domingo, 18 de novembro de 2012

Griotagem no mês da Consciência Negra


Aqui vai a chamada para mais um Griotagem, que é promovido por nós mesmos,  pretas e pretos. O encontro será no dia 26 de novembro de 2012, das 19 às 22 h, na sala do Coletivo Denegrir, que fica na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Em uma palavra, Griotagem significa: restauração. Ao contrário de revolução, que trás em si a ideia de algo inteiramente novo, a restauração das tradições e culturas africanas que se pretende em nossos “encontros poéticos". De preta para preto e de preto para preta essa é a tônica dos encontros. Ao restaurar e restituir, estamos a resistir.
E conosco, na resistência, contaremos com presença do grupo de rap Antiéticos, do poeta, escritor e cineasta Akins Kinte e de Rosangela Lourenço, fazendo atividade de contação de histórias com as crianças.
Desde seu início, em 3 de maio de 2010, quando ainda era realizado no Instituto Palmares de Desenvolvimento Humano – IPDH, a proposta do Griotagem consiste na criação de um espaço para expressão artística, política e histórica de pretas e pretos. Um espaço de con-vivência e agência, de reencontro com as tradições orais, escritas, cênicas e musicais de nosso povo e com o testemunho produzidas por nós.
Objetifica a agência artística de pretas e pretos e defende uma proposta de re-africanização, ampliando o contato familiar, as relações de afetividade e a tradição de sentar com sua família para ler uma história, um poema, um texto, uma narrativa; ampliando a produção e divulgação das ações dos agentes de leitura e produtores culturais locais. Além disso, pretende iniciar o público jovem negr@s, comunidade local e escolar no universo da literatura produzida por escritoras pretas e pretos, poetas e acadêmicos, estimulando-os a desenvolver suas potencialidades e a ampliar o conhecimento, às relações de afetividade e harmonia em família, a criação, a experimentação, a produção, a compreensão e a interpretação.
Nessa jornada iniciada no IPDH, porém interrompida por um incêndio que devastou o prédio onde funcionava a instituição, o que fez o evento ser transferido para a sala do Coletivo Denegrir, na UERJ, já tivemos várias atividades e a colaboração de artistas, como a do poeta Nelson Maca, do pesquisador Fábio Simões, da cantora, atriz e professora de dança Flávia Souza e do cantor e compositor Augusto Bapt; a apresentação do Ballet Afro Koteban, dos grupos de reggae Ancestrais e Original Raiz, de Kemla Baptista interpretando contos africanos, do rapper Dinho K2 e das já citadas poesias d'Os Poéticos Antiéticos Tiago Ultra e Flávio Santorua; oficinas de percussão com Marcos Odara, de dança com Mayra Mzuri e de capoeira, com Mallak Odé; exibição de filmes, como o documentário “Pé no Chão”, produzido pela Capulanas Cia de Arte Negra; e muitas outras atividades. Além é claro da presença de todas as irmãs e irmãos que fazem esse momento de comunhão-resistência-entretenimento acontecer.
Em nossa comunhão não poderia faltar a alimentação coletiva do nosso povo. Para isso, é importante que, se possível, as pessoas levarem algo para comermos juntos, como frutas, biscoito, sucos, bolos e o que mais acharem legal de levar, como por exemplo, pó de café.
Para saber mais sobre alguns dos colaboradores dessa edição do Griotagem, acesse os links abaixo:
Akins Kinte [http://akinskinte.blogspot.com.br/]
Antiéticos [http://www.youtube.com/watch?v=mVoXVVvHu0w]
 
 
 


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