quinta-feira, 25 de junho de 2015

Independência do Mali fo celebrada com festa em São Paulo

Estamos aguardando notícias e convite para as comemorações em 2015.
 
O aniversário da libertação do país subsaariano foi celebrado pela primeira vez em São Paulo com danças, roupas e comidas típicas, em festa realizada na Missão Paz no último domingo (21/9/14).

Os espaços da Missão Paz (Rua do Glicério, 225, São Paulo), acostumados à acolhida e ao encontro entre as diversidades, serviu ontem (21) como pano de fundo para a celebração da primeira comemoração, em São Paulo, da independência da República do Mali (no seu 54° aniversário, cuja data oficial é hoje, 22 de setembro) promovido pela União Malinesa de São Paulo (UMSPB), organização que reúne e representa as centenas de cidadãos do país africano que se encontram na capital paulista.


No evento estavam presentes personalidades como o embaixador do Mali no Brasil, Sr. Cheickna Keita, e o Sr. Grand Papa Modibo Diarra, chefe religioso muçulmano e conselheiro dos malineses em São Paulo.

Após a mesa redonda, em que se falou a respeito dos desafios e das perspectivas atuais do país africano, os jovens moderadores e coordenadores do evento, Tieman Coulibaly e Adama Konate, pediram aos membros da mesa para entregar oficialmente uma carta de agradecimento e uma obra de artesanato típico malinês a alguns convidados representantes de grupos e comunidades que se destacaram em oferecer aos cidadãos do Mali (e não só) uma acolhida digna em sua chegada a São Paulo. Simone Bernardi, Sônia Altomar, Cyntia Macedo e Beatriz Lipskis (representada por Sheila) receberam o agradecimento em nome de todos os missionários, funcionários, voluntários e amigos do Arsenal da Esperança que é, atualmente, a instituição que acolhe o maior número de malineses na cidade de São Paulo.


Na sua fala, Simone Bernardi, do SERMIG – Fraternidade da Esperança, agradeceu pelo reconhecimento e, dirigindo-se aos imigrantes que estavam na plateia, disse que, mesmo passando por uma situação difícil (muitos estão sem documentos, em situação de trabalho irregular, sem um lar, etc.), eles também encontraram acolhida, o que é sinal de que há pessoas trabalhando para o bem deles, e ainda acrescentou: “...um problema pode se tornar uma oportunidade, no caso, a de restituir aos outros o bem que receberam e a de sempre buscar retribuir o mal com o bem. Essas são as únicas armas que temos para construirmos uma paz verdadeira”. 

Terminado o cerimonial, a festa continuou com apresentações culturais, teatro, canções, danças e comidas típicas, além da recitação de um poema sobre a independência do Mali, tudo sob o olhar atento do jornalista Maurício Kubrusly, do “Me Leva Brasil", quadro do Fantástico.

A noite, na portaria e no refeitório do Arsenal, dava para encontrar muitos rostos sorridentes daqueles que, ainda vestindo os trajes tradicionais africanos, retornavam da festa felizes por ter ido até Bamako (capital do Mali) e voltado, sem sair do Brasil... Porque, afinal, a África já é aqui.

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