar a desenvolver-se no caminho que parece estar a tomar, a praia virará a lugar de culto não ecuménico e a sua função de espaço de recreação e lazer ficará apenas uma miragem. 

Minhas respeitáveis e meus simpáticos co-munícipes, esforcemo-nos individual e colectivamente para que a nossa Praia da Costa do Sol seja uma agradável sala de lazer e de prazeres lúdicos da nossa linda cidade de Maputo.

sábado, 8 de agosto de 2015

Cineclube Afro Sembene e Fórum África exibem o filme Selma e prestam homenagem à independência de países africanos ocorridas em agosto e ao Dia dos Pais.





Dia 15/08, sábado, excepcionalmente às 17 horas, Cineclube Afro Sembene e Fórum África exibem o filme Selma – Uma luta pela igualdade, em homenagem à independência de paises africanos ocorridas em agosto e ao Dia dos Pais. Convide seus familiares, amigos, alunos, vizinhos, colegas de trabalho e venha fazer parte desta marcha.

Para o segundo domingo de agosto, Dia dos Pais, os convites e opções são muitas: passeios, caminhadas, piqueniques, almoços, presentes, conversas, mensagens, carinhos, planos, perspectivas. Segundo Cunha Matos “A África também nos civilizou”. Por isso, o mês de agosto marca também a independência de alguns países africanos: Benin, Niger, Jamaica, Chade, Trindade e Tobago, Costa do Marfim e Libéria. Cujos processos para tornaram-se independentes merecem ser conhecidos, debatidos, divulgados. Vale lembrar: pai não é só o pai biológico. Pai é todo aquele que se preocupa e gosta da gente, cuida, conversa, repreende, orienta, dá carinho, apoio, amizade e está sempre do nosso lado. Tanto que às vezes quem ganha homenagens é o padrasto, o padrinho, o tio, o irmão, um amigo da família, uma liderança notável.

Já dizia o bispo sul-africano Desmond Tutu: Não estamos lutando pela liberdade das pessoas negras, mas liberdade dos brancos. Porque, quando você é o opressor, você é a pessoa escravizada, desumanizada por si mesmo”. Neste contexto, todo pai (incluindo mãe – é expressivo o número de mulheres chefes de família) que se preza, almeja e busca empreender a seu modo ou de forma coletiva, uma vida e um futuro melhor para si e para os seus filhos. E por extensão ao meio ou país onde vivem e viverão. Tanto que um grande pai certa vez disse: "Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter". O sonho deste pai continua aceso tanto em pais célebres quanto anônimos. Martin Luther King Junior deixou de ser singular para ser plural, a exemplo de Zumbi, Rainha Nzinga, Mandela, Rosa Parks, Luis Gama, Luisa Mahin, Steve Biko, Malcon X, Yaa Asantewaa, Gandhi, Elizabeth Eckford, Che Guevara, dentre outros e outras que se empenharam por um mundo mais justo e mais humano. Nossos agradecimentos pelas referências que nos deram, pelos ensinamentos que permanecem nos dando. 

A luta dos negros no mundo continua. Avanços têm ocorrido, mas ainda há muito por fazer. Seja pela família, seja pela nação, seja pelo continente, seja pela humanidade. Para que seus filhos e filhas sejam cidadãos e cidadãs responsáveis, respeitáveis, auto-suficientes. É com este propósito que o Cineclube Afro Sembene e a associação Fórum África exibem Selma – Uma luta pela igualdade, filme de Ava DuVernay, seguido de roda de conversa, no campus da PUC Consolação, dia 15 de agosto, excepcionalmente às 17 horas, Rua Marquês de Paranaguá nº 111, sala 20. Coordenação: Vanderli Salatiel, Saddo Ag Almoloud e Oubí Inaê Kibuko. 

Filme: Selma – Uma luta pela igualdade
Direção de: Ava DuVernay.
Sinopse: Em 1964, enquanto Martin Luther King Jr. recebe seu Nobel da Paz, diversos afro-americanos, como Annie Lee Cooper de Selma, ainda não têm acesso a inscrição nos cadernos eleitorais. Para garantir o direito de voto para todos os afro-americanos, Martin Luther King então reúne-se com o Presidente Lyndon B. Johnson, para que ele possa criar uma lei que proteja os negros que querem votar. Martin, em seguida, vai para Selma, no interior do Alabama, com Ralph Abernathy, Andrew Young e Diane Nash. Lá eles encontram vários ativistas da Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC). Como Martin Luther King se torna importante, John Edgar Hoover tenta convencer o presidente Johnson para monitorar e prejudicar ainda mais seu casamento com Coretta King. Como as tensões vão aumentando, King e seus sócios decidem realizar as Marchas de Selma a Montgomery, enfrentando a violência das forças policiais locais, liderados pelo xerife Jim Clark e o Governador George Wallace.
Duração: 128 minutos

Segundo observação de Bruno Carmelo ao filme: "O pastor protestante Martin Luther King lutava pelo direito das minorias, pela redução das desigualdades, pela retirada de privilégios da elite. Esta é uma boa luta, ainda mantida por parte das comunidades cristãs. Mas nos tempos conservadores atuais, com tantos políticos fazendo da religião uma política, é interessante ver um homem que optou pelo caminho contrário, fazendo da política uma religião”.

Entrada franca. Pede-se a colaboração voluntária de 1 quilo de alimento não perecível. Ou roupas, calçados, cadernos, livros, jornais, revistas, material de higiene e limpeza. Serão doados ao Arsenal Esperança/Missão Paz, que atende diariamente centenas de estrangeiros, inclusive africanos.

Informações: www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br 
www.forumafricabrasil.ning.com 
www.tamboresfalantes.blogspot.com.br 
Realização: Fórum África 
Apoio: Cabeças Falantes, Agenda Guilherme Botelho Junior, Quilombhoje
Cineclube Afro Sembene: Nosso encontro mensal com o cinema africano.
Compareça e ajude a divulgar.

Serviço
Quando: 15/agosto/2015 – sábado.
Horário: 17 horas.
Local: PUC Campus Consolação. Rua Marquês de Paranaguá nº 111, sala 20, travessa Rua da Consolação, em frente ao Mackenzie.
O que: Fórum África e Cineclube Afro Sembene exibem o filme Selma – cinebiografia de Martin Luther King, dirigido por Ava DuVernay e prestam homenagem à independência do Benin, Niger, Jamaica, Chade, Trindade e Tobago, Costa do Marfim, Libéria e ao Dia dos Pais.
Ingresso: Entrada franca. Pede-se a colaboração voluntária de 1 quilo de alimento não perecível. Ou roupas, calçados, cadernos, livros, jornais, revistas, material de higiene e limpeza. Serão doados ao Arsenal Esperança/Missão Paz, que atende diariamente centenas de estrangeiros, inclusive africanos.
Informações: www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br 
www.forumafricabrasil.ning.com - www.tamboresfalantes.blogspot.com.br 
Coordenação: Vanderli Salatiel, Saddo Ag Almoloud e Oubí Inaê Kibuko.
Realização: Fórum África 
Apoio: Cabeças Falantes, Agenda Guilherme Botelho Junior e Quilombhoje

Cineclube Afro Sembene: Nosso encontro mensal com o cinema africano.

Compareça e ajude a divulgar.

Texto, pesquisa, postagem por Oubí Inaê Kibuko para Cineclube Afro Sembene, Fórum África e Cabeças Falantes.

domingo, 2 de agosto de 2015

Agenda Guilherme Botelho Junior - agosto/2015

DESISTIR JAMAIS - CARTA MENSAGEM DO VIII CONENC



Irmãos e irmãs,

Nós da Pastoral Afro Brasileira realizamos o VIII Congresso Nacional das Entidades Negras Católicas, na Cidade de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro, nos dias 16,17,18 e 19 de julho de 2015, refletindo o tema: Profetismo: Construir uma sociedade Justa e Solidária, sob o Lema: “Chamei você para o serviço da Justiça” (Is 42,6).

Queremos, após refletirmos sobre nossa missão e responsabilidade profética, nos colocar a serviço da Justiça e das lutas de negros e negras, testemunhando a nossa identidade e animar a todos e todas para o exercício da plena cidadania e o direito a vida.

Encorajados pela Palavra de Deus, reafirmamos o nosso compromisso de abertura na perspectiva de ampliação do diálogo inter-religioso.

Acreditamos que as Ações Afirmativas na garantia de direitos fundamentais asseguram a dignidade da pessoa humana e se constituem como caminhos para que a justiça e a igualdade cheguem aos mais necessitados, de maneira particular a juventude.

Queremos afirmar o respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA), no que se refere a proteção integral da criança e do adolescente na questão da Maioridade . Diante do cenário da cultura moderna, apoiamos as Políticas Públicas a favor da comunidade negra e ressaltamos que se faz urgente uma prática cidadã, que acompanhe tais políticas para que se reverta esse quadro de violência. É necessário que os conselhos de direitos façam de fato o controle social com recorte étnico racial.

O nosso compromisso para a promoção da Igualdade Racial esta fundamentado na missão libertadora de Jesus Cristo. Assim podemos contribuir para uma sociedade de paz e justiça e que realmente nossa Igreja seja de Saída, como propõe o Papa Francisco.

Desejamos parabenizar e agradecer a todos e todas que participaram ativamente deste VIII CONENC, congresso este, rico na partilha de experiências e fortalecimento para a caminhada.

Agradecemos a Assessoria Nacional, a Diocese de Duque de Caxias, na pessoa do Bispo Dom Tarcísio Nascentes dos Santos, pelo empenho e dedicação, ao Bispo referencial da pastoral Afro Brasileira, Dom Zanoni Demettino Castro, e ao coordenador nacional Padre Jurandyr Azevedo Araujo, Comissão Organizadora formada pelas diversas Dioceses do Estado do Rio de Janeiro, pelo trabalho na construção do Congresso. Agradecemos também as parcerias com as diferentes Instituições, em particular a Prefeitura Municipal de Duque de Caxias.

Coordenação Nacional da PAB e Comissão Executiva do VIII CONENC.

Duque de Caxias, 19 de Julho de 2015.

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MEMÓRIA DO MÊS

DIA 10 – Em 1991 morreu Pe. Batista, fundador do INSTITUTO DO Negro que leva seu nome e dos Agentes de Pastoral Negros (APNs)

DIA 12 – Em 1798 a Revolto dos Búzios, conjurados baianos conhecidos como a Revolta dos Alfaiates

DIA 14 – Em 1986 morreu a Ialorixá MÃE MENININHA DO GANTOIS

DIA 15 – Em 1960, Independência do CONGO

DIA 16 – em 2008 – Morre Adalberto Camargo – deputado federal negro

DIA 23 – Em 1791, revolta e libertação do HAITI

DIA 23 – Dia Internacional de memória do tráfico de escravos e sua abolição

DIA 24 – Em 1977, foi realizado o Congresso de Cultura Negra das Américas na Colômbia

DIA 24 – Em 1882 morreu LUIS GAMA

DIA 29 – em 2012 – Sancionada a Lei 12.711-12, que institui o sistema de Cotas raciais e sociais para ingresso nas universidades

DIA 31 – Em 2001 foi realizada na África do Sul a conferência de Durban

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C  A  L  E  N  D  Á  R  I  O

Não deixe vago o seu lugar!

FESTÃO DO MÊS DE AGOSTO

A partir de 01 de agosto, todos os finais de semana até o dia 30,

Não perca a suntuosa e maravilhosa 89ª festa de

Nossa Senhora Achiropita da comunidade Orionita

Santuário gastronômico, cuja renda é destinada para manutenção

Das Obras Sociais Achiropita

Local: Paróquia de Nossa Senhora Achiropita

Rua 13 de maio; Rua Luiz Barreto; Rua São Vicente

Bairro da Bela Vista – Bixiga

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DO DIA 01 até 06

Secular ROMARIA DE BOM JESUS DA LAPA

A cidade de Bom Jesus da Lapa concentra a terceira maior romaria do Brasil, conhecida como Romaria do Bom Jesus, atrai milhares de fiéis.

Local: Bom Jesus da Lapa – Bahia

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DIA 02 às 10H

Celebração no Rito Romano Inculturado em Estilo Afrobrasileiro

CELEBRAÇÃO AFRO

Realização: Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Freguesia de Penha de França

Local: Centenária Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Freguesia de Penha de França

Largo do Rosário s/n° - Bairro da Penha

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DIA 02 às 11H

Missa Solene em Ação de Graças aos Venerandos membros da Irmandade

Realização: Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos do Rio Janeiro (1640)

Local: Santuário de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito

Rua Uruguaiana n° 77 – estação Uruguaiana do Metrô – RJ

Visite o museu do Negro no mesmo local

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DIAS 06 A 08

I CONGRESSO DE PESQUISADORES NEGR@S DA REGIÃO SUDESTE

local: UFRRJ / Nova Iguaçu - Rio de Janeiro

info: www.copenesudeste.blogspot.com

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DIAS 07 a 09

PLENÁRIA NACIONAL DA UNEGRO

info: mmjulio2000@yahoo.com.br

jeronimosilvajunior@gmailcom

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DIA 08 às 07H

I CONFERÊNCIA DA IGUALDADE RACIAL

local: Câmara Municipal de Juatuba - Minas Gerais

info: www.juatuba.mg.gov.br

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DIA 08 às 09H

SEMINÁRIO TEOLÓGICO: A CONSCIÊNCIA MÍTICA PARA MELHOR QUALIDADE DE VIDA

local: Centro de Tradições Afrobrasileira

Rua Drumont n° 65 - Olaria/RJ

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DIA 08

MINICURSO: LITERATURA NEGRA - BRASILEIRA

inscrição: até o dia 08/08

contato: contatociclocontinuo@gmail.com

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DIAS 12 & 19 às 14H

OFICINA: MULHERES INCRIVEIS: Olhares e Vozes

Local: Museu de Artes do Rio de Janeiro – Praça Maua

Rio de Janeiro / RJ

Inscrição: anc@pretosnovos.com.br – (21) 2516-7089

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DIAS 13 a 16

XVIII ENCONTRO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS

Belo Horizonte - Minas Gerais

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DIA 15 às 17H

CINECLUBE AFRO SEMBENE E COJIRA

Mostra de cinema Africano e Afrobrasileiro

Realização: FÓRUM ÁFRICA

LOCAL: PUC CONSOLAÇÃO

Rua Marques de Paranaguá n° 111 – próximo ao Mackenzie

Apoio: SJSP – COJIRA – Casa das áfricas – Cabeças Falantes

C A T R A C A    L I V R E

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DIA 16

XVII CAMINHADA AZOANY

local: Bairro do Pelorinho - Salvador - Bahia

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DIA 16 às 10H

Celebração de Ação de Graças em louvor e Glória do padroeiro São Benedito

Realização: Irmandade de São Benedito da Praia Grande e São Paulo

Local: Paróquia de Santa Ifigênia

Largo de Santa Ifigênia s/n° - Centro – São Paulo

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DIA 21 às 19H

BATUQUE MATRIARCAL

Realização: Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos do Rio de Janeiro

Local: Santuário de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito

Espaço Cultural do Beco do Rosário

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DIA 22 às 19H

FESTA DA PADROEIRA NOSSA SENHORA DO RETIRO

Missa no Rito Romano Inculturada em Estilo Afrobrasileira

Realização: Pastoral Afrobrasileira da Região Episcopal Brasilândia

Local: Rua Domingos Moreira n° 424

Vila Mirante

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DIA 24 às 15H

III MARCHA INTERNACIONAL CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO

Tema: Reaja ou será mort@

Local: Pelorinho – Salvador/Bahia

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DIAS 28 & 29

AFROFEST SANTO AMARO – África hoje

Um final de semana de cultura & Artes Africanas e Afrobras, com música, gastronomia, dança, cinema, oficinas, palestras, artesanatos etc

Realização: Associação Africana do Brasil

Local: Praça Floriano Peixoto – Largo 13

Santo Amaro - São Paulo/SP

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DIA 30 às 14H

ENCOTRO DE MULHERES DE ARARAS / SP

Local: Clube Ararense

Contato: 9.9798-1211

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“Brasil: DNA África” entra na reta final

“Brasil: DNA África”, produção da Cine Group que se propõe a investigar a origem dos afrodescendentes e a importância dos africanos na construção do Brasil, entra na reta final com gravações em Pernambuco, Minas Gerais, Angola e Moçambique. O projeto conta com cinco episódios de 52 minutos cada um, baseado em três eixos: o histórico, o cultural e o científico.
Ao todo, 150 pessoas de cinco estados brasileiros fizeram testes de DNA para descobrir suas origens. O exame de DNA realizado no programa identifica se a pessoa compartilha a ancestralidade de determinadas etnias africanas. Mais de 220 etnias africanas estão registradas no banco de dados do laboratório responsável pelos testes, o African Ancestry, baseado em Washington, nos Estados Unidos. De cada estado, Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão, Minas Gerais e Pernambuco, uma pessoa foi escolhida para visitar seu povo na África.
A série documental busca resgatar laços interrompidos pela escravidão. Inúmeros povos foram escravizados ao longo da história da humidade. Entre os séculos XVI e XIX, mais de 4,8 milhões de africanos foram trazidos para o Brasil como escravos. Ao todo, 51% da população brasileira se declara negra ou parda, mas a maioria desconhece sua origem.

O diretor-geral de “Brasil: DNA África”, Carlos Alberto Jr., explica que a produção parte do princípio de que a escravidão foi uma ruptura. Para  os afrodescendentes, era praticamente impossível saber a origem de antepassados, que foram capturados em várias regiões da África e levados para outros países como mão de obra. “Com o avanço da tecnologia, essa situação mudou. O teste de DNA permite um rastreamento desse passado”, diz Carlos Alberto Jr.
Ele está envolvido com o projeto desde dezembro de 2013 e revela que entre os 150 participantes há integrantes do movimento negro, profissionais liberais, artistas, acadêmicos e jornalistas.   Muitos incorporaram elementos de determinado por se identificarem com ele, como o consultor do programa Zulu Araújo, diretor da Fundação Pedro Calmon, vinculada à Secretaria da Cultura do Estado da Bahia. “Ele ficou surpreso com o resultado. O teste mostrou que ele é descendente do povo tikar, mas Zulu Araújo passou a vida achando que era iorubá”, comenta o diretor.
“Eu me considero brasileiro. Não sou africano. Depois de 500 anos, não podemos estar com remorso, culpa e olhar no passado. Temos de construir o presente e o futuro. A diáspora africana precisa se juntar com a África para que a gente possa fazer o nosso renascimento cultural e político”, afirma Zulu Araújo, em um depoimento emocionante que concedeu ao visitar o povo tikar na República do Cameroun.
Mônica Monteiro, CEO do Cine Group, revela que está fascinada com as descobertas feitas pela produção. “Podemos contar história de uma maneira diferente. Além disso, a prova genética de que foram muitos os povos escravizados ajuda a acabar com preconceitos. Temos de ter orgulho da nossa ancestralidade”, declara Mônica Monteiro.
O primeiro episódio da série documental já está pronto. Traz a visita do baiano Zulu Araújo às suas origens. A consultora de moda Juliana Luna, do Rio de Janeiro, também já gravou sua visita à Nigéria. Ela descende do povo iorubá. O jornalista e poeta maranhense Raimundo Garrone também viajou com a equipe do programa para o continente africano. Ele é descendente do povo balanta, da Guiné-Bissau.
Nesta última etapa, o mestre de maracatu Levi da Silva Lima, de Pernambuco, vai descobrir sua origem. Em seguida, será a vez do músico Sérgio Pererê, de Minas Gerais. A Cine Group já está negociando a exibição de “Brasil: DNA África” com um canal pago no Brasil. O projeto entra em pós-produção em setembro. A produção executiva é de Mônica Monteiro e Luciana Pires, com coordenação de produção de Patrícia Monteiro.

Ciclo de Cinema Africano entra na programação da TV Brasil a partir desta segunda (3/8)



TV Brasil estreia o Ciclo de Cinema Africano nesta segunda-feira, 3 de agosto de 2015. Nesta nova sessão, a emissora reúne cinco produções sobre países da África como Angola, Senegal, Nigéria e Moçambique. A faixa sobre a sétima arte africana vai ao ar sempre às 23 horas até a sexta-feira, 7 de agosto.

Confira a programação completa de filmes do Ciclo de Cinema Africano na TV Brasil

Data: 03/08 (segunda-feira), às 23h

Data: 04/08 (terça-feira), às 23h

Data: 05/08 (quarta-feira), às 23h

Ezra
Data: 06/08 (quinta-feira), às 23h

Data: 07/08 (sexta-feira), às 23h

Clique aqui para saber mais sobre esta programação.